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0103 | I Série - Número 002 | 17 de Setembro de 2004

 

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O CDS-PP, como é evidente, associa-se a este voto e àquilo que lhe está subjacente, sem, todavia, deixar de, numa nota muito breve, demonstrar, tal como o Bloco de Esquerda fez relativamente à acção do Governo, a nossa estranheza por aquela que é também a posição do próprio Bloco de Esquerda.
O BE demonstra tristeza por o Governo não se ter associado ao auxílio prestado. Mas o Sr. Deputado Francisco Louçã devia ter lembrado que nunca foi pedido auxílio ao Governo português, porque nunca, em qualquer circunstância, o Governo português, qualquer governo português, recusou auxílio humanitário a quem quer que lho tivesse pedido.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Também nós lamentamos que, por seu lado, o Bloco de Esquerda não se tenha associado à decisão pronta do Governo de, no que lhe for possível, combater o terrorismo.
Sabemos que não há vítimas do terrorismo sem terroristas, pelo que, numa discussão, não é dissociável lamentar as vítimas do terrorismo fazendo de conta que os terroristas que o causaram não devem ter todos o tratamento equivalente. Desse ponto de vista, se lamentamos estas vítimas - porque as lamentamos, e muito, como é óbvio - relativamente a esses terroristas não dizemos menos do que dissemos noutros casos de terrorismo que igualmente aqui foram lamentados.
Mas o que mais importa é que, neste caso, e em relação às vítimas, o sentimento que nos une, a nós e ao Bloco de Esquerda - valha-nos isso! -, é o mesmo.
E, a propósito das vítimas, cabe-me recordar aquilo que aqui disse num outro debate que tratava de terrorismo - ao qual o Bloco de Esquerda, lamentavelmente, se furtou: é que milhares de crianças foram sequestradas, centenas assassinadas, tal como sucedeu com outras inocentes vítimas a 11 de Setembro de 2001. Trata-se de inocentes, sem culpas por quaisquer estratégias internacionais, por opções políticas, por razões de agravo de quem quer que fosse; inocentes aos olhos de todos e que, apesar deste facto, foram premeditadamente escolhidos como alvo de terror para o amplificarem e para que esse terror se revelasse ainda mais assustador aos nossos olhos.
Por isso, e também por isso, associamo-nos àquele que é o sentimento do Bloco de Esquerda por estas vítimas do terrorismo e por todas as demais que, nos últimos anos, têm sido, infelizmente, vítimas deste fenómeno internacional.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, passamos à apreciação do voto n.º 201/IX - De congratulação pela prestação da representação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Atenas, apresentado pelo PSD e pelo CDS-PP.
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Ribeiro Cristóvão.

O Sr. Ribeiro Cristóvão (PSD): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Depois do êxito que constituiu para Portugal a organização do Campeonato da Europa de Futebol, as expectativas de todos nós passaram a centrar-se nos Jogos Olímpicos, cuja edição de 2004 comportava especial significado.
Os Jogos Olímpicos, pela sua dimensão universal e pelo impacto que têm na nossa sociedade, são dos paradigmas de excelência da prática desportiva e representam o principal espaço de afirmação dos praticantes de alto nível.
108 anos depois, os Jogos regressavam a casa. A Grécia, pátria da maior reunião de desportistas de todo o mundo, e que, em 1896, iniciara a era moderna, acolhia de novo povos dos cinco continentes, para entre si decidirem quais os melhores do início do novo milénio.
Infelizmente, já não é possível, neste tempo, recuperar totalmente o espírito de Pierre de Coubertain, para quem os Jogos interessavam mais como competição do que propriamente como um meio de alcançar a vitória.
Os Jogos Olímpicos deste ano registaram a presença de 11 000 atletas, em representação de 202 países, o que se traduz em números jamais alcançados.
Portugal também apresentou a sua maior representação de sempre: 82 atletas, repartidos por 17 modalidades. Destas, merecem destaque o atletismo, a natação, o judo, a vela, o futebol e o ciclismo.
E é igualmente justa uma referência à evolução positiva da representação nacional. É que, pela primeira vez, encarámos os jogos na perspectiva de podermos competir abertamente com as grandes potências mundiais, quando até aqui a simples intenção de competir animava o espírito dos nossos atletas.

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