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4917 | I Série - Número 106 | 31 de Março de 2006

 

como o PS não é exemplo, Sr.ª Deputada? É que a paridade não se vê nas intenções. Como disse a Deputada Teresa Caeiro, e bem, pratica-se!
Veja, por exemplo, o número de mulheres que o Partido Socialista apresentou como cabeças de lista nas últimas eleições legislativas. Apenas uma, Sr.ª Deputada! Em Coimbra, foi cabeça de lista pelo PS a Deputada Matilde Sousa Franco. Ou seja, o PS teve uma mulher cabeça de lista, enquanto o CDS teve muitas mais. Não temos culpa nenhuma de que, infelizmente, em Portugal, não tenhamos tido votação equivalente à do Partido Socialista,…

O Sr. José Junqueiro (PS): - Têm culpa, têm!

O Orador: - … porque se verificaria, então, que esta bancada teria muito mais mulheres do que a do Partido Socialista.
E haveria outra diferença. É que, na nossa bancada, as mulheres não são um elemento decorativo. Estão cá por razão de mérito e, nesse caso, interviriam com toda a competência.

Protestos do PS.

Se me permitem, já explicarei porquê.
Infelizmente, até hoje, das muitas mulheres da bancada do Partido Socialista…

Protestos do PS.

Assim não é fácil, Sr. Presidente. Não me deixam terminar o raciocínio e têm com uma ideia pré-concebida do que eu disse! Cada Deputada que se senta na bancada do Partido Socialista, não tenho dúvida alguma, está aí com grande mérito e tem tremenda capacidade, questão prévia que quero que fique assente. Todavia, verdade seja dita que, decorrido mais de um ano nesta Legislatura, muito poucas ouvi intervir neste Plenário.

Protestos do PS.

Isso é que eu estranho!
Em compensação, a Dr.ª Teresa Caeiro é só uma, o povo quis que apenas ela fosse eleita, mas tem-nos brindado com extraordinárias intervenções e tem marcado esta bancada também pela excelência.
Queria, portanto, dizer que esta é a nossa grande diferença. Em primeiro lugar, o Partido Socialista não é exemplo, pois, em situação equivalente à do CDS teria menos mulheres sentadas nessa bancada do que hoje o CDS tem na sua. Em segundo lugar, o CDS deu o exemplo, nomeadamente quando teve funções governativas, indicando para lugares dirigentes de altíssima responsabilidade sem ser em função do género, ou seja, escolhendo tanto homens como mulheres. E demos o exemplo nas últimas eleições autárquicas, em que apresentámos como candidata à maior câmara do País, a de Lisboa, uma extraordinária mulher, Maria José Nogueira Pinto.
Lembrava-me há pouco o Deputado Hélder Amaral que nas últimas eleições autárquicas, em Viseu, o CDS apresentou uma lista composta exclusivamente por mulheres. Não vi qualquer homem em Viseu que o considerasse extravagante e que defendesse quotas a favor dos homens! Isto, connosco, acontece com tremenda naturalidade, com toda a naturalidade!
No CDS, nenhuma mulher está impedida de exercer, quer no plano interno, quer no externo, funções políticas. São bem-vindas, queremos é muitas mulheres e com muitas qualidades, como a Dr.ª Teresa Caeiro, a Dr.ª Maria José Nogueira Pinto, a Dr.ª Maria Celeste Cardona e todas as outras que temos a desempenhar funções políticas, mas por razão de mérito e não por arranjos administrativos, como a Sr.ª Deputada hoje aqui nos traz, num exemplo que, infelizmente, o PS não pratica.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria de Belém Roseira, para responder.

A Sr.ª Maria de Belém Roseira (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo, tenho de ser telegráfica porque já tenho pouco tempo. De qualquer maneira, Sr. Deputado Nuno Melo, não vou defender a honra da nossa bancada porque o gabarito e o mérito das nossas Deputadas fala por elas…

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Eu disse-o!

A Oradora: - … e, portanto, não foram ofendidas com a sua afirmação.

Aplausos do PS e do Deputado do CDS-PP Nuno Teixeira de Melo.

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