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3417 | I Série - Número 062 | 12 de Março de 2004

 

estamos recordados da celebremente falhada parceria estratégica com a Swissair, para a concretização da qual também se dizia que era vital a privatização da TAP. Onde estaria a TAP hoje se esse processo irresponsável não tivesse sido sustido…?

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Entretanto, o Governo do PSD/CDS-PP nomeou um dos seus boys para Presidente do Conselho de Administração e cuja única orientação recebida da tutela foi, segundo o próprio, privatizar a TAP. A verdade é que, com a participação e enorme sacrifício dos trabalhadores, que durante os últimos quatro anos não viram os seus salários aumentados como contributo para a recuperação da empresa, a TAP tem vindo a melhorar, passando de resultados negativos há dois anos, de 122 milhões de euros, para anunciados resultados contabilísticos positivos em 2003, na ordem dos 26 milhões de euros. E isto, ainda por cima, num período nada favorável à aviação civil.
Pois bem, a evolução positiva de uma empresa pública desagrada profundamente aos evangelistas das privatizações, vendilhões do templo, para quem tais resultados põem em causa a doutrina de que empresa pública é necessariamente ineficaz e só terá resultados positivos nas mãos do capital privado. Não foi isso, aliás, que ouvimos recentemente aos "pregadores" reunidos no Convento do Beato?

Vozes do PCP: - É verdade!

Risos do PSD.

O Orador: - Ora foi precisamente isto que irritou um dos seus, o Eng.º Cardoso e Cunha. É que tais resultados não jogam com a sua estratégia (e a do Governo) de desmantelamento da TAP para a vender aos bocados; nem jogam com as suas insistentes pressões para que mais e mais trabalhadores sejam despedidos.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Foi, aliás, o mesmo Cardoso e Cunha, Presidente da TAP em representação do accionista Estado, que ainda recentemente, numa conferência realizada na Ordem dos Economistas, criticou o próprio Estado por ser mau accionista, sem que nada lhe acontecesse.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - É a impunidade!

O Orador: - O Presidente do Conselho de Administração da TAP só tem criado dificuldades à recuperação da TAP. É factor de instabilidade. Ele, sim, comete permanentemente actos hostis contra a transportadora nacional enquanto empresa pública.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Ora, o Governo não pode ficar silencioso perante estes acontecimentos, lavando as mãos como Pilatos. O Ministro Carmona Rodrigues há muito que deveria ter intervindo demitindo o Eng.º Cardoso e Cunha. É isso que se impõe neste momento: a demissão imediata do Presidente do Conselho de Administração da TAP, a clarificação do que é que o Governo pretende como futuro para a TAP, sob pena de ser cúmplice de uma estratégia de desestabilização, de desequilíbrio e de novos conflitos na empresa, que se deve manter no sector público ao serviço de Portugal e não dos interesses privados, amigos de Cardoso e Cunha, que há muito se preparam para assaltar a Transportadora Aérea Nacional.

Aplausos do PCP.

A Companhia das Lezírias é outra das empresas que o Governo pretende privatizar. 20 000 ha da melhor terra produtiva agrícola do País, objecto há muito da especulação imobiliária. Por 100 milhões de euros propõe-se desmantelar e privatizar uma das poucas empresas públicas do sector agrícola, quando o único caminho sério e sensato é o da sua manutenção no sector público, como uma exploração modelo, servindo de exemplo para uma agricultura moderna, tirando partido das suas elevadas potencialidades agrológicas, dando resposta às necessidades do País, abrindo espaço para os pequenos agricultores e rendeiros. Mas não, o Governo prefere irresponsavelmente entregar as ricas lezírias do Tejo ao lobby da

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