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5242 | I Série - Número 114 | 21 de Abril de 2006

 

Esta é a crua realidade, tão diferente daquilo que a propaganda do Governo socialista nos procura "vender".

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Importa nunca esquecer que foi o actual Primeiro-Ministro, Eng.º José Sócrates, que, durante a campanha eleitoral, prometeu criar 150 000 novos postos de emprego e que, bem pelo contrário, só no primeiro ano deste Governo foram eliminados mais de 57 000 postos de trabalho.
Sei que já não é possível desdizer a propaganda irresponsável com que se ganharam as eleições, mas exige-se do Primeiro-Ministro a humildade de reconhecer a falência das suas propostas e a sensibilidade social necessária para tudo fazer para inverter a situação dramática que se vem avolumando.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O PSD não se resigna com esta política de "braços caídos" do Governo do Partido Socialista. E é exactamente por isto que colocamos como primeira prioridade política esta matéria do desemprego.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): - Agora!

O Orador: - Fazemo-lo com a responsabilidade de quem é o principal partido da oposição e porque queremos contribuir, de forma positiva e com propostas concretas, para ajudar o Governo numa competência que é sua, a de definir políticas pró-activas de emprego.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Neste sentido, ainda muito recentemente, apresentámos aqui duas iniciativas legislativas que visavam a integração de licenciados, inscritos nos centros de emprego, no meio escolar. As propostas de resolução que visavam criar os programas que designamos como "+Sucesso" e "+Integração" não foram aprovadas, porque o Grupo Parlamentar do Partido Socialista fez "orelhas moucas" a este sério e grave problema do desemprego de licenciados em Portugal.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Porém, nós não desistimos, nem desistiremos, enquanto o problema persistir.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Face à dimensão do mesmo, estamos aqui, de novo, a dar um novo contributo para ajudar a integrar no mercado de trabalho jovens licenciados, através da criação de mecanismos de incentivo que encorajem as empresas a empregar estes recursos humanos qualificados. E devo dizer à bancada socialista que aqui voltaremos, sempre, até exibirem uma outra sensibilidade social.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - O projecto de resolução, agora em discussão, é exactamente um novo contributo do PSD, no sentido de atacar de frente aquilo que é já hoje uma situação de alarme social, com a taxa de desemprego a atingir máximos históricos.
Por ser um problema sério, demasiado sério para ser ignorado, esperamos que, desta vez, o Partido Socialista não tenha uma atitude autista e olhe para a nossa proposta como um contributo que visa, sobretudo, a criação de um programa de incentivos ao emprego de jovens licenciados, dirigido fundamentalmente às pequenas e médias empresas. Aliás, esta nossa proposta, para além de permitir valorizar os jovens licenciados desempregados - mais de 42 000 -, tem ainda um outro mérito: permitirá que o Estado gaste menos dinheiros públicos, porque diminuirá o número de jovens licenciados a receberem subsídio de desemprego.
Este nosso programa, do nosso ponto de vista, deve desenvolver-se em duas medidas essenciais: um contrato de reconversão profissional de jovens com formação superior e a criação de oportunidades de emprego.
No que concerne aos contratos de reconversão profissional de jovens com formação superior, o programa visa facilitar a contratação por empresas de diplomados com cursos superior em áreas de humanidades e em áreas não tecnológicas, para as quais é escassa a oferta de emprego, e que queiram encetar uma carreira profissional diferente daquela em que obtiveram os seus diplomas.