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6148 | I Série - Número 134 | 12 de Junho de 2006

 

Hoje, sob a alçada da Federação Lusa de Yoga, por exemplo, já muitos praticantes comemoram o seu dia principal de dedicação num outro dia em conjunto também com outros países.
Cabe, em primeira e última instância, aos praticantes e suas estruturas, associações e federações, entre si e no respeito entre as diferenças e diversas vontades de cada um, estabelecer os seus calendários de prática, os seus dias comemorativos e os seus planos de actividades.
Ao Estado caberá planificar que tipo de apoios poderá atribuir a estas práticas milenares de desenvolvimento e aprendizagem, garantindo que os seus critérios são claros e que não favorecem nenhuma das organizações ou escolas em detrimento de outras.
Neste caso particular, é óbvia a diferença que ainda existe entre escolas, entre as que comemoram este dia e as que comemoram outro, entre as que consideram que deve existir um dia nacional desta prática e as que não consideram.
Devemos ter também em conta que existem comemorações do dia do yoga noutra data que não o 18 de Fevereiro, já referido, e em mais países que não Portugal. Não seria adequado nem ajustado a Assembleia da República decidir do dia nacional desta ou daquela prática, neste caso específico, nem justo seria perante as diversas opiniões, escolas e tendências que existem na prática de yoga.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Deu entrada no Parlamento, a 19 de Maio de 2004, uma petição subscrita por 5057 cidadãos que solicitam a instituição do dia 18 de Fevereiro como dia nacional do yoga.
Alegam os peticionantes que a consagração do um dia nacional do yoga servirá para dar a conhecer cada vez mais à sociedade portuguesa esta prática milenar, bem como para consagrar o trabalho feito pelos profissionais desta área, nomeadamente os instrutores de yoga no nosso país.
O yoga é, de facto, um método de desenvolvimento humano que alia ao exercício físico o fortalecimento psíquico dos seus praticantes, educando os seus praticantes para estilos de vida saudáveis, em que, trabalhando o aspecto corporal, se procura atingir o estado de concentração e iluminação, mais conhecido por Samàdhi ou iluminação.
O yoga trabalha no ser humano todas as suas facetas positivas, através do exercício físico, através da concentração e controlo da mente, através da autodisciplina e através da meditação.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Como método de desenvolvimento que, acima de tudo, promove a educação dos cidadãos para estilos de vida saudáveis e para a procura da felicidade e realização individual, a prática do yoga deve ser defendida e apoiado por todos. Neste particular apoiamos a pretensão dos peticionantes de aumentar a exposição e reconhecimento públicos da prática do yoga.
Temos dúvidas que a consagração de um dia mundial seja a única ou a melhor forma de o fazer, mas entendemos que acções públicas de esclarecimento e publicitação desta prática serão sempre positivas.
Não entendemos, contudo, a consagração do dia específico indicado pelos peticionantes. Não nos parece que a consagração do dia 18 de Fevereiro como dia nacional do yoga tenha uma sustentação técnica cabalmente apurada.
Assim, não nos parece que o facto de ser este o dia do yoga em alguns Estados da Republica Federativa do Brasil - e nem sequer na totalidade deste Estado-irmão - colha como grande argumento de sustentação, pelo que o estudo aturado desta questão nos parece pertinente.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Madeira Lopes.

O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A presente petição, explicitando a instituição de um dia nacional do ioga ou do yoga, como preferem os peticionantes dizer, tem o mérito de, trazendo a este Parlamento esta matéria, permitir falar de uma actividade que tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos por todo o mundo e também em Portugal.
Se pedíssemos, porventura, a um mestre de yoga que definisse o yoga, possivelmente receberíamos como resposta um sorriso ou o silêncio, acompanhado de uma postura ou de uma saudação ao sol. Contudo, com o nosso humilde conhecimento, mais não nos resta do que reconhecer o yoga como uma prática milenar, com origem nos confins dos tempos, na Índia, que procura trabalhar para o mais completo bem-estar físico, mental e espiritual, em perfeita harmonia com a natureza, através de um melhor conhecimento de si próprio e da sua inserção na natureza.
Aliás, a palavra yoga, do sâncrito, uma língua indo-europeia, tal como nossa, tem a mesma origem de yus, que, em português, veio dar origem a palavras como jurídico, que tem, no fim de contas, toda uma

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