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4832 | I Série - Número 088 | 14 de Maio de 2004

 

Pausa.

Os Srs. Deputados que, porventura, estejam com dificuldades para fazer accionar o mecanismo electrónico farão o favor de o assinalar à Mesa.
Srs. Deputados, vamos, então, proceder à verificação do quórum, utilizando o cartão electrónico.

Pausa.

Srs. Deputados, o quadro electrónico regista 162 presenças, pelo que temos quórum para proceder às votações.
Vamos começar por deliberar sobre um conjunto de votos, sendo que, nos termos regimentais, cada grupo parlamentar dispõe de 4 minutos para intervir, gerindo o seu tempo como entender.
Iniciaremos a discussão com o voto n.º 162/IX - De pesar pela morte de António Champalimaud e sugeria aos grupos parlamentares que as primeiras intervenções fossem sobre este voto e depois interviriam sobre os restantes.
Tem a palavra o Sr. Deputado Pinho Cardão.

O Sr. Pinho Cardão (PSD): - Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O voto de pesar apresentado pelo PSD e pelo CDS-PP dirá o essencial sobre as razões pelas quais foi apresentado. O PSD revê-se nelas plenamente.
António Champalimaud não foi apenas um empresário excepcional, era também um personagem fascinante, inteligente e culto, com enorme capacidade de liderança, pertinaz e com inesgotável energia.
Avesso a modismos, privilegiava o essencial. Estratega brilhante, não descurava alguns aspectos da gestão corrente. Rigoroso e exigente, a começar por si próprio, não desculpava facilmente os descuidos e a preguiça.
Atravessou conjunturas políticas difíceis; antes do 25 de Abril, o condicionamento industrial coarctou as suas iniciativas, após o 25 de Abril as nacionalizações obrigaram-no a centrar a sua actividade noutros países.
Foi um grande português. Foi inovador em termos empresariais, dotando as suas empresas com tecnologia avançada e organização adequada.
Por último, e sem procurar qualquer glória, instituiu uma grande fundação destinada à investigação científica no domínio da saúde. Tal acto releva um enorme humanismo, que define a faceta porventura mais desconhecida da sua pessoa, mas que foi uma matriz essencial da sua personalidade. Por isso, a nossa sentida homenagem.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Anacoreta Correia.

O Sr. Miguel Anacoreta Correia (CDS-PP): - Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, os fundamentos e os termos com que este voto é apresentado pelo CDS-PP e pelo PSD ao Plenário falam por si.
Trata-se de uma homenagem a um homem que nos deixa com um activo muito positivo da sua vida. É com muito orgulho que falo, em nome do CDS-PP, para exprimir o sentimento da nossa bancada.
O Sr. António Champalimaud era um homem que pensava de forma grande, que punha paixão em tudo o que fazia, que exigia muito, mas que sabia reconhecer o mérito, o esforço. Detestava a mediocridade, as "águas mornas" e o "pântano" da facilidade.
Gostava e sabia acrescentar valor às coisas e por isso em todos os domínios onde veio a intervir teve sucesso.
O "apenas flutuar" ou o "ir vivendo", a "habitualidade" não lhe serviam. Na sua juventude, a aviação foi uma das suas paixões. Manteve toda a vida esse gosto de ver as coisas com abrangência, de ver longe e com alcance.
Tive o privilégio de ser um dos seus colaboradores e testemunho como queria ver Portugal mais próspero, mais rico e mais justo.
Tinha uma enorme paixão por África, em particular por Moçambique. Nunca se lhe apagou a esperança de poder de novo concluir projectos grandes naquele país.
Era, acima de tudo, um realizador. Apesar de ter a intuição financeira, foi sempre, e acima de tudo, um industrial, um empresário, na plena acepção da palavra, com iniciativa e assunção do risco, que

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