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4642 | I Série - Número 110 | 11 de Abril de 2003

 

Não teriam morrido muitas pessoas, não teriam sido destruídas muitas infra-estruturas daquele povo. Certamente, o povo - concordarão - é o mais prejudicado por esta guerra e por esta agressão.
A quem compara o que se passa no Iraque com o 25 de Abril, apetece perguntar se estariam contentes se, no 25 de Abril, tivesse havido uma invasão por uma potência estrangeira para derrubar a ditadura que então existia.

Protestos do PSD e do CDS-PP e contraprotestos do PCP.

Esta pergunta é que deveria ser respondida, porque quem faz esta comparação com o 25 de Abril mostra que ainda não compreendeu bem o que significou o 25 de Abril.

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

Vozes do BE: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para uma segunda intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, de uma forma muito breve e respondendo àqueles que nos acusam de não lamentar as vítimas, quero dizer que inúmeras vezes temos lamentado as vítimas.

Vozes do CDS-PP e do PSD: - Exactamente!

Protestos do PCP e de Os Verdes.

O Orador: - Temos lamentado as vítimas civis, lamentamos as vítimas militares, lamentamos os soldados da coligação que morreram a defender a liberdade e lamentamos, obviamente, a morte dos jornalistas.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Quero só dizer-vos uma coisa, Srs. Deputados da esquerda em geral. Os senhores irritaram-se muito, o Sr. Deputado José Vera Jardim irritou-se imenso, com a referência ao 25 de Abril.

Vozes do PS: - E com razão!

O Orador: - Sr. Deputado José Vera Jardim e Sr. Deputado Eduardo Ferro Rodrigues, sabendo que os senhores são democratas, pergunto-vos somente se os senhores não viram na expressão dos rostos dos iraquianos que, ontem, festejavam a liberdade nas ruas da sua cidade…

Protestos do PCP e de Os Verdes.

… o mesmo que viram nas expressões dos portugueses que saíram para a rua - e eu estava lá - na primeira vez que se comemorou o 1.º de Maio.

Vozes do CDS-PP e do PSD: - Muito bem!

Protestos do PCP e de Os Verdes.

O Orador: - Eu vi!
Os senhores não viram nos rostos daqueles iraquianos a mesma expressão que havia no rosto do povo que saiu para a rua a festejar a liberdade pelo fim da União Soviética?! Eu vi!
A liberdade é sempre a liberdade!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Guilherme Silva.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Sr. Presidente, creio que fui muito claro na minha anterior intervenção, e comecei precisamente por manifestar a minha profunda solidariedade para com as vítimas da guerra, por todas as vítimas.
A Sr.ª Deputada Isabel Castro só ouve o que lhe convém.
Agora, nesta minha rápida intervenção, quero colocar uma questão muito simples.
Em relação àqueles que se incomodavam quando, pela equivocidade das suas posições, dizíamos que indiciavam uma posição pró-Saddam, de apoio a Saddam,…

O Sr. António Filipe (PCP): - Isso é para o Papa!

O Orador: - … ficamos à espera que, nesta ocasião, tomem a única atitude possível, que é a de apoio expresso à liberdade e à democracia no Iraque e ao povo iraquiano.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Soares.

O Sr. João Soares (PS): - Sr. Presidente, apenas quero sublinhar o que já aqui disse o meu camarada José Vera Jardim.
O Partido Socialista não tem dois pesos e duas medidas…

Protestos do PSD e do CDS-PP.

… no que diz respeito à condenação da violação dos direitos humanos, ao combate pela liberdade.
Onde quer que a questão se coloque, com a mesma clareza com que sempre condenámos a ditadura torcionária de Saddam Hussein, ou a ditadura de Fidel Castro, ou a ditadura de Musharaf, no Paquistão, condenamos as mortes absolutamente condenáveis dos jornalistas da Al-Jazeera e dos que estavam no Hotel Palestina.

Vozes do CDS-PP: - Claro! Também nós condenamos!

O Orador: - Não aceitamos que se considerem danos colaterais da guerra, porque quando, aqui, no país ao lado, a ETA coloca bombas e mata jornalistas espanhóis nós dizemos que se trata de assassinatos terroristas.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Muito bem!

Vozes do PSD e do CDS-PP: - E são!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Há quem não diga bem assim!

O Orador: - E o que se passou com as mortes dos jornalistas da Al-Jazeera, cujas instalações foram deliberadamente bombardeadas para apagar uma voz independente na defesa do direito à informação, ou com o bombardeamento do Hotel Palestina, onde, aliás, estavam

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