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1980 | I Série - Número 043 | 07 de Setembro de 2005

 

o facto que motiva o seu pedido de defesa da honra.

O Orador: - Sr. Presidente, penso que terá estado atento à intervenção do Sr. Deputado Vitalino Canas que se referiu a mim próprio tendo dito várias coisas que me escuso de dizer agora, porque nem tudo deve ser repetido.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Muito bem. Faça favor de continuar.

O Orador: - Sr. Deputado Vitalino Canas, de facto, não havia necessidade do seu "número". Penso mesmo que, se calhar, não entendeu bem qual foi o registo do Sr. Ministro António Costa hoje, aqui, caso contrário não teria feito o que fez. Mas, enfim, cada um rege a sua capacidade da forma que entende.
Sr. Deputado, apenas quero dizer-lhe que, entre outras coisas, como a tal falta de tom, também faltou à verdade - como se o que o senhor diz pudesse ser uma verdade adquirida! -, porque pretendeu dizer que, durante este Verão, o líder do meu partido ter-se-á pronunciado alguma vez sobre o modo e os meios de combate aos incêndios florestais.
Ora, o líder do meu partido, desde o princípio - e não sei se o senhor esteve de férias, ou não ouviu, ou, se calhar, foi mal informado -, limitou-se a fazer referência à declaração de calamidade pública e ao accionamento do Fundo de Solidariedade da União Europeia e, naturalmente, aos apoios a prestar aos sinistrados e às populações que foram atingidas pelos fogos. Foi só isto que ele disse até agora.
Portanto, o senhor pode dizer o que quiser, não pode é faltar à verdade, porque não lho permitimos. Daí que se justifique esta nota.
A sua intervenção e o modo como a fez leva-me a pensar que, se calhar, precisa de mostrar serviço, tendo em vista uma possível remodelação. Pode passar por aqui, mas cuidado, porque, como interveio fora do tom do Governo, pode significar que, se calhar, entende que o Governo aqui também não está a actuar bem e que é preciso ser mais acutilante para com aqueles que tiveram…

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Sr. Deputado, é muito duvidoso que a sua intervenção esteja a configurar uma defesa da honra. Por favor, cinja-se a esta figura regimental.

O Orador: - Sr. Presidente, estou a cingir-me o mais possível.
V. Ex.ª continua com o mesmo registo que tinha quando estava na oposição. Nessa altura pretendia dar lições de como apagar fogos florestais; hoje, de facto, não trouxe qualquer ideia nova, mas, como continua a criticar tudo e todos, significa, então, que as suas críticas também se dirigem ao Sr. Ministro António Costa e à respectiva equipa, o que lamento.
Inverteram-se aqui os papéis: nós temos solidariedade para com o Governo nesta matéria; o Sr. Deputado Vitalino Canas, pelos vistos, está em oposição.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Para dar explicações, se assim o entender, tem a palavra o Sr. Deputado Vitalino Canas.

O Sr. Vitalino Canas (PS): - Sr. Presidente, foram manifestas as dificuldades do Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho em encontrar algum motivo de agravo. O Sr. Deputado, aliás, veio defender, sobretudo, a honra da sua bancada, já que mais ninguém se "puxou à frente". Mas mesmo a bancada também não foi ofendida, e, certamente, o Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho não o foi.
Quando fiz referência a personalidades que puseram em causa o dispositivo, não estava a referir-me ao Sr. Deputado. Poderia ter-me referido a umas declarações antigas do Sr. Deputado, proferidas há uns meses, quando se referiu ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil de uma forma que me parece altamente desprestigiante, mas não vale a pena fazê-lo, nem o fiz. Se o tivesse feito, então, o Sr. Deputado poderia ter vindo responder, já que não o fez na altura, às observações que lhe foram feitas a esse propósito.
Portanto, não o ofendi e até ouvi com simpatia a intervenção do Sr. Deputado que me pareceu adequada dentro da perspectiva do PSD.
O que quis dizer foi que me parece completamente inadequado que qualquer responsável político de qualquer partido, enquanto está a decorrer o combate aos fogos florestais, enquanto os homens e as mulheres estão no terreno a combater, faça qualquer declaração que seja desprestigiante ou que possa desmoralizá-los. Isto aconteceu durante esta época de incêndios e não deve voltar a acontecer.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Srs. Deputados, dou por terminado o debate sobre fogos florestais.
Passamos agora ao debate, requerido pelo Governo, sobre educação (início do ano lectivo no ensino básico e secundário).

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