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0794 | I Série - Número 015 | 22 de Outubro de 2004

 

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Era o PS! Estávamos a falar do PS!

O Orador: - Sr. Presidente, com a honra das pessoas não se brinca.
O Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo falou no meu nome como se eu fosse o responsável pelo despedimento de um jornalista e não admito isso a ninguém.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - O Mário Crespo é que falou!

O Orador: - Estou apenas a dizer, com toda a lisura, que, pelos vistos, há um problema de cronologia com a maioria que acredita num jornal - e, aliás, já enviei a este um desmentido dessa notícia - que, a propósito de acontecimentos reportados a 1996 e a 1998, e não se sabe bem porquê, vai buscar o meu nome, eu que tive a tutela da RTP entre Julho de 2001 e Abril de 2002.
Era apenas este o esclarecimento que queria dar a toda a Câmara, porque o meu nome foi citado numa intervenção que toda a Câmara pôde ouvir e, portanto, toda a Câmara tem o direito, e eu próprio também, à reposição da verdade dos factos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo, tem a palavra para dar explicações.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Augusto Santos Silva, está V. Ex.ª porventura enganado.

Vozes do PS: - Peça desculpa!

O Orador: - Eu não referi o nome do Sr. Deputado. Quem o fez foi o jornal, um jornal livre, onde se escreve de forma independente,…

Protestos do PS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo, faça favor de continuar.

O Orador: - … um jornal que estou a tentar citar, se bem que os senhores tentem calar-me e interferir com a minha liberdade de expressão…

Risos do CDS-PP.

Diz o jornal: "Mário Crespo deixou a RTP depois de três anos na prateleira e de alguns processos disciplinares por questionar o poder político sobre a TV pública…" - e repito "por questionar o poder político sobre a TV pública" - "… A pasta era tutelada pelo Ministro da Cultura, Augusto Santos Silva, do então Partido Socialista". Mais adiante, cita-se palavras de Mário Crespo dizendo que "fui penalizado por interferência do poder".
O Sr. Deputado Augusto Santos Silva, na intervenção para defesa da honra que acabou de fazer, porventura quereria dizer que a culpa terá sido do então secretário de Estado Arons de Carvalho. A ser assim, então, eu teria de citar Arons de Carvalho através do seu livro, intitulado Valerá a pena desmenti-los?
Nesse seu livro, diz Arons de Carvalho: "O governo do Partido Socialista foi várias vezes intermediário das mais diversas solicitações para que a RTP subsidiasse, transmitisse ou patrocinasse dezenas de iniciativas, grande parte das quais sem qualquer lógica comercial e, por vezes, até de duvidoso interesse". E continuava: "como poderia ser encarada pela empresa, senão como um inequívoco sinal de prosperidade, a deliberação de limitar a publicidade na RTP de 12 minutos para 7,5 minutos e proibi-la na RTP2?" Sabe como é que conclui? Desta forma: "O governo do Eng.º António Guterres tomou esta decisão após uma diligência dos presidentes da SIC e da TVI junto do próprio Primeiro-Ministro, nos finais de 1996". Recorda-se disto? Foi o Sr. Deputado Arons de Carvalho quem o escreveu, não fui eu que eu disto não sei nada.

Risos do CDS-PP.

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