O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2845 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005

 

O Orador: - … pois ela começa já a ser uma imagem de marca, que, desgraçadamente, nos vamos habituando a constatar, já a sobranceria de, antes sequer de o debate ter lugar, começar por dizer que o seu Orçamento era um orçamento vencedor…

A Sr.ª Rosa Maria Albernaz (PS): - Tal e qual!

O Orador: - … denota um enorme distanciamento da cultura e humildade democráticas com que um Primeiro-Ministro se deve apresentar perante a Assembleia da República.

Aplausos do PSD.

Deslumbrado com o poder, o Sr. Primeiro-Ministro não quer ver que o Orçamento do Estado não se esgota na retórica da sua apresentação, nem na valoração que se faça das suas intenções. Não, Sr. Primeiro-Ministro! O mais importante no Orçamento do Estado é a sua execução. É o impacto que as medidas que ele encerra têm na vida das empresas, no dia-a-dia das famílias, no bem-estar das pessoas e nas condições para a criação de mais riqueza nacional.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Seria, de resto, mais sério, que o seu Governo tivesse trazido a este debate uma análise objectiva do resultado que estão a ter das opções, nomeadamente o aumento dos impostos e o aumento da despesa, que o senhor tomou no seu primeiro Orçamento, o Orçamento rectificativo de 2005.

O Sr. Luís Marques Mendes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - É que, Sr. Primeiro-Ministro, insistir em "carregar" de novo na carga fiscal para 2006, teimar na ruinosa política das SCUT ou avançar com megainvestimentos, que não sabemos se temos condições para suportar e, muito menos, se têm fundamento e sustentabilidade económica, de duas, uma: ou são opções fundamentadas em indicadores credíveis, que apontam para a sua correcção; ou são uma teimosa "fuga em frente", que, tarde ou cedo, o País vai ter de "pagar com língua de palmo".

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Escolher esta segunda, como o Sr. Primeiro-Ministro vem dando mostras de querer, é escolher um caminho de insensibilidade e de irresponsabilidade, que o Partido Social Democrata não acompanhará.

Aplausos do PSD.

E falo já do segundo facto que fica a marcar este debate: a insistência cega nas auto-estradas sem portagens, ou na Ota, particularmente incompreensível nos tempos de dificuldades e de sacrifícios que os portugueses têm de suportar.
A este propósito, Sr. Primeiro-Ministro, ficava-lhe bem dar ouvidos ao coro de empresários e de economistas, de todos os quadrantes políticos, que, em uníssono, vêm questionando estas opções.
É que o senhor não pode usá-los como aval das suas escolhas quando lhe convém…

A Sr.ª Zita Seabra (PSD): - Muito bem!

O Orador: - … e, logo de seguida, ignorá-los, por considerar incómodas as suas críticas.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Também aqui, um pouco mais de cultura e humildade democráticas estão a faltar. Como está a faltar a coragem que o, então, Ministro Campos e Cunha teve, ao levantar-se contra a insensatez destas apostas.

Protestos da Deputada do PS Rosa Maria Albernaz.

Está à vista que se confirmam as piores previsões suscitadas pela demissão do anterior Ministro das Finanças. Ao mandar embora um ministro que ousou discordar, o sinal ficou dado.
Há, na política a seguir por este Governo, matérias que o Primeiro-Ministro adquiriu como dogmas, e os dogmas não se discutem, pelo menos, até que nos caiam em cima da cabeça ou que sejamos sugados

Páginas Relacionadas
Página 2836:
2836 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   Jerónimo Carvalho de S
Pág.Página 2836
Página 2837:
2837 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   E nesta avalanche nem
Pág.Página 2837
Página 2838:
2838 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   A Sr.ª Heloísa Apolóni
Pág.Página 2838
Página 2839:
2839 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   a administração fiscal
Pág.Página 2839
Página 2840:
2840 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   O Sr. Presidente: - Pa
Pág.Página 2840
Página 2841:
2841 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   Aplausos do CDS-PP.
Pág.Página 2841
Página 2842:
2842 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   peregrina de que os im
Pág.Página 2842
Página 2843:
2843 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   É uma opção que dá con
Pág.Página 2843
Página 2844:
2844 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   Numa única frase: o ob
Pág.Página 2844
Página 2846:
2846 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   pelo sorvedouro em que
Pág.Página 2846
Página 2847:
2847 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   O Orador: - … para ent
Pág.Página 2847
Página 2848:
2848 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   escolhas políticas sob
Pág.Página 2848
Página 2849:
2849 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   sequer avançar alterna
Pág.Página 2849
Página 2850:
2850 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   anteriores" é curioso.
Pág.Página 2850
Página 2851:
2851 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   concretizará - e digo
Pág.Página 2851
Página 2852:
2852 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   colegas - que vai ser
Pág.Página 2852
Página 2853:
2853 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   Primeiro-Ministro e o
Pág.Página 2853
Página 2854:
2854 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   e as demais administra
Pág.Página 2854
Página 2855:
2855 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   los como sobrevalorizá
Pág.Página 2855
Página 2856:
2856 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   boa direcção. Como diz
Pág.Página 2856
Página 2857:
2857 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   quando estiveram no go
Pág.Página 2857
Página 2858:
2858 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   razões para querer ver
Pág.Página 2858
Página 2859:
2859 | I Série - Número 061 | 12 de Novembro de 2005   Aplausos do PS.
Pág.Página 2859