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1501 | I Série - Número 036 | 01 de Julho de 2005

 

do CDS-PP, associar-me a este voto de pesar, que é verdadeiramente um voto de pesar justificado, pela luta intransigente que o Prof. Emídio Guerreiro fez pela liberdade e pela democracia.
Penso que, na sua longa vida, foram estes os valores mais importantes: a luta permanente pela liberdade e pela democracia, sempre com a mesma coragem, sempre com a mesma convicção e sempre com algo que é de notar em alguém que faleceu depois dos 100 anos, uma enorme esperança repetida no futuro.
O Prof. Emídio Guerreiro foi alguém que sempre acreditou que o dia de amanhã seria um dia melhor e que valia a pena lutar por um dia melhor, por amanhã.
Manteve, até ao fim, uma enorme lucidez e uma enorme independência de espírito, alicerçado num sentido de humor muito próprio, que era o seu e que foi uma peça constante em toda a sua vida.
Pagou muitas vezes, de forma muito dura, um preço muito alto por esta luta que fez ao longo de toda a sua vida. Foi, de facto, uma vida vivida em pleno, que atravessou todo o século XX.
Por isso mesmo, em nome do CDS-PP, quero prestar o mais sentido respeito à sua família, aos seus amigos, às pessoas da sua família aqui presentes, nomeadamente um Colega nosso Deputado, e associar-me a este voto com enorme sentido de pesar.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Madeira Lopes.

O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A morte do Prof. Emídio Guerreiro é, de facto, um acontecimento assinalável na História do nosso país. Terminou uma vida muito longa - tinha 105 anos de idade - e uma vida muito completa.
O Prof. Emídio Guerreiro, de facto, destacou-se, desde o princípio, pela luta contra a ditadura em Portugal, depois continuou essa luta em terras de Espanha e em França. Afastado de Portugal pelo regime fascista, manteve um longo exílio.
O Prof. Emídio Guerreiro foi uma pessoa que encarnou a luta pela liberdade e pela igualdade como poucos o fizeram na História do nosso país.
Por estes motivos, sentimos uma perda e, por isso, o Partido Ecologista "Os Verdes" associa-se a este voto de pesar e daqui expressa as mais sentidas condolências à família.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Martins.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Partido Socialista associa-se a este voto de pesar.
O Prof. Emídio Guerreiro, nascido em Guimarães em Setembro de 1899, é uma grande figura da República Portuguesa. Foi Guerreiro no nome e guerreiro na vida.
Uma personalidade encantadora, que foi um rebelde na luta pela liberdade e traduziu a sua vida a partir da consigna "liberdade, igualdade, fraternidade".
Esteve na luta contra a ditadura do Estado Novo e na primeira revolta do General Sousa Dias, esteve na luta pela República espanhola, esteve no maquis francês contra os nazis e esteve com Humberto Delgado na resistência à ditadura em Portugal. Esteve no exílio desde sempre, de onde regressou para a construção da democracia em Portugal.
O Prof. Emídio Guerreiro é uma grande figura da República, como disse, e foi um sonhador toda a vida.
Nasceu no século XIX e morreu no século XXI, a caminho do século XXII.
A ele, aos seus amigos - a sua memória fica entre nós inesquecível - e à sua família o testemunho dos nossos pêsames, da nossa homenagem e da consciência de que são homens com esta estatura que fazem a estatura e a dimensão da República Portuguesa.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Marques Mendes.

O Sr. Luís Marques Mendes (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A morte do Prof. Emídio Guerreiro representa, desde logo, o desaparecimento de um homem de profundas convicções e de grande coragem. Fez da liberdade, porventura, a grande causa da sua vida, lutando por ela em Portugal e no estrangeiro, no combate a Franco, a Hitler e a Salazar.
Fê-lo antes e depois do 25 de Abril, com fortes convicções cívicas na defesa, justamente, da liberdade e da democracia. E fê-lo sempre em todos os momentos da sua vida com uma enorme coragem - coragem física, coragem política e coragem de assumir convicções. Merece, desde logo, por esta razão, os nossos profundos respeito e homenagem.
Não era hoje, como é sabido, militante do PSD, mas foi-o durante vários anos. E foi mesmo líder do PSD - o cargo então chamava-se secretário-geral - num período muito específico e muito especial da nossa vida política nacional, no Verão quente de 1975.
E também aí, na liderança do PSD, a sua marca impressiva foi a marca da energia, da combatividade e

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