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3731 | I Série - Número 068 | 26 de Março de 2004

 

erros passados. O Sr. Primeiro-Ministro, aliás, admitiu, em recente entrevista, que, ao contrário de um dos que o antecederam no cargo do seu partido, de vez em quando, engana-se e tem dúvidas. Assim, relembro que era bom o Sr. Primeiro-Ministro voltar a ler a Carta dos Oito - A Europa e a América devem permanecer unidas. É que essa Carta tem nove parágrafos e em cinco deles fala-se na proliferação de armas de destruição maciça no Iraque. Ora, enquanto essas armas de destruição maciça não se encontrarem, como não se encontram, parece-me que há, efectivamente, necessidade de as pessoas que assinaram esse documento tirarem as devidas consequências, porque esse documento acabou por conduzir a uma escalada da violência e, do meu ponto de vista, a uma escalada do terrorismo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr. Presidente, Sr. Deputado Ferro Rodrigues, tocou o ponto que, obviamente, nos divide mas vejo que o fez em termos que não prejudicam o consenso genérico na luta contra o terrorismo e com isso me congratulo.
Quero dizer-lhe o seguinte, Sr. Deputado: há uma guerra declarada contra nós, o terrorismo declarou uma guerra ao Ocidente e isso está escrito, está dito.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Por isso, não me arrependo de nada do que fiz e voltaria, hoje, a fazer exactamente o que fiz durante todo este processo. Que isso fique bem claro!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. José Magalhães (PS): - E onde é que estão as armas?!

O Orador: - Não tenho qualquer dificuldade, Sr. Deputado, em reconhecer que cometo erros - tenho humildade para isso -, mas, nesta matéria, subscrevo tudo aquilo que disse e que fiz.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Está errado!

O Orador: - Os valores de Portugal - a liberdade e a democracia - defendiam-se do modo que o fizemos e o nosso interesse e segurança defendiam-se com a nossa aliança. Por isso, reafirmo tudo o que foi feito.

O Sr. José Magalhães (PS): - E as armas?!

O Orador: - E não tenho ilações a tirar daquilo que se passou na vizinha Espanha. Alguns dizem que, agora, as eleições espanholas demonstraram - parece que, agora, aprenderam - que se deve falar com verdade e transparência aos eleitores. Devo dizer-lhe, Sr. Deputado, que não precisei das eleições espanholas para falar com verdade e transparência aos eleitores.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): - Não fala com verdade!

O Orador: - E a posição que nós defendemos aqui, nesta Assembleia da República - eu próprio o fiz -, entre a Cimeira dos Açores e o início da guerra, foi clara e está documentada, consta do Diário: nós não queremos a guerra, nós não desejamos a guerra, mas, se, infelizmente, ela vier a acontecer, nós estaremos do lado dos nossos aliados.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): - Da guerra!

O Orador: - Digo hoje exactamente aquilo que disse nessa altura e penso que é a posição correcta que serve os interesses e os valores de Portugal.

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