O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0913 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004

 

macroeconómico de elevado risco, em especial no tocante à inflação prevista de 2% (aqui por defeito) e ao crescimento de 2,4% do PIB (aqui por excesso), com destaque para o risco derivado do alto preço do petróleo.
Em quinto lugar, e mais importante, que não contribuirá para a desejada consolidação orçamental, quebrando uma tendência de consolidação esboçada desde 2002.
Num primeiro comentário, de carácter global, direi que esta proposta de Orçamento para 2005 é a proposta possível no actual contexto político e económico, apresentando bastantes pontos positivos que me parece incorrecto não reconhecer, mas também um ou outro risco que não ganhamos em desconhecer ou omitir. Acresce que a proposta não é muito diferente da que teria sido apresentada pelo XV Governo, se ainda estivesse em funções, sejamos realistas, designadamente no que toca às alterações em sede de IRS e aos previstos aumentos salariais da função pública. Mas vamos aos comentários há pouco elencados.
Não justificam longas considerações os comentários que se referem ao ataque à classe média, ao estímulo ao consumo e à pretensa opacidade.
Quanto ao primeiro, o Ministério das Finanças divulgou - o Sr. Ministro já amplamente o comentou hoje - dados de uma distribuição dos rendimentos tributáveis em sede de IRS, pelos quais se constata que apenas uma pequena minoria de contribuintes será penalizada pelas medidas fiscais propostas. Fica posto em causa o pretenso ataque à classe média e parece até inegável o sentido de equidade tributária que essas medidas revelam.
No que respeita ao alegado favorecimento do consumo privado em detrimento da poupança, será motivo para perguntar - essa pergunta ainda não foi feita - qual foi, em anos anteriores, em especial na segunda metade dos anos 90, o papel destes instrumentos de suposto incentivo de poupança, numa altura em que teria sido tão importante moderar o crescimento do consumo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - É que o consumo privado cresceu, então, a taxas reais muito superiores às do PIB - lembro os anos de 1998 e de 1999 e só não aconteceu em 2000 pela subida significativa das taxas de juro. Não parece, pois, que esses instrumentos tivessem tanta importância na motivação da poupança financeira das famílias, que chegou a ser negativa em 1999 e quase nula em 2000, situação perfeitamente histórica, nunca tinha acontecido antes. É preciso entender que este tipo de incentivos fiscais à poupança, quando subsistem por um prazo muito longo (estes já levam mais de 15 anos), acabam por perder qualquer eficácia, transformando-se num vulgar instrumento da estratégia de marketing das instituições financeiras, que financiam previamente a sua constituição, como uma qualquer transacção comercial, para aumentar o volume de negócio. Acabam, assim, por ficar desligados da justificação original de promover a poupança. Para além disso, a Conta Poupança Habitação padeceu sempre de graves insuficiências de controlo, assinaladas pelo Tribunal de Contas em relatório de 2002, debatido neste Plenário, propiciando uma utilização indevida dos incentivos, em grande escala.
Comentário curioso é o da "opacidade". Quem se dê ao trabalho de comparar as propostas de Orçamento do Estado para 2004 e a actual verificará as enormes semelhanças na respectiva estrutura, designadamente no relatório. Não tenho dificuldade em reconhecer que, por exemplo, as comparações entre valores orçamentados, líquidos de cativações, com valores da estimativa de execução de 2004, são susceptíveis de oferecer uma leitura favorável do Orçamento do Estado para 2005 quanto à evolução da despesa. Mas isso já se verificara com a proposta de Orçamento do Estado para 2004 e não me recordo de então ter sido brandido o estigma da "opacidade".

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Uma vergonha!

O Orador: - Na proposta de Orçamento está toda a informação, em contabilidade nacional, em contabilidade pública para 2005, 2004, 2003, permitindo todas as comparações que se pretenda fazer - eu fi-las -quanto à evolução da receita e da despesa. O mesmo se diga em relação aos valores da autorização para a emissão líquida de dívida pública. Porquê, então, a "opacidade"? Confesso não entender.
Mais atenção justificam, no entanto, os comentários que respeitam ao contributo (ou não contributo) para a consolidação orçamental e também aos riscos do cenário macroeconómico.
Começando por este último, é verdade que, a verificarem-se alterações significativas, para pior, em relação aos valores projectados pelo Governo para o Produto Interno Bruto em 2005, poderíamos ter desvios importantes no comportamento da receita e da despesa, em especial nos Orçamentos do Estado e da segurança social.
Todavia, as mais recentes projecções quer da Comissão Europeia, quer do Fundo Monetário Internacional,

Páginas Relacionadas
Página 0846:
0846 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Rui do Nascimento Raba
Pág.Página 846
Página 0847:
0847 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O rendimento per capit
Pág.Página 847
Página 0848:
0848 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. António Montalvã
Pág.Página 848
Página 0849:
0849 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Não me surpreendem, po
Pág.Página 849
Página 0850:
0850 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   descer de 3,2% do PIB,
Pág.Página 850
Página 0851:
0851 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Sócrates. O Sr.
Pág.Página 851
Página 0852:
0852 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Sr. Primeiro-Ministro,
Pág.Página 852
Página 0853:
0853 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Deputado José Só
Pág.Página 853
Página 0854:
0854 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   definição… Risos
Pág.Página 854
Página 0855:
0855 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Quando o primeiro-mini
Pág.Página 855
Página 0856:
0856 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Há muitos analistas qu
Pág.Página 856
Página 0857:
0857 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Presidente: - Sr
Pág.Página 857
Página 0858:
0858 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Presidente: - Sr
Pág.Página 858
Página 0859:
0859 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Primeiro-Ministr
Pág.Página 859
Página 0860:
0860 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   só para o Governo ser
Pág.Página 860
Página 0861:
0861 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Bernardino Soare
Pág.Página 861
Página 0862:
0862 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   dizer que entendo que
Pág.Página 862
Página 0863:
0863 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   caminhos diferentes.
Pág.Página 863
Página 0864:
0864 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   final da sua intervenç
Pág.Página 864
Página 0865:
0865 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Portanto, para que os
Pág.Página 865
Página 0866:
0866 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Orçamento do Estado.
Pág.Página 866
Página 0867:
0867 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   absolutamente injustif
Pág.Página 867
Página 0868:
0868 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   A Sr.ª Heloísa Apolóni
Pág.Página 868
Página 0869:
0869 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   eleições, se verificar
Pág.Página 869
Página 0870:
0870 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Luís Fazenda (BE
Pág.Página 870
Página 0871:
0871 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   em programas televisiv
Pág.Página 871
Página 0872:
0872 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Protestos do PSD. <
Pág.Página 872
Página 0873:
0873 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Orador: - O Sr. Depu
Pág.Página 873
Página 0874:
0874 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Aplausos do PSD e do C
Pág.Página 874
Página 0875:
0875 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   No que respeita ao PID
Pág.Página 875
Página 0876:
0876 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   valor estimado para a
Pág.Página 876
Página 0877:
0877 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Mas o "gelo quente" qu
Pág.Página 877
Página 0878:
0878 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   baixar os impostos sob
Pág.Página 878
Página 0879:
0879 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   a avaliação sobre a ec
Pág.Página 879
Página 0880:
0880 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   em quatro anos, Portu
Pág.Página 880
Página 0881:
0881 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Orador: - E, nestes
Pág.Página 881
Página 0882:
0882 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   nem convence os portug
Pág.Página 882
Página 0883:
0883 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Presidente: - O
Pág.Página 883
Página 0884:
0884 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Aplausos do CDS-PP e d
Pág.Página 884
Página 0885:
0885 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. António José Seg
Pág.Página 885
Página 0886:
0886 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Orador: - Requeria,
Pág.Página 886
Página 0887:
0887 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   palavra o Sr. Secretár
Pág.Página 887
Página 0888:
0888 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Presidente: - Ag
Pág.Página 888
Página 0889:
0889 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   défice inferior a 3%.<
Pág.Página 889
Página 0890:
0890 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   estratégia eleitoral a
Pág.Página 890
Página 0891:
0891 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Orador: - Há despesa
Pág.Página 891
Página 0892:
0892 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   acreditem que vão sent
Pág.Página 892
Página 0893:
0893 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Vozes do PCP: - É uma
Pág.Página 893
Página 0894:
0894 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Risos de Deputados do
Pág.Página 894
Página 0895:
0895 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   quando, ao invés da no
Pág.Página 895
Página 0896:
0896 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   A este propósito, conv
Pág.Página 896
Página 0897:
0897 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   … por outro lado, cont
Pág.Página 897
Página 0898:
0898 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Criticam as receitas e
Pág.Página 898
Página 0899:
0899 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   outra ainda é quase in
Pág.Página 899
Página 0900:
0900 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   contas poupança-habita
Pág.Página 900
Página 0901:
0901 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Orador: - O que é qu
Pág.Página 901
Página 0902:
0902 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Quanto à questão da di
Pág.Página 902
Página 0903:
0903 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Sr. Ministro das Finan
Pág.Página 903
Página 0904:
0904 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   como garante a neutral
Pág.Página 904
Página 0905:
0905 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Aplausos do PSD e do C
Pág.Página 905
Página 0906:
0906 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   como é o caso do preço
Pág.Página 906
Página 0907:
0907 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Pública, a primeira qu
Pág.Página 907
Página 0908:
0908 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Fruto da evolução do s
Pág.Página 908
Página 0909:
0909 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Passemos ao Banco de P
Pág.Página 909
Página 0910:
0910 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   para 2005, perspectiva
Pág.Página 910
Página 0911:
0911 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Vozes do PSD e do CDS-
Pág.Página 911
Página 0912:
0912 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   O Sr. Afonso Candal (P
Pág.Página 912
Página 0914:
0914 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   quer da OCDE não suger
Pág.Página 914
Página 0915:
0915 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   -, a resistência a pre
Pág.Página 915
Página 0916:
0916 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   questão central e, a e
Pág.Página 916
Página 0917:
0917 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   nacional, cumprindo, d
Pág.Página 917
Página 0918:
0918 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Vozes do CDS-PP e do P
Pág.Página 918
Página 0919:
0919 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   Vozes do CDS-PP: - Mui
Pág.Página 919
Página 0920:
0920 | I Série - Número 017 | 18 de Novembro de 2004   próxima da directiva s
Pág.Página 920