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1436 | I Série - Número 024 | 27 de Novembro de 2003

 

cedo surgiu o sentimento da necessidade de "ancoragem" no Ocidente e nas suas instituições, percepcionados como os vencedores e garantes da segurança, da democracia, da estabilidade e do bem-estar.
À partida, não era evidente que caberia à NATO um papel determinante no restabelecimento de uma ordem no domínio da segurança. A Rússia opunha-se, então, a tal caminho e queria uma solução baseada na então CSCE, onde dispunha da possibilidade de influenciar de forma determinante.
Por sua vez, a Alemanha, recém-unificada (em Outubro de 1990), não considerava tolerável que o enorme espaço que a separava da Rússia entrasse numa qualquer instabilidade.
Diversas hipóteses existiam teoricamente com o objectivo de regulamentar a segurança de toda essa zona.
A verdade é que veio a caber à NATO rapidamente propor soluções e constituir em torno de si uma nova ordem. O simples facto, aliás, de um alargamento da União Europeia se ter mostrado mais demorado deixou um papel claramente liderante à Aliança Atlântica neste processo.
O que se chama a transformação da NATO corresponde, de facto, a um largo conjunto de factores e foi, e é, condicionado por acontecimentos, processos e conflitos que, historicamente, decorreram na sequência da queda do Muro de Berlim e da implosão da União Soviética. Mas os sentimentos, as atitudes e os interesses que se moveram, e movem, reflectem a memória e as feridas que, para não recuar mais no tempo, são o pesado legado da história do século XX na Europa e nas relações transatlânticas.
As decisões de alargar, e como, envolveram, e envolvem, questões relacionadas com o papel dos Estados Unidos na Europa, a importância da NATO na Europa Central e de Leste, a relação entre os alargamentos da União Europeia e da Aliança Atlântica, a situação da Rússia e o impacto nesta, o tratamento dos países que não são objecto de inclusão e as modificações na própria NATO.
Só faz, aliás, sentido alargar aquilo que existe e que se decide que continue a existir. O sinal mais firme de que os aliados desejam a manutenção da própria Aliança é o processo de alargamento dela mesma.

O Sr. Rui Gomes da Silva (PSD): - Muito bem!

A Oradora: - A consciência desta necessidade foi-se consolidando de forma progressiva. Mas dois factores, a juntar e intimamente ligados ao fim da "guerra fria", foram, numa primeira fase, determinantes nas discussões e nas decisões que foram sendo adoptadas no que respeita à configuração da defesa da segurança europeia: a reunificação alemã e a guerra na ex-Jugoslávia.
A reunificação da Alemanha dominou largamente na Europa as preocupações dos principais actores, influenciando o que veio a ficar instituído no Tratado de Maastricht, quanto à União Europeia, e os termos da discussão, quanto à presença norte-americana na Europa, ao papel da Aliança e à sua configuração depois da "guerra fria".
A guerra na ex-Jugoslávia teve também influência em praticamente tudo o que tem a ver com o papel actual e a transformação da NATO.
A reunificação alemã, sucedida ainda por cima no contexto do fim da "guerra fria", que significava também a capacidade de a Alemanha influir na vasta zona "libertada" a Leste, fazia facilmente reacender todos os medos em relação ao aumento - ainda - do poderio alemão. Multiplicava, assim, o receio que, para os países ocidentais, já significava de qualquer maneira a ideia de que os Estados Unidos pudessem desinteressar-se da segurança europeia.
Desde cedo os Estados Unidos se aliaram à Alemanha no apoio à reunificação, tendo tido um importante papel na negociação dos acordos da França, do Reino Unido e da então ainda União Soviética. Simultaneamente, tiveram, desde o início, a noção de que a NATO devia manter-se.
A NATO sempre foi para os americanos - e agora é muito mais visível - muito mais do que uma forma de defender os europeus e o mundo ocidental contra o perigo da União Soviética. Foi também, e é, uma forma privilegiada de cooperação política entre os dois lados do Atlântico e um instrumento da liderança dos próprios Estados Unidos.

Vozes do PSD: - Muito bem!

A Oradora: - Liderança que, aliás, defendia os europeus contra si próprios - contra tudo o que no passado lhes retirou o papel de liderança mundial, contra os ódios e as guerras do que desejamos passado, mas também contra as competições de poder que a renacionalização das suas defesas poderia gerar.
É uma presença no interesse mútuo, como não podia deixar de ser, dos Estados Unidos e da Europa Ocidental que, se ajuda a garantir a paz e a estabilidade - e o progresso, que têm garantido as poupanças dos europeus em defesa -, tem custado aos europeus a confiança do essencial da sua segurança aos Estados Unidas.
Para estes, que desejavam manter a NATO e apoiavam a reunificação da Alemanha, os dois elementos

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