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5836 | I Série - Número 139 | 02 de Julho de 2003

 

melhoria real da qualidade de vida de todos os habitantes da nova vila de Valdigem.

A Deputada do PS, José Junqueiro - Miguel Ginestal - Ana Benavente.

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Quando apresentei o projecto de lei de elevação da vila da Mealhada a cidade, fi-lo com um significado e uma convicção: o significado de um pequeno gesto que podia de alguma forma ajudar a população desta vila e do concelho da Mealhada - até porque aquela é a sede deste mesmo concelho - a ter ainda mais orgulho e aspirações no seu crescimento futuro e a convicção de que este pequeno gesto não era de forma alguma descabido, porque, apesar de, ao auscultar alguma população, ter sentido algumas reservas quanto ao seu apoio, elas eram claramente dissipadas quando me referia ao facto de estar a falar da sede do concelho, e ao enunciar além do mais alguns dos equipamentos e serviços de que a referida vila já dispunha, o seu passado histórico e as suas perspectivas de crescimento no futuro.
Esta argumentação e fundamentação é clara no meu projecto de lei e é parte integrante do mesmo - projecto esse que o PS não se inibiu de copiar na íntegra quando apresentou muito posteriormente o seu projecto de lei, o qual incluía ainda a elevação a cidade das vilas do Luso e da Pampilhosa.
Considero-me uma pessoa honesta e humilde e, apesar de convicto de que o que estava a fazer era o melhor para o concelho da Mealhada e não apenas para uma das suas vilas, teria facilmente recuado, quando o PS apresentou o seu projecto de lei, reconhecendo o meu engano e simplesmente admitindo o meu erro e omissão, e teria, posteriormente, ao invés de apresentar um projecto de lei igual ao do PS, sobre a vila do Luso e da Pampilhosa - numa procura desenfreada de protagonismo que muitos me acusam de ter mas que certamente não encontrarão em mim aqueles que me conhecem -, hoje, simplesmente, votado favoravelmente esse mesmo projecto de lei.
No entanto, porque entendi que a elevação de outras cidades no concelho da Mealhada, além daquela que eu inicialmente tinha proposto, era de todo descabida, desvalorizaria por completo a elevação da vila da Mealhada a cidade, desprestigiando e ridicularizando todo o concelho e as suas populações.
E estou convicto destes factos e assim continuarei no futuro. Aliás, aqueles que apresentaram estes projectos em relação a estas duas outras vilas - que nem sequer do concelho são - se se preocupassem mais em falar com as suas populações e perceber que o sentimento geral não era consensual em relação à justeza da elevação daquelas duas outras vilas a cidades, falhando até algumas vezes no que à cidade da Mealhada se referia.
Excelências, sou da Mealhada, não sou da vila, ou da cidade da Mealhada, sou simplesmente da Mealhada.
Nunca encarei este projecto de lei como um instrumento de luta partidária ou pessoal, ou de disputa entre as várias vilas do concelho da Mealhada e não consigo entender que muitos daqueles que no início se levantaram contra o projecto de lei do PSD, por mim apresentado, argumentando com a pequenez da vila da Mealhada, apoiem agora a elevação da vila do Luso e da Pampilhosa, em conjunto com a da Mealhada.
São duas grandes vilas, serão duas grandes cidades, mas será certamente razoável pedir àqueles que hoje aqui invocam as populações do concelho da Mealhada que tenham a humildade de pensar no concelho da Mealhada, que reconsiderem, que vão visitar aquelas três vilas e que seriamente retomem no futuro uma nova postura em relação a estes projectos do Luso e da Pampilhosa.
Quanto a mim, não vou embarcar em populismos baratos, votando a favor da proposta do PS de elevação das vilas do Luso e da Pampilhosa a cidade.
Assumirei essa minha postura aqui neste Parlamento e junto das populações do Luso e da Pampilhosa sem qualquer tipo de cliché melodramático.
Defenderei sempre o concelho da Mealhada e as suas populações, sejam elas residentes no Luso, na Pampilhosa, na Mealhada, na Vacariça, em Antes, Barcouço, Ventosa do Bairro ou Casal Comba.
Não vejo a política, nem o lugar que ocupo neste Parlamento, como uma arma de luta contra uns ou contra outros, estou aqui para defender os interesses nacionais e os dos meu concelho, não os da população x ou da população y, e é por isso que não posso pactuar com o PS, que o que quer conseguir com este projecto de não é elevar as vilas do Luso e da Pampilhosa a cidade mas simplesmente criar climas de guerrilha político-partidário, promovendo escaramuças pessoais - com as quais nunca alinharei - e entre populações de um mesmo concelho, concelho esse que os protagonistas deste projecto tão pouco conhecem, falando em nome das suas populações, com a falsidade vulgar de alguém que reclama por algo que nem sequer conhece.
Acredito que o concelho da Mealhada tem muito a crescer e poderá certamente no futuro aquartelar mais duas cidades, além da da Mealhada, e que elas poderão ser sem qualquer sombra de dúvida as vilas do Luso e da Pampilhosa, mas, como em tudo na vida, tudo deverá ser feito a seu tempo, não devemos continuar a viver na Mealhada - nem este Parlamento pode pactuar com isso - um ambiente do vale tudo, simplesmente, inconsequente.
Tenho dito.

O Deputado do PSD, Gonçalo Breda Marques.

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Nós, os Deputados do Partido Socialista, eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro, votámos favoravelmente os projectos de lei de elevação das vilas do Luso e da Pampilhosa a cidade, porque, ao contrário de outros:
- compreendemos as legítimas aspirações das populações locais do Luso e da Pampilhosa;
- respeitamos a vontade expressa pelos órgãos autárquicos eleitos pelas populações do Luso e da Pampilhosa;
- pugnamos pelo desenvolvimento sustentado destas freguesias;
- reconhecemos o esforço e o empenhamento da câmara municipal no desenvolvimento harmonioso de todo o município;
- reconhecemos o esforço e luta constante dos eleitos locais, em especial, os presidentes de junta das freguesias do Luso e da Pampilhosa.
Por tudo isto, lamentamos que todos os restantes Deputados eleitos pelo distrito de Aveiro, igualmente legítimos representantes das populações, nomeadamente das populações do Luso e da Pampilhosa, ao votarem contra

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