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2020 | I Série - Número 050 | 18 de Outubro de 2002

 

O Orador: - Quem esteva no anterior governo tem autoridade moral para reivindicar elevados padrões éticos e morais da democracia. E desse caminho não nos desviaremos.
A operação de intimidação junto do Partido Socialista não resulta, nem resultará. Os senhores vieram de uma operação da qual saíram tosquiados - não levaram lã, saíram tosquiados! E saíram tosquiados porque essa operação foi sustentada em acusações completamente infundadas.
Uma dessas acusações, a de que os anteriores responsáveis da justiça teriam tido comportamentos politicamente muito censuráveis na delapidação do orçamento do Ministério da Justiça, não corresponde à verdade.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - E de tal forma não corresponde à verdade que hoje, nesta sessão, ficou mais evidente que os senhores recuaram, já não querem falar no assunto e preferem debater outras matérias para fugir à questão!

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Está enganado!

O Orador: - É que a Sr.ª Ministra da Justiça, ao dirigir-se ao Parlamento, não disse a verdade; pelo contrário, levou os Srs. Deputados ao engano. É por isso que o Sr. Deputado tem de responder.
É bom que os senhores tenham escutado, nesta sessão, uma mensagem muito clara: nós não nos deixamos intimidar.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Nós também não!

O Orador: - É bom que isso fique claro como água.

O Sr. Medeiros Ferreira (PS): - Muito bem!

O Orador: - Não nos afastaremos deste caminho! Nós não somos intimidáveis!
O anterior governo foi honesto e sempre teve no seu seio um comportamento exemplar, do ponto de vista da moral política,…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Do "queijo Limiano"!

O Orador: - … e está, portanto, no direito de exigir o mesmo comportamento a quem exerce funções políticas, actualmente. Compete-nos, por isso, trilhar este caminho da responsabilização política, do qual não nos desviaremos.
O Sr. Deputado fica a saber que não nos intimida com essas operações de retaliação, operações que são, aliás, muito próprias de um certo estilo de lutador de rua…
Além do mais, Sr. Deputado, também fica a saber que não há prova mais evidente de uma certa impreparação e, até, de uma certa imaturidade para usar o poder do que comportarem-se desta forma, desencadeando operações com vista a produzir juízos completamente infundados sobre o anterior governo. Não há prova mais evidente da vossa imaturidade do que o comportamento de levantarem estas questões relativamente ao anterior governo, baseados em falsidades!

Aplausos do PS.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Para defesa da honra da bancada, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - E qual é o motivo do seu agravo, Sr. Deputado?

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - A acusação de que nós estaríamos a desencadear uma operação de retaliação.

O Sr. Presidente: - Esse assunto já foi hoje esclarecido. Não posso dar-lhe a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Considera o Sr. Presidente que a acusação de que estaríamos a desencadear uma operação de retaliação é normal?

O Sr. Presidente: - Esse assunto já foi devidamente esclarecido hoje. Desculpe, Sr. Deputado, mas não posso dar-lhe a palavra.
Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Muito obrigado, Sr. Presidente.
Sr. Deputado Telmo Correia, tentarei fazer as suas vezes, muito embora sem dons premonitórios, porque desconheço o que V. Ex.ª iria fazer ou dizer, certamente em defesa da honra desta bancada, mas também eu me senti lesado pela intervenção do Sr. Deputado José Sócrates.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo, por favor, responda ao pedido de esclarecimentos, porque foi isso que lhe foi pedido. Aliás, a sua atitude é extremamente incorrecta para com a Mesa e não aceitarei que a repita, de forma alguma. Mereceria que lhe retirasse a palavra.

Aplausos do PS, do PCP e do BE.

O Orador: - Sr. Presidente, como compreenderá - e, se me interpretou de outra forma, desde já, apresento as minhas desculpas -, de forma alguma quis ser incorrecto com a Mesa ou com V. Ex.ª, por quem tenho a maior estima e consideração pessoal. Releva, de resto, o aplauso do Partido Socialista.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Infantil!

O Orador: - De todo o modo, quis ser correcto e solidário com o líder da minha bancada, que aqui quis usar de um direito que lhe assiste e que não lhe foi permitido, no douto critério de V. Ex.ª.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

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