O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2035 | I Série - Número 050 | 18 de Outubro de 2002

 

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

É o seguinte:

Voto n.º 24/IX
De protesto pelo ataque terrorista na ilha de Bali,
na Indonésia

No passado dia 12 de Outubro, em Bali, na Indonésia, o Mundo assistiu, horrorizado e atónito, uma vez mais, a um brutal e arrasador ataque terrorista.
Este acto criminoso provocou centenas de vítimas, entre mortos e feridos, quase todos turistas provenientes de países diversíssimos, e confirma a grande prioridade da luta antiterrorista na agenda internacional.
Sublinha-se, assim, a importância da cooperação entre todos os Estados na luta contra o terrorismo e na defesa dos Direitos Humanos.
A Assembleia da República manifesta o seu protesto veemente pela acção terrorista e pelo massacre que ocasionou, condenando firmemente os seus autores, que devem ser julgados por este crime hediondo.
A Assembleia da República manifesta o seu repúdio contra o fanatismo religioso que se exprime na exclusão ou aniquilação de outros seres humanos e condena veementemente o terrorismo e a luta pelo poder, que se afirma através do massacre de cidadãos inocentes.
A Assembleia da República manifesta o seu profundo pesar pelas vidas perdidas; exprime a sua simpatia às famílias das vítimas e, através do respectivo Parlamento, à Indonésia, que foi atingida por este atentado; e endereça a expressão da sua solidariedade às famílias portuguesas afectadas.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, irei transmitir este voto, quanto antes, ao Presidente da Câmara dos Deputados da Indonésia.
De seguida, Srs. Deputados, passamos ao voto n.º 25/IX - De pesar pelo falecimento de Mário Castrim (PCP).
Para uma intervenção, em nome da bancada do PCP, tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.
Dispõe, para o efeito, de 3 minutos.

O Sr. António Filipe (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: É com enorme tristeza que encaramos o falecimento de Mário Castrim.
Mário Castrim era, como se sabe, membro do PCP há muitos anos e era um daqueles cidadãos de que qualquer partido se pode e deve orgulhar de contar entre os seus.
Mário Castrim era um homem de convicções, era um lutador pelas suas convicções em todas as esferas da vida.
Com o seu falecimento desaparece uma das mais marcantes referências intelectuais, culturais e cívicas de várias gerações de portugueses.
Foi na escrita que Mário Castrim mais se notabilizou, e notabilizou-se a tal ponto que o seu pseudónimo literário - Mário Castrim - se sobrepôs, até para os seus amigos mais próximos, ao seu nome civil, Manuel Nunes da Fonseca.
O maior tributo e as mais comovidas homenagens foram prestados a Mário Castrim, em inúmeros artigos dedicados ao seu falecimento, por muitos jornalistas, oficiais do seu ofício, particularmente os críticos de televisão, que, unanimemente, o reconhecem como o fundador da crítica de televisão em Portugal e como um dos mais exímios cultores desse género jornalístico ao longo de mais de 40 anos nas páginas do Diário de Lisboa e, mais recentemente, no semanário Tal & Qual.
Com o seu rigor, frontalidade, ironia, coragem, sensibilidade, talento e generosidade, Mário Castrim lutou incansavelmente pela dignificação da actividade televisiva em Portugal e pelo respeito para com os milhões de portugueses que vêem diariamente televisão.
Mário Castrim não se notabilizou apenas como crítico de televisão, mas também por uma obra literária de mérito e pela sua acção à frente do "Suplemento Juvenil" do Diário de Lisboa, a quem devemos a revelação de muitos jovens talentos que se viriam a tornar grandes nomes da literatura e do jornalismo.
O falecimento de Mário Castrim deixa um vazio no jornalismo, na literatura e na vida cívica do nosso país.
Em nome do Grupo Parlamentar do PCP, expressamos o nosso maior pesar pelo falecimento deste nosso amigo e camarada, enviamos um forte abraço de solidariedade à companheira da sua vida, Alice Vieira, e aos seus filhos André e Catarina Fonseca e agradecemos as condolências que têm sido apresentadas.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto n.º 25/IX - De pesar pelo falecimento de Mário Castrim (PCP).

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

É o seguinte:

Voto n.º 25/IX
De pesar pelo falecimento de Mário Castrim

Com o falecimento de Mário Castrim, militante de muitas décadas do Partido Comunista Português, desaparece uma das mais marcantes referências intelectuais, culturais e cívicas de gerações de portugueses.
Poucas figuras haverá no nosso presente que com tanta discrição pessoal tenham exercido tão larga influência pública, pela coragem intelectual, pela sensibilidade, pela verticalidade de carácter, pela implacável independência crítica e pela generosidade.
Mário Castrim foi e será uma referência de uma forma exemplar de resistir, pelo simples rigor da inteligência, pelo combate diário contra a mediocridade e a ignorância, por uma cultura emancipadora.
Poeta, escritor, pedagogo, crítico, generoso inventor de espaços para jovens criadores literários, de Mário Castrim ficará muito mais do que a agudeza fulgurante com que analisou a "caixa que mudou o mundo", ficará o legado de um desses homens que, com a inteligência, a palavra e o sonho, mudam efectivamente o mundo.
Por isso, a Assembleia da República presta sentida homenagem à figura de Mário Castrim, exprime a sua profunda mágoa pelo seu desaparecimento e endereça a toda a família as sentidas condolências pela irreparável perda.

Páginas Relacionadas
Página 2041:
2041 | I Série - Número 050 | 18 de Outubro de 2002   O Sr. Presidente: - Sr.
Pág.Página 2041
Página 2042:
2042 | I Série - Número 050 | 18 de Outubro de 2002   debate sobre o crédito
Pág.Página 2042