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0292 | I Série - Número 006 | 02 de Outubro de 2003

 

estive presente na "Marcha Branca", e com a minha neta.
Devo dizer-lhe que estive presente por mim própria, com a minha consciência de mulher, de mãe e de cidadã, juntando a minha voz à de milhares de outras, incluindo a sua própria, manifestando o meu protesto contra os abusos de que são vítimas crianças indefesas e jovens, algumas vezes em instituições a cargo do Estado, outras vezes nas próprias famílias.
Sr.ª Deputada, não consigo imaginar dor mais profunda para uma criança do que esta.
Por outro lado, também estive presente na Marcha porque queria mostrar à minha neta que há muitas pessoas dispostas a prevenir e a lutar contra tais abusos, apoiando as crianças e os jovens para que o seu futuro não perigue e não seja igual ao seu passado.
Queria ainda dizer à minha neta que acredito na sociedade do futuro, que é solidária, não exclui, não discrimina, não viola direitos humanos de ninguém, a sociedade que a Sr.ª Deputada quer, que eu própria quero, que todos queremos e que aquelas pessoas vestidas de branco, empunhando um balão branco, certamente também querem. Por isso, estavam lá.
A sociedade do futuro é uma sociedade que oferece igualdade de oportunidades e na qual, como a Sr.ª Deputada disse, a criança tem direito à inocência.
No entanto, a partir de certa altura e contra a vontade dos organizadores - e fui testemunha disso -, os objectivos da Marcha foram subvertidos, quando deixou de ser uma marcha silenciosa, quando alguns manifestantes, e não só, foram insultados. Confesso, Sr.ª Deputada, que, então, senti-me defraudada e saí, em silêncio, da pouco silenciosa "Marcha Branca".
Gostaria de ouvir a sua opinião, Sr.ª Deputada.

Vozes do PS e do BE: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isilda Pegado.

A Sr.ª Isilda Pegado (PSD): - Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Celeste Correia, de facto, fomos companheiras na "Marcha", tal como outros Deputados, quer da sua bancada quer da minha, que nela participaram noutras cidades, como disse há pouco, nomadamente no Porto.
O que me impressionou nesta "Marcha" foi a espontaneidade popular que se verificou. Penso ser importante que um político tenha consciência de que o trabalho que faz é acompanhado pela necessidade social. Isto é, as pessoas precisam que alteremos leis, que sejamos reformistas nesta matéria, que dêmos condições à sociedade para funcionar, que dêmos condições às instituições que referi de modo a que prestem o seu serviço e que zelem para que a nossa juventude cresça de forma saudável. Diria que esta é uma preocupação transpartidária, e isso ficou claro.
Houve, pois, espontaneidade nesta "Marcha". Se alguma coisa correu menos bem, não posso referi-la porque, como sabe, fui convidada pela organização. Impressionou-me, no entanto, que esta organização não tenha conseguido ter mão sobre as pessoas. De facto, a "Marcha" tinha a ver com o silêncio de anos, daí que tenha sido um pouco difícil manter o silêncio, por contraposição à possibilidade de, agora, falar. Não entro em mais pormenores, dado que, de facto, não me parece ter sido esse o objectivo da "Marcha".
Pelo contrário, foi atingido o objectivo de a "Marcha" ser um estímulo para que muitos dos que estavam presentes e trabalham com situações patológicas da vida nacional possam levar por diante o seu trabalho. Eis, pois, a razão da nossa intervenção, bem como a de que a mesma contribua para que possamos levar por diante o trabalho parlamentar que estamos a fazer.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, chegámos ao fim do período de antes da ordem do dia.

Eram 16 horas e 55 minutos.

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, a Sr.ª Secretária vai dar conta da entrada na Mesa de uma iniciativa legislativa e de um parecer da Comissão de Ética a cuja votação teremos de proceder.

A Sr.ª Secretária (Isabel Gonçalves): - Sr. Presidente e Srs. Deputados, deu entrada na Mesa, e foi admitido, o projecto de lei n.º 354 /IX - Regula os termos em que se processa a alienação do património imobiliário do Estado (PS), que baixou à 5.ª Comissão.
Entretanto, Sr. Presidente e Srs. Deputados, a Comissão de Ética emitiu parecer no sentido de admitir a substituição do Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho (PSD), que suspende o mandato por período não superior a 10 meses e não inferior a 50 dias, por José Manuel Alves, com início em 1 de Outubro corrente, inclusive.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, está em apreciação o parecer.
Como não há inscrições, vamos votar.

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