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3730 | I Série - Número 068 | 26 de Março de 2004

 

O Orador: - Se alguém mudou a sua posição, esse alguém tem de o justificar, porque em Portugal mandam os portugueses…

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - É o Bush!

O Orador: - … e quem define a posição de Portugal são os órgãos de soberania portugueses.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Honório Novo (PCP): - Ai se fossem!…

O Orador: - Por isso, Srs. Deputados, hoje, ao fim da tarde, quando começar o Conselho Europeu, levarei a mensagem - em nome do Governo e da maioria, mas gostaria, tanto quanto possível, que fosse em nome de quase todos os portugueses - de que há que ultrapassar divisões, há que unir esforços e é possível fazê-lo.
A Europa, no passado, quando tinha um inimigo comum, soube unir-se. Nós, agora, temos um inimigo comum, que é o terrorismo. Vamos, agora, dividir-nos?! Vamos, agora, dar-lhes motivos para festejarem ou, pelo contrário, depois deste ataque terrível, que nos atingiu aqui, na Europa, ao nosso lado, na vizinha Espanha, vamos mostrar coesão e solidariedade?! Penso que é uma oportunidade para a Europa se unir e é neste sentido que vou afirmar a posição de Portugal, hoje e amanhã, no Conselho Europeu.
Nesta altura, independentemente das divergências que sei que continuam a existir, em relação a algumas questões, com o maior partido da oposição, quero saudar a posição, que me parece séria e responsável, do líder do maior partido da oposição.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para replicar, tem a palavra o Sr. Deputado Eduardo Ferro Rodrigues.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, evidentemente, concordo que o terrorismo não tem qualquer legitimidade mas há uma coisa que é um facto: o terrorismo alimenta-se de uma base e essa base, infelizmente, é maior agora do que há um ano atrás, antes da invasão do Iraque. Esta é uma questão objectiva e clara.

Vozes do PS e da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia: - Muito bem!

O Orador: - Estou de acordo em que haja unidade e coesão, em termos europeus e também em termos nacionais. Aliás, relembro que quem provocou a divisão, em termos nacionais e internacionais, a qual, como disse o Sr. Primeiro-Ministro, só pode, objectivamente, servir o terrorismo, não foi o Partido Socialista, não foram os socialistas espanhóis, não foi o movimento socialista à escala europeia, foram aqueles que alinharam numa escalada unilateral.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Não é verdade!

O Orador: - E esta questão não pode ser esquecida, se quisermos combater, decididamente, o terrorismo.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, em relação à melhor notícia, já que falou em melhor notícia para uns, dir-lhe-ia que gostaria que também pudéssemos analisar qual seria a melhor notícia para todos nós. E, do meu ponto de vista, a melhor notícia para todos os democratas seria a de que, neste momento, as Nações Unidas, em condições de segurança absolutamente garantidas, tomariam, efectivamente, conta, urgentemente, do processo de transição democrática no Iraque. Essa, sim, seria a grande notícia para todos nós.

Aplausos do PS.

E, Sr. Primeiro-Ministro, é bom que todos aproveitemos estes momentos para reflectir também sobre

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