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0108 | I Série - Número 002 | 17 de Setembro de 2004

 

Assim, a Assembleia da República: condena veementemente a acção criminosa do comando terrorista; solidariza-se com os familiares das 336 vítimas da tragédia e com o povo da Ossétia do Norte; pronuncia-se por uma solução política para a crise que se vive na Chechénia e nas repúblicas vizinhas, no integral respeito pelos direitos humanos.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, passamos à votação do voto n.º 201/IX - De congratulação pela prestação da representação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Atenas (PSD e CDS-PP).

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

É o seguinte:

Voto n.º 201/IX

De congratulação pela prestação da representação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Atenas

Depois do êxito que constituiu para Portugal a organização do Campeonato da Europa de Futebol, as expectativas de todos nós passaram a centrar-se nos Jogos Olímpicos, cuja edição de 2004 comportava especial significado.
Os Jogos Olímpicos, pela sua dimensão universal e pelo impacte que têm na nossa sociedade, são um dos paradigmas de excelência da prática desportiva e representam o principal espaço de afirmação dos praticantes de alto nível.
Cento e oito anos depois os Jogos regressavam a casa. Isto é, a Grécia, pátria da maior reunião de desportistas de todo o mundo, e que em 1896 iniciara a época moderna, acolhia de novo povos dos cinco continentes para, entre si, decidirem quais os melhores do novo milénio.
Infelizmente, já não é possível neste tempo, recuperar totalmente o espírito de Pierre de Coubertain, para quem os Jogos interessavam mais como competição do que propriamente como um meio de alcançar a vitória.
Os Jogos Olímpicos deste ano registaram a presença de 11 000 atletas em representação de 202 países, o que se traduz em números jamais alcançados.
Portugal também apresentou a sua maior representação de sempre: 82 atletas repartidos por 17 modalidades. Destas merecem destaque o atletismo, a natação, o judo, a vela, o futebol e o ciclismo.
E é justa igualmente uma referência à evolução, positiva, da representação nacional. É que, pela primeira vez, encaramos os Jogos na perspectiva de podermos competir abertamente com as grandes potências mundiais, quando até aqui a simples intenção de competir animava o espírito dos nossos atletas.
Voltámos também, por esse facto, a viver momentos empolgantes.
Primeiro, no ciclismo, Sérgio Paulinho surpreendia-nos com a conquista da medalha de prata na prova de estrada.
Depois, no atletismo, Francis Obikwelu e Rui Silva alcançavam proezas notáveis em especialidades de que a modalidade não guarda grandes memórias.
Nos 100 metros Obikwelu ganhava a medalha de prata e estabelecia novo recorde da Europa, enquanto Rui Silva, depois de uma corrida que ficava para a história dos 1500 metros, conseguia a medalha de bronze.
Estes são os grandes feitos que todo o mundo fixou. Mas há mais.
A nossa delegação recolheu também 10 diplomas, o que significa que tivemos outros tantos atletas em 8 primeiros lugares, 25 ficaram até ao 16.° lugar em provas diversas e Portugal somou, no conjunto, 44 pontos, marca nunca conseguida em Jogos anteriores.
Se nos ativermos ao facto de que dois terços das 202 representações que competiram não ganharam qualquer medalha, há aqui motivos de sobra para todos nos congratularmos.
Para a obtenção da nossa melhor prestação de sempre foi muito importante o aumento do apoio financeiro concedido pelo XV Governo Constitucional, com vista à preparação desportiva e participação competitiva dos praticantes presentes nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, a qual foi superior em 24% ao que se verificou para os Jogos Olímpicos de Sydney, realizados no ano de 2000.
Realçamos igualmente o rigor e o cumprimento dos compromissos assumidos em tempo oportuno.
Perante esta realidade, não podemos deixar de salientar a opção feita pelo XVI Governo Constitucional ao perspectivar o próximo projecto olímpico para um contexto temporal que abrange três ciclos olímpicos.
Pelo exposto, é com muita honra que a Assembleia da República se associa à brilhante e meritória prestação obtida pela nossa missão olímpica nos XXVIII Jogos Olímpicos que recentemente tiveram

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