O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

4937 | I Série - Número 106 | 31 de Março de 2006

 

incluindo as da maioria.
A Assembleia da República não pode, não deve, ficar de braços cruzados. Trata-se de uma decisão unilateral, uma decisão inaceitável, uma decisão pouco e mal fundamentada. É um enorme erro face à violação de um princípio elementar, básico e que qualquer português compreende.
Mas não quero entrar na discussão técnica, pois esta é, repito, uma questão de princípio.
Solicitamos ao Governo que volte atrás nesta decisão, que tenha a humildade suficiente de reconhecer que foi uma decisão errada, injusta e precipitada. O Governo está a tempo de emendar a mão e a tempo de corrigir o erro. Não podemos empurrar os portugueses para nascerem em Espanha.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Exigimos que sejam criadas condições para assegurar a todos os cidadãos portugueses o direito de nascer ou de terem os seus filhos em território nacional.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Apelo a todas as forças políticas para que nos acompanhem neste voto de protesto. Os portugueses têm o direito de nascer no seu país!
Sr.as e Srs. Deputados, esta é uma questão de princípio.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Abílio Fernandes.

O Sr. Abílio Fernandes (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A importância da maternidade de Elvas não pode ser vista na óptica estatística dos 1500 partos por ano. E não pode, porque há que ter em conta as suas especificidades.
É uma maternidade criada por uma entidade privada, a Fundação Materno-Infantil Mariana Martins. Deve-se a esta Fundação a construção do novo hospital de Elvas, que disponibilizou os seus terrenos para tal efeito. É uma maternidade com mais de 40 anos de existência, com funcionamento regular, apenas interrompido para obras, por ocasião da construção do novo hospital. E foi reaberto exactamente pelo Sr. Eng. Guterres, quando era Primeiro-Ministro, quando não se faziam 1500 partos por ano.

Vozes do PCP: - É verdade!

O Orador: - É uma maternidade com bons indicadores de eficácia e de garantia, com um índice ínfimo de nados-mortos.
Sabendo, como todos sabemos, que muitas das parturientes chegam de mota, outras, por falta de acompanhamento, de ambulância, muitas delas têm a criança na própria ambulância, sendo, portanto, parturientes que têm a criança "em cima da hora" - aqui é que é mesmo "em cima da hora" -, nestas circunstâncias, não sendo Portalegre e Badajoz alternativas, como maternidades, e contando já com o protesto dos médicos espanhóis de Badajoz, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o critério economicista de concentração de maternidades que o Governo pretende adoptar não justifica o encerramento da maternidade de Elvas.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Almeida.

O Sr. Jorge Almeida (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Deputados do PSD, vamos ser claros e concisos: em 1991, não houve da vossa parte a mínima iniciativa, na comunicação social ou nesta Câmara, protestando contra o encerramento da sala de partos de Elvas.

Aplausos do PS.

Vozes do PSD: - Houve, houve!

O Orador: - Srs. Deputados, o que está em causa é o encerramento da sala de partos. Sabem porquê? Porque, segundo vários estudos, esta sala de partos não tem condições técnicas e há risco de se nascer em Elvas. Segundo os dados conhecidos pelas referências científicas nacionais em vários estudos, são feitos, nesta sala de partos, 0,7 partos por dia.

Páginas Relacionadas
Página 4940:
4940 | I Série - Número 106 | 31 de Março de 2006   Aplausos do CDS-PP.
Pág.Página 4940