O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1500 | I Série - Número 025 | 28 de Novembro de 2003

 

prefere, a uma política sustentada de direitos humanos e de coerência internacional, acentuar uma guerra que se desfaz no cenário militar e político.
A Amnistia Internacional denunciou, há dois dias atrás, o início de operações extra-judiciais de destruição de propriedade familiar por inculpação colectiva de alguns acusados de terrorismo, exactamente aquilo de que as instâncias internacionais já acusaram o exército de Israel noutras circunstâncias, e que mereceu uma condenação generalizada.
Esta guerra, Sr.as e Srs. Deputados, não tem solução. E a única solução que Portugal tem é não aceitar participar nesta guerra criminosa.

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Muito bem!

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Também para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Discutiremos esta questão as vezes que forem necessárias, ainda que reconheçamos a dificuldade em discutir esta questão, quando, do outro lado, nos confrontamos com argumentos que se traduzem em falsidades sucessivas.
A primeira falsidade, na argumentação do Sr. Deputado Francisco Louçã, é tão detectável quanto isto: acabou de nos dizer que esta era uma decisão do Governo - é evidente, porque a condução da política externa é uma decisão do Governo - …

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - Claro!

O Orador: - … mas que nunca esta Assembleia a havia discutido e que nunca se tinha pronunciado sobre ela. Não é verdade, Sr. Deputado! Esta Assembleia discutiu a questão do Iraque várias vezes e, no segundo voto, com aprovação parcial do Partido Socialista. Esta Assembleia, por duas vezes, votou votos sobre esta força de segurança, primeiro, em relação ao seu envio, depois, de apoio inequívoco ao trabalho que os homens da GNR estão a realizar no Iraque.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - O Sr. Deputado esquece-o, porque prefere o argumento da falsidade.
Mas é também uma falsidade, Sr. Deputado Francisco Louçã, dizer-nos, como refere no início do seu voto e segue até final, que esta intervenção no Iraque estimula o desenvolvimento do terrorismo. Não, Sr. Deputado! Não, Sr. Deputado! Esta intervenção é a reacção ao terrorismo!

Vozes do CDS-PP e do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Esta intervenção militar é a assunção de que é preciso combater o terrorismo e de que o Ocidente não baixa os braços em relação ao terrorismo!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O que é que os senhores nos propõem, neste conjunto de falsidades? É, hoje em dia, como o Partido Socialista ainda agora, pela voz do Deputado Vitalino Canas, acaba de reconhecer, ir claramente contra aquilo que as Nações Unidas pedem ao mundo. E o que é que pede a Resolução 1511? Pede, claramente, intervenção, participação, ajuda na estabilização do Iraque.
Neste momento, esta é a nossa obrigação, mas os senhores pedem, irresponsavelmente, o contrário. Com que solução, com que destino?! Perguntamos a todos: qual seria a consequência se os países que estão hoje no Iraque pura e simplesmente o abandonassem? Duas consequências são óbvias: a primeira, logicamente, seria a de um "pasto" para o terrorismo internacional; a segunda seria a de abandonar os mais fracos à sua sorte, e os mais fracos são os iraquianos. Estas seriam as consequências óbvias.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - A única solução é, obviamente, trabalhar, lutar e empenharmo-nos na estabilidade do Iraque. Esta é a responsabilidade do Governo, esta foi a palavra da Assembleia da República, esta é a responsabilidade de qualquer cidadão de bom senso no nosso país e esta é também a voz do Sr. Presidente da República.

Páginas Relacionadas
Página 1506:
1506 | I Série - Número 025 | 28 de Novembro de 2003   dos seus romances um m
Pág.Página 1506
Página 1507:
1507 | I Série - Número 025 | 28 de Novembro de 2003   Submetidas à votação,
Pág.Página 1507