O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0895 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004

 

quando, ao invés da normalidade do efeito bianual da descida das taxas do IRS, o governo socialista programou, em 2001, a descida das taxas de retenção por três anos para coincidir com as eleições, que teriam lugar em 2003, se os senhores não tivessem fugido?

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Uma vergonha!

O Orador: - Curioso é também verificar mais uma angélica contradição da oposição: o aumento do rendimento disponível da maioria das famílias, antes desprezível (uns cêntimos por dia, como foi ironizado pela oposição), havia-se transformado numa manobra eleitoralista para 2006! Por outras palavras, a antes insignificante descida passava agora a arma eleitoral. Onde ficamos, Srs. Deputados da oposição?! E onde estava, afinal, o ataque à classe média?! Sejam, ao menos, coerentes!
Srs. Deputados, passemos à despesa e avivemos a memória da sua história recente - há aqui muita gente que sofre de amnésia.

O Sr. Honório Novo (PCP): - Oh!

O Orador: - A despesa pública cresceu desmesuradamente na última década: sem juros, passou de 33,5%% do PIB, em 1990, para 43,1%, em 2002.
Agora, reparem bem, porque o que vou dizer é muito importante, não são jogos de palavras, são realidades concretas e dramáticas para o nosso país: entre 1995 e 2000, cinco anos de governação socialista, o peso dos juros da dívida pública passou de 6,3% do PIB para 3,1%, com a forte descida das taxas de juros nos mercados. Uma diferença de 3,1% do PIB, só por si suficiente para consolidar as finanças do Estado, uma última oportunidade histórica para disciplinar as contas sem recurso a medidas dolorosas para a população ou a medidas extraordinárias.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Srs. Deputados, uma diferença de 3,1% do PIB desbaratada na sofreguidão, genética e incontida, da governação socialista, que aproveitou para aumentar a despesa primária, absorvendo aquela poupança nos juros! Que autoridade tem, pois, para falar na utilização de receitas extraordinárias quem desperdiçou esta oportunidade, que jamais se repetirá?

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - No Orçamento do Estado para 2005, a manutenção da trajectória de consolidação orçamental - porque há consolidação orçamental - traduz-se, sobretudo, em três objectivos: melhoria do saldo corrente primário, que passa de (+)1 % do PIB, em 2004, para (+)2,1%, em 2005; diminuição do peso da despesa corrente de 43,9% do PIB, este ano, para 42,5%, no próximo ano, isto é, 1,4% a menos; e, finalmente, diminuição da necessidade de recurso a medidas extraordinárias para cumprimento do critério do défice, que passou de 2% do PIB, este ano, para 1,4%, em 2005.
Sr.as e Srs. Deputados, a consolidação orçamental exige três condições que se inter-relacionam: o crescimento da riqueza nacional, a erradicação da má despesa e o combate às economias clandestina e anfíbia.
Por isso, a principal mensagem para o País deste Orçamento, como já disse o Sr. Primeiro-Ministro, é conjugar, com excelência, o rigor com o favorecimento da economia e com uma fiscalidade mais solidária. Se a riqueza é fundamental para aumentar a receita do Estado, o consumo público deve absorver, todavia, uma menor parte daquela. Só assim se quebra o ciclo do despesismo estéril e se avança no progresso.
Tenho dificuldade em perceber a visão excessivamente dicotómica e compartimentada de quantos pensam que a austeridade, como método, é incompatível com a esperança, como motor. É que pode e deve trabalhar-se ao mesmo tempo na redução da despesa, na equidade tributária e no crescimento económico do País.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sr.as e Srs. Deputados, do lado fiscal, este Orçamento comporta importantes alterações, a começar pelo IRS.

Páginas Relacionadas
Página 0846:
0846 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Rui do Nascimento Raba
Pág.Página 846
Página 0847:
0847 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O rendimento per capit
Pág.Página 847
Página 0848:
0848 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. António Montalvã
Pág.Página 848
Página 0849:
0849 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Não me surpreendem, po
Pág.Página 849
Página 0850:
0850 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   descer de 3,2% do PIB,
Pág.Página 850
Página 0851:
0851 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Sócrates. O Sr.
Pág.Página 851
Página 0852:
0852 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Sr. Primeiro-Ministro,
Pág.Página 852
Página 0853:
0853 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Deputado José Só
Pág.Página 853
Página 0854:
0854 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   definição… Risos
Pág.Página 854
Página 0855:
0855 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Quando o primeiro-mini
Pág.Página 855
Página 0856:
0856 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Há muitos analistas qu
Pág.Página 856
Página 0857:
0857 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Presidente: - Sr
Pág.Página 857
Página 0858:
0858 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Presidente: - Sr
Pág.Página 858
Página 0859:
0859 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Primeiro-Ministr
Pág.Página 859
Página 0860:
0860 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   só para o Governo ser
Pág.Página 860
Página 0861:
0861 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Bernardino Soare
Pág.Página 861
Página 0862:
0862 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   dizer que entendo que
Pág.Página 862
Página 0863:
0863 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   caminhos diferentes.
Pág.Página 863
Página 0864:
0864 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   final da sua intervenç
Pág.Página 864
Página 0865:
0865 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Portanto, para que os
Pág.Página 865
Página 0866:
0866 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Orçamento do Estado.
Pág.Página 866
Página 0867:
0867 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   absolutamente injustif
Pág.Página 867
Página 0868:
0868 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   A Sr.ª Heloísa Apolóni
Pág.Página 868
Página 0869:
0869 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   eleições, se verificar
Pág.Página 869
Página 0870:
0870 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Luís Fazenda (BE
Pág.Página 870
Página 0871:
0871 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   em programas televisiv
Pág.Página 871
Página 0872:
0872 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Protestos do PSD. <
Pág.Página 872
Página 0873:
0873 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Orador: - O Sr. Depu
Pág.Página 873
Página 0874:
0874 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Aplausos do PSD e do C
Pág.Página 874
Página 0875:
0875 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   No que respeita ao PID
Pág.Página 875
Página 0876:
0876 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   valor estimado para a
Pág.Página 876
Página 0877:
0877 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Mas o "gelo quente" qu
Pág.Página 877
Página 0878:
0878 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   baixar os impostos sob
Pág.Página 878
Página 0879:
0879 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   a avaliação sobre a ec
Pág.Página 879
Página 0880:
0880 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   em quatro anos, Portu
Pág.Página 880
Página 0881:
0881 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Orador: - E, nestes
Pág.Página 881
Página 0882:
0882 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   nem convence os portug
Pág.Página 882
Página 0883:
0883 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Presidente: - O
Pág.Página 883
Página 0884:
0884 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Aplausos do CDS-PP e d
Pág.Página 884
Página 0885:
0885 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. António José Seg
Pág.Página 885
Página 0886:
0886 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Orador: - Requeria,
Pág.Página 886
Página 0887:
0887 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   palavra o Sr. Secretár
Pág.Página 887
Página 0888:
0888 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Presidente: - Ag
Pág.Página 888
Página 0889:
0889 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   défice inferior a 3%.<
Pág.Página 889
Página 0890:
0890 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   estratégia eleitoral a
Pág.Página 890
Página 0891:
0891 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Orador: - Há despesa
Pág.Página 891
Página 0892:
0892 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   acreditem que vão sent
Pág.Página 892
Página 0893:
0893 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Vozes do PCP: - É uma
Pág.Página 893
Página 0894:
0894 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Risos de Deputados do
Pág.Página 894
Página 0896:
0896 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   A este propósito, conv
Pág.Página 896
Página 0897:
0897 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   … por outro lado, cont
Pág.Página 897
Página 0898:
0898 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Criticam as receitas e
Pág.Página 898
Página 0899:
0899 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   outra ainda é quase in
Pág.Página 899
Página 0900:
0900 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   contas poupança-habita
Pág.Página 900
Página 0901:
0901 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Orador: - O que é qu
Pág.Página 901
Página 0902:
0902 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Quanto à questão da di
Pág.Página 902
Página 0903:
0903 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Sr. Ministro das Finan
Pág.Página 903
Página 0904:
0904 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   como garante a neutral
Pág.Página 904
Página 0905:
0905 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Aplausos do PSD e do C
Pág.Página 905
Página 0906:
0906 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   como é o caso do preço
Pág.Página 906
Página 0907:
0907 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Pública, a primeira qu
Pág.Página 907
Página 0908:
0908 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Fruto da evolução do s
Pág.Página 908
Página 0909:
0909 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Passemos ao Banco de P
Pág.Página 909
Página 0910:
0910 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   para 2005, perspectiva
Pág.Página 910
Página 0911:
0911 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Vozes do PSD e do CDS-
Pág.Página 911
Página 0912:
0912 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Afonso Candal (P
Pág.Página 912
Página 0913:
0913 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   macroeconómico de elev
Pág.Página 913
Página 0914:
0914 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   quer da OCDE não suger
Pág.Página 914
Página 0915:
0915 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   -, a resistência a pre
Pág.Página 915
Página 0916:
0916 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   questão central e, a e
Pág.Página 916
Página 0917:
0917 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   nacional, cumprindo, d
Pág.Página 917
Página 0918:
0918 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Vozes do CDS-PP e do P
Pág.Página 918
Página 0919:
0919 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Vozes do CDS-PP: - Mui
Pág.Página 919
Página 0920:
0920 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   próxima da directiva s
Pág.Página 920