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3606 | I Série - Número 076 | 13 de Janeiro de 2006

 

Vozes do PSD: - Muito bem!

A Oradora: - Por exemplo, o Sr. Deputado, primeiro, disse que os dinheiros públicos devem ser aplicados de uma forma rigorosa…

O Sr. Ventura Leite (PS): - Exactamente!

A Oradora: - … mas, depois, disse que os critérios de exigência devem ser aplicados aos investimentos não comparticipados.

O Sr. Ventura Leite (PS): - Claro que sim!

A Oradora: - Então, e os comparticipados, Sr. Deputado?!

O Sr. António Pires de Lima (CDS-PP): - Exactamente!

A Oradora: - Esses são "de borla", por acaso?!

O Sr. Ventura Leite (PS): - Não disse isso!

A Oradora: - Então, os investimentos não comparticipados, por acaso, não ocupam um espaço que poderia ser dado a outros?! São "de borla", Sr. Deputado?! Estes não precisam de exigência?!
De facto, isto dá-nos uma ideia da lógica com que funciona o pensamento socialista: "como é 'de borla', vá para a frente".
Quanto à menção que fez sobre a eventual obsessão de oposição a estes investimentos, devo dizer que se há aqui alguma força política que parece obsessiva é o Partido Socialista, que insiste na defesa destes investimentos sem nos conseguir provar que, do ponto de vista económico, financeiro e social, eles estão devidamente garantidos. Isto está ainda por provar, como disse na minha intervenção.

Vozes do PSD: - Muito bem!

A Oradora: - O Sr. Deputado referiu ainda que nós também somos responsáveis e que é preciso ter descaramento para falar, nesta matéria, sobre pobreza e analfabetismo. Quero dizer-lhe o seguinte, Sr. Deputado: entendo que a pobreza, o analfabetismo, a falta de desenvolvimento, o subdesenvolvimento político deste país é responsabilidade de todos nós. De todos! Mas posso dizer-lhe que os números que apresentei sobre a pobreza e o analfabetismo, por acaso, até responsabilizam mais directamente o Partido Socialista.

Vozes do PS: - Ai é?!

A Oradora: - É, é! É que estes números fazem parte de estatísticas dos anos de 2000 e 2001, ou seja, por acaso, os primeiros do governo do Engenheiro Guterres.
Por último, Sr. Deputado Ventura Leite, gostava de lhe dizer que considero inconcebível que diga que esta iniciativa desqualifica e desconsidera o Governo e desprestigia o Parlamento. Se o Governo se sentir desqualificado e desconsiderado, só tem uma entidade a quem apontar o dedo, que é a ele próprio, porque não geriu estes processos de forma rigorosa, como deveria ter feito, e não foi transparente a forma como o fez.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada, já excedeu o seu tempo, e poderia terminar desse modo. Aliás, era uma boa frase para terminar mas, enfim, tem direito a uma segunda.

A Oradora: - Muito obrigada, Sr. Presidente.
Termino, então, dizendo algo que me parece importante: aquilo que, no meu entender, desprestigia esta Assembleia é os Deputados não honrarem a votação que neles foi feita pelos seus eleitores e não defenderem de forma escrupulosa aquilo que está a correr menos bem na actuação deste Governo, que é a defesa do interesse público nas decisões que são tomadas relativamente ao investimento.

Aplausos do PSD.

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