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0144 | I Série - Número 003 | 22 de Março de 2005

 

corresponde a tudo o que eu disse.

O Sr. José Junqueiro (PS): - Exactamente!

O Orador: - O que falta nessa transcrição é que eu disse que, se persistirem ou se acentuarem as graves dificuldades financeiras do Estado português, então, teremos de rever várias coisas na nossa política externa e, nomeadamente, na presença de missões militares portuguesas no estrangeiro, salvo quanto à CPLP. Esta é que é a frase completa e creio que, depois do que ouvimos hoje ao Sr. Ministro de Estado e das Finanças, qualquer pessoa de bom senso a subscreveria.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Relativamente à opinião do Sr. Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação sobre o Presidente Bush, devo dizer que estou aqui a discutir a política externa do Programa do XVII Governo Constitucional e não a fazer análises psicológicas, nem aos meus Secretários de Estado nem aos Presidentes ou Primeiros-Ministros de outros países.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Em todo o caso, quero dizer-lhe que a política externa não se faz com amizades ou inimizades, não se faz com afinidades ideológicas ou intelectuais, faz-se com referência a valores, a princípios e a defesa de interesses legítimos.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - É isto que conta e é absolutamente indiferente a qualidade intelectual dos interlocutores com quem eu tiver de negociar.

A Sr.ª Maria de Belém Roseira (PS): - Muito bem!

O Orador: - V. Ex.ª disse que o meu discurso era rectificativo. Permita-me que rectifique: penso que o meu discurso não é rectificativo, o meu discurso reafirma aquilo que eu sempre disse. E, se me permitem, lembrarei que, no auge da crise do Iraque, em pleno programa de televisão, que teve uma das maiores audiências de sempre, defini a minha posição desta forma: "sou estruturalmente pró-americano, sou conjunturalmente anti Bush por causa da guerra do Iraque".
Ora bem, quem do primeiro mandato para o segundo mudou não fui eu, foi o Presidente Bush.

Risos do CDS-PP.

Quem passou do unilateralismo para o multilateralismo foi o Presidente Bush. Quem veio à Europa estender a mão não àqueles que o apoiaram apressadamente mas àqueles que lhe fizeram frente, a Chirac e a Schröeder, foi o Presidente Bush.

Aplausos do PS.

Risos do PSD e do CDS-PP.

Quem afirmou, no momento em que deixou as suas funções de secretário de Estado, no primeiro mandato do Presidente Bush, que "no processo do Iraque cometemos muitos erros e perdemos a boa-vontade da maior da parte dos nossos aliados no mundo" foi Collin Powel, não fui eu.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Com certeza! Estou de acordo!

O Orador: - Portanto, nada tenho a rectificar. Se o Presidente Bush mudou a sua política externa e está disposto a actuar com base na diplomacia e não na guerra, no multilateralismo e não no unilateralismo…

O Sr. Presidente: - Sr. Ministro, tenha a bondade de concluir.

O Orador: - … e em aliança com os seus aliados da NATO, então, a minha convicção é esta: ainda bem que tudo regressou à normalidade!
Posso continuar, Sr. Presidente?

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