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3737 | I Série - Número 068 | 26 de Março de 2004

 

homem nem nenhuma mulher que, tendo a hipótese de ser livre, não escolha a liberdade.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Como o Sr. Deputado Telmo Correia prescinde do direito de réplica, dou a palavra, para fazer uma pergunta, ao Sr. Deputado Carlos Carvalhas.

O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, já lhe expressámos a nossa opinião sobre as posições do Governo em relação ao Conselho Europeu no que toca às questões do terrorismo: estamos de acordo de que é necessário combater e condenar o terrorismo sem equívocos, todas as formas de terrorismo, seja o terrorismo da Al-Qaeda seja o terrorismo de Estado;…

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Muito bem!

O Orador: - … estamos de acordo de que é necessário condenar tanto os governos que fazem guerras preventivas, matando homens, mulheres e crianças, cidadãos inocentes, como os que, premeditadamente, assassinam dirigentes políticos, bombardeiam campos de refugiados e alimentam espirais de violência.

O Sr. Honório Novo (PCP): - Muito bem!

O Orador: - Por isso, entendemos que é necessário condenar, sem equívocos também, a política criminosa de Sharon e entendemos que o Governo já o devia ter feito há mais tempo. O Governo não pode ter dois pesos e duas medidas. O Governo não pode dizer que respeita a ONU, que ela deve enquadrar a luta anti-terrorista, e assumir, depois, uma postura de "vista grossa" em relação às resoluções da ONU sobre Israel.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Muito bem!

O Orador: - Mas combater o terrorismo, como já foi aqui afirmado, é também combater os factores que o alimentam, entre eles a frustração dos povos, a dominação dos povos, o seu desespero, a miséria, a complacência em relação aos offshore, ao segredo bancário, às lavagens de dinheiro, aos negócios sórdidos das armas, à substituição do direito internacional pelo direito do Governo americano a bombardear o país numa guerra ilegal e ilegítima na base de uma mentira, a das armas de destruição maciça, que, até hoje, nem o Sr. Primeiro-Ministro, nem o Presidente Bush, nem Aznar - de triste memória como primeiro-ministro -, nem o Sr. Blair nos disseram onde estão.
E como o Sr. Primeiro-Ministro teve ontem um encontro com o Sr. Blair, podia ter-lhe dito que ele o tinha enganado, que ele e o Sr. Bush o enganaram acerca das armas de destruição maciça. Ou, então, teve receio que eles lhe tivessem respondido que o Sr. Primeiro-Ministro é que se deixou enganar. Ou, então, afirmar que tanto o Sr. Bush, como o Sr. Blair, o Sr. Primeiro-Ministro e o Sr. Aznar sabiam bem que as armas de destruição maciça não passavam de um pretexto para invadir o Iraque e para os Estados Unidos deitarem mão às riquezas petrolíferas do Iraque.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Muito bem!

O Orador: - O que é que nós gostaríamos de ouvir hoje? Qual era a boa notícia que o Sr. Primeiro-Ministro poderia trazer-nos? A boa notícia sobre o Iraque era dizer-nos que a soberania real e efectiva, não sob tutela americana, tinha passado para o povo iraquiano sob a garantia da ONU e que Portugal tinha tomado a posição que se impunha, que era a de retirar de lá a GNR, elemento das forças de ocupação. Essa era a boa notícia que todos gostaríamos de ouvir, e estou convencido de que o povo português também.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - No plano interno, Sr. Primeiro-Ministro, é necessário reforçar as medidas de segurança, mantendo-as motivadas, o que passa por cumprir promessas como, por exemplo, as que foram feitas pelo Dr. Paulo Portas em campanha eleitoral,…

Vozes do PCP: - Exactamente!

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