O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2177 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002

 

Assim sendo, Sr. Deputado, gostaria de registar este silêncio muito significativo.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Antes de dar a palavra ao orador seguinte, para benefício da organização dos nossos trabalhos e para evitarmos algumas interrupções na ordem das inscrições, levo ao conhecimento da Câmara que o Sr. Deputado Eduardo Ferro Rodrigues está inscrito para intervir no final deste debate, em nome do Partido Socialista.

O Sr. António Costa (PS): - Exactamente!

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Sr. Presidente, Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças, nós estamos preocupados é com a vossa estratégia de redução do défice - e, pela nossa parte, estamos disponíveis para discutir isso quantas horas forem necessárias -, que não é economicamente realista.
Importa também sublinhar, porque, às vezes, a memória é curta, que o défice, durante um largo período do governo socialista, foi sendo progressivamente reduzido e esteve sempre significativamente abaixo do défice que V. Ex.ª deixou quando saiu da Secretaria de Estado do Orçamento.

O Sr. António Costa (PS): - Foi um record: 9%!

O Orador: - Sr.ª Ministra, o problema é este: não é piorando as condições de vida dos portugueses e dificultando a vida das empresas que facilitará o objectivo de redução do défice. A Sr.ª Ministra ainda não entendeu isso, ou não quis entender, e não vou qualificar essa atitude, por respeito por este Parlamento e por si.
Saúdo a autocrítica que fez quanto à rigidez da despesa, ou seja, a autocrítica ao novo sistema retributivo. Mas quero dizer-lhe, Sr. Ministra - não estamos perante um banqueiro, mas perante uma ministra - que a moderação de salários reais, de que a senhora fala, neste Orçamento esconde uma redução dos salários reais dos trabalhadores, um aumento do desemprego e uma redução do rendimento disponível das famílias, de que os senhores tanto falam mas que não praticam - são "desenvolvimentistas não praticantes".

Aplausos do PS.

E o que fazer às empresas que não têm condições ou vocação para exportar, Sr.ª Ministra? A Sr.ª Ministra certamente não acredita no que diz, ou seja, que, agora, a procura interna vai manter-se (nós achamos que, com esta política, irá reduzir-se) e que todas as empresas vão exportar. Não é assim! Sabe bem que uma boa parte das empresas não vai funcionar assim.
Mas vamos ao PIDDAC, Sr.ª Ministra. Se se faz o que o Sr. Primeiro-Ministro diz e se respeita o défice, o que houver de aumento da eficiência fiscal são "almofadas" confessadas, com alguma transparência, pela vossa equipa das finanças e, então, as cativações não são cativações mas cortes e congelamentos, para enganar o Ministro Portas e todos os generais (não podem demiti-los todos!) e enganar os portugueses, as empresas e as autarquias, toda a gente.
Sr.ª Ministra, nunca houve cativações deste nível, como não tenho ideia de se ter cativado (no nosso governo, não se cativou de certeza) a dotação provisional. Ou seja, há três orçamentos: o que apresentam, o que tem as cativações e aquele que corresponde ao novo conceito introduzido e hoje confessado pela Sr.ª Ministra - estão inscritos, de um lado, 2,4 e, do outro, 3,0% -, que é o chamado "défice deslizante", um novo conceito financeiro de contabilidade pública, que saudamos.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, o seu tempo esgotou-se. Peço-lhe o favor de concluir.

O Orador: - Vou terminar, Sr. Presidente.
É preciso que fique claro para esta Câmara e para o País que nós queremos cumprir, na sua leitura inteligente, o Pacto de Estabilidade e Crescimento e queremos participar de pleno direito numa União que não é só monetária mas também económica. Neste contexto, queremos para Portugal o equilíbrio financeiro, mas com desenvolvimento económico e solidariedade social.
Se o Orçamento for alterado nesse sentido, poderá haver entendimento; caso contrário, não podem querer que avalizemos políticas deste tipo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra a Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças.

A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: - Sr. Presidente, Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira, se houve algo que eu disse na minha intervenção (e julgo que foi uma das primeiras coisas) foi que só era possível discutir este Orçamento se todos estivéssemos conscientes de que fazíamos parte de uma União Económica e Monetária. O Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira esqueceu-se disso imediatamente, como se isso não tivesse importância alguma, e veio falar do valor do défice antes de 1999.

O Sr. António Costa (PS): - Foi um défice record, de 9%!

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Admito que o ministro das Finanças da altura tenha alguma culpa! Isso admito!

A Oradora: - Este foi logo o seu primeiro esquecimento.
Sr. Deputado, o senhor está no seu direito de não concordar com a estratégia da redução do défice, mas faça favor de dizer qual devia ser.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Iremos ver!

A Oradora: - É que ainda não entendi: os senhores acham que a despesa deve ser superior?…

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Não, não!

Páginas Relacionadas
Página 2161:
2161 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Maria Amélia do Carmo M
Pág.Página 2161
Página 2162:
2162 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   sustentado e, através d
Pág.Página 2162
Página 2163:
2163 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Quarta e última reflexã
Pág.Página 2163
Página 2164:
2164 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   satisfatoriamente, sem
Pág.Página 2164
Página 2165:
2165 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   O Orador: - O Governo m
Pág.Página 2165
Página 2166:
2166 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Não é diminuindo que se
Pág.Página 2166
Página 2167:
2167 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   apresenta à Assembleia
Pág.Página 2167
Página 2168:
2168 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Neste quadro, a projecç
Pág.Página 2168
Página 2169:
2169 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   do Estado para a Caixa
Pág.Página 2169
Página 2170:
2170 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   um tratamento mais tran
Pág.Página 2170
Página 2171:
2171 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   claro de que, pelo meno
Pág.Página 2171
Página 2172:
2172 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   E como não entro nessa
Pág.Página 2172
Página 2173:
2173 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   todos os grupos parlame
Pág.Página 2173
Página 2174:
2174 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   um aumento menor do que
Pág.Página 2174
Página 2175:
2175 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   A Oradora: - Não gosto
Pág.Página 2175
Página 2176:
2176 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   O Orador: - Vou termina
Pág.Página 2176
Página 2178:
2178 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   A Oradora: - … Acham qu
Pág.Página 2178
Página 2179:
2179 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   qualquer perspectiva in
Pág.Página 2179
Página 2180:
2180 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Vamos por partes. Anunc
Pág.Página 2180
Página 2181:
2181 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   O Orador: - Corre-se o
Pág.Página 2181
Página 2182:
2182 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   O Orador: - O Sr. Prime
Pág.Página 2182
Página 2183:
2183 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Em primeiro lugar, deci
Pág.Página 2183
Página 2184:
2184 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   O Sr. Presidente: - A t
Pág.Página 2184
Página 2185:
2185 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Neste sentido, importa
Pág.Página 2185
Página 2186:
2186 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   uma transferência total
Pág.Página 2186
Página 2187:
2187 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Vozes do PCP: - Exactam
Pág.Página 2187
Página 2188:
2188 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Por outro lado, o Sr. D
Pág.Página 2188
Página 2189:
2189 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   O Sr. Jerónimo de Sousa
Pág.Página 2189
Página 2190:
2190 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   dialogar..., pode ser q
Pág.Página 2190
Página 2191:
2191 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   não contributivos, a ac
Pág.Página 2191
Página 2192:
2192 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   bases da segurança soci
Pág.Página 2192
Página 2193:
2193 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   muitos para aliviar as
Pág.Página 2193
Página 2194:
2194 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Respondendo à Sr.ª Depu
Pág.Página 2194
Página 2195:
2195 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   a outros países, adopta
Pág.Página 2195
Página 2196:
2196 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   traem-se, simultaneamen
Pág.Página 2196
Página 2197:
2197 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   O Orador: - Com este Or
Pág.Página 2197
Página 2198:
2198 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   que lhes são disponibil
Pág.Página 2198
Página 2199:
2199 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   do que pretende a oposi
Pág.Página 2199
Página 2200:
2200 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   É bom lembrar que o Min
Pág.Página 2200
Página 2201:
2201 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   em que eu disse que, pa
Pág.Página 2201
Página 2202:
2202 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Para além do já enuncia
Pág.Página 2202
Página 2203:
2203 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Escolhemos a segunda hi
Pág.Página 2203
Página 2204:
2204 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Neste, como em outros d
Pág.Página 2204
Página 2205:
2205 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Acreditem, Sr. Presiden
Pág.Página 2205
Página 2206:
2206 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   A Sr.ª Graça Proença de
Pág.Página 2206
Página 2207:
2207 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   devia ter mais preocupa
Pág.Página 2207
Página 2208:
2208 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Sr. Ministro, gostaria
Pág.Página 2208
Página 2209:
2209 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   O Orador: - É isso que
Pág.Página 2209
Página 2210:
2210 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Irá levar muito tempo a
Pág.Página 2210
Página 2211:
2211 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   O Orador: - … é incoere
Pág.Página 2211
Página 2212:
2212 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Referindo-se aos número
Pág.Página 2212
Página 2213:
2213 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   não tem, de certeza, qu
Pág.Página 2213
Página 2214:
2214 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   O Sr. António Costa (PS
Pág.Página 2214
Página 2215:
2215 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   Nem a governação de V.
Pág.Página 2215
Página 2216:
2216 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   as propostas de lei das
Pág.Página 2216
Página 2217:
2217 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002   E não é que, nesta hora
Pág.Página 2217