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2211 | I Série - Número 053 | 24 de Outubro de 2002

 

O Orador: - … é incoerente enquanto candidato e enquanto Primeiro-Ministro, digo que vocês foram e são muito coerentes, quando eram responsáveis do governo e agora como líderes da oposição, mas na irresponsabilidade. Essa, sim, é a vossa coerência!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sr. Ministro da Economia, aprecio muito a sua serenidade e a sua determinação…

O Sr. Presidente: - O tempo de que dispunha esgotou-se, Sr. Deputado.

Aplausos de Deputados do PS e do PCP.

Tem a palavra o Sr. Ministro da Economia, para responder às perguntas que lhe foram formuladas em devido tempo.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Para uma interpelação à Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Sr. Presidente, temos todos seguido com muito cuidado a sua advertência, feita, ontem, no início dos trabalhos, em relação à discussão do Orçamento. Apesar disso, V. Ex.ª tem tido, para com todas as bancadas, tolerância relativamente aos tempos.
Lamento dizer-lhe que V. Ex.ª não procedeu com o Sr. Deputado Campos Ferreira da mesma forma que tem procedido para com outras bancadas e para com outros Deputados.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Peço desculpa, mas não podia, como líder da bancada do PSD, deixar de chamar a atenção de V. Ex.ª para esta diferença de trato.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Guilherme Silva, é exacto. Cortei a palavra ao Sr. Deputado Campos Ferreira na altura em que concluiu o tempo da sua intervenção, porque já lhe tinha chamado a atenção para a necessidade de se conter, dentro do tempo regimental, para formular as perguntas. O Sr. Deputado preferiu fazer um intróito e, com isso, perdeu o seu tempo. Lamento, mas foi essa a minha decisão.

Aplausos do PS e do PCP.

Tem a palavra, para responder, o Sr. Ministro da Economia.

O Sr. Ministro da Economia: - Sr. Presidente, quero começar por agradecer a intervenção incompleta do Sr. Deputado Campos Ferreira, dizendo-lhe que, de facto, continuarei na linha que temos seguido.
Sr. Deputado Maximiano Martins, com todo o respeito por si e pela sua bancada, devo dizer-lhe que não me preocupo por não os convencer.
A este propósito, recomendo-lhe que leia as Actas da reunião da Comissão de Economia e Finanças em que estive presente e verificará que o que disse um Colega seu não foi exactamente isso. De qualquer maneira, ficaria muito satisfeito se me dissesse que estava rendido, mas não tenho essa pretensão.
O que, de facto, me preocupa é convencer os empresários com a nossa prática, não com as nossas palavras. É porque não temos a pretensão de convencer ninguém com as nossas palavras porque, hoje, já ninguém se convence com palavras, e ainda bem que assim é.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: - Muito bem!

O Orador: - Com a nossa prática, com as nossas medidas, os empresários vão compreender que, de facto, as coisas mudaram, que a prática é diferente e que, hoje, estamos muito para além das simples palavras, embora os senhores se esforcem por destruir a confiança sempre que podem - e tem de reconhecê-lo -, embora os senhores sempre se esforcem por apontar os elementos mais negativos por pequenos que sejam, confundindo a árvore com a floresta. Mas creio que os empresários sabem distinguir o essencial do acessório e que a confiança no Governo e na economia irá sendo retomada e vai seguir o caminho da recuperação.
O Sr. Deputado fez alusão a uma referência da Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças, a propósito do que queria dizer-lhe que só há uma política do Governo,…

O Sr. Maximiano Martins (PS): - Não parece!

O Orador: - … não há uma política do Ministério das Finanças e uma outra do Ministério da Economia.
Aliás, o Sr. Deputado sabe muito bem que hoje, no quadro da união económica e monetária, já não dispomos dos instrumentos de que dispúnhamos. De facto, já não temos taxa de câmbio, não temos em nossas mãos a política monetária. Por isso, a nível das políticas macro,…

O Sr. Maximiano Martins (PS): - Macro!

O Orador: - … a única de que dispomos é a política orçamental.
Diria mesmo que ainda bem que assim é porque obriga-nos a fazer bem as outras coisas, obriga-nos, finalmente, a mudar o modelo. É porque se ainda tivéssemos aquelas políticas, se calhar, andaríamos aqui a discutir quanto desvalorizaria o escudo, quanto haveriam de subir as taxas de juro e, uma vez mais, estaríamos a anestesiar as empresas, a anestesiar o sector produtivo e perderíamos mais esta oportunidade - e, provavelmente, não teríamos outras - de fazer as coisas de forma diferente, de mudar o modelo, de mudar o padrão de crescimento.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

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