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6146 | I Série - Número 134 | 12 de Junho de 2006

 

perdem o seu sentido. O texto, sobretudo o literário, só faz sentido quando colocado na sua contextualização espaço-temporal.
O que seria estudar Os Lusíadas, de Camões, sem conhecer a história portuguesa, ou O Sermão de Santo António aos Peixes, de Padre António Vieira, sem o contextualizar no século XVII?
Os programas da disciplina de Língua Portuguesa são, de entre todos os programas do ensino secundário, os que mais sofrem com as constantes reformas do ensino. As mudanças no ensino do Português têm de ser realizadas tendo em conta a importância dos chamados clássicos em toda a estruturação da nossa língua.
Para o CDS-PP, a escola tem de estar aberta à comunidade e à sua envolvente cultural, não pode nunca é ser depósito de todo o tipo de discurso, demasiada aberta à mediocridade. O ensino tem por missão formar os futuros cidadãos, munindo-os de informação técnica e científica adequada.
A literatura, a cultura, a filosofia podem e devem ser analisadas sob uma perspectiva crítica, não podem nem devem ser ensinadas de forma deturpada nem adulterada.
Pelo que fica dito, não temos qualquer dificuldade em subscrever o conteúdo da petição, bem como muito do que foi referido pela primeira peticionante em sede de Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.
É nesse sentido que apelamos ao Governo, entidade competente para definir e aprovar os programas do secundário, para que não deixe de contextualizar os programas e manuais escolares, de forma a não induzir em mal-entendidos os alunos sobre os nossos autores e a época em que escreveram.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Srs. Deputados, como sabem, a entrada no Plenário obedece a certas regras e, por isso, é um pouco demorada.
Ora, dado o significado desta sessão, em que se discutem diversas petições, e encontrando-se fora do Parlamento vários peticionários à espera de entrar, com o consenso dos grupos parlamentares, iremos interromper os nossos trabalhos por um período de 15 minutos, para permitir que as pessoas possam assistir ao debate das petições que apresentaram.
Srs. Deputados, está interrompida a sessão.

Eram 10 horas e 25 euros.

Srs. Deputados, vamos reiniciar a sessão.

Eram 10 horas e 40 minutos.

Srs. Deputados, já foram tomadas providências para que, pelo menos, os primeiros peticionários possam assistir ao debate.
Srs. Deputados, vamos agora passar à apreciação da petição n.º 86/IX (2.ª) - Apresentada por Renata Maria Sena Jerónimo e outros, solicitando à Assembleia da República a instituição do dia 18 de Fevereiro como dia nacional do yoga.
Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Odete João.

A Sr.ª Odete João (PS): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A vida moderna decorre a uma velocidade alucinante e os hábitos dos cidadãos são cada vez mais ditados pela imposição de exigências profissionais do seu dia-a-dia do que pelo ritmo de vida individual.
A qualidade de vida está em causa. As rotinas instaladas contrariam, quase sempre, estilos de vida saudáveis e potenciam inúmeros problemas de ordem física, mental e psíquica.
A construção de uma vida saudável implica a adopção de certos hábitos como uma actividade física regular, uma alimentação saudável e também relações afectivas estáveis, em suma, assumir o bem-estar.
As sociedades contemporâneas procuram compensar os caminhos já trilhados e vão em busca de práticas que privilegiam a harmonia entre o corpo e a mente.
O yoga é uma filosofia milenar com origem na Índia e que se expandiu pelo Ocidente, sobretudo nas últimas décadas, como fonte de equilíbrio. É, na voz dos seus especialistas, para além de uma filosofia prática, uma forma de estar e de interiorizar o mundo e de proporcionar aos praticantes uma série de competências, que lhes permitem enfrentar o dia-a-dia de forma mais harmoniosa, saudável e feliz.
O número de praticantes de yoga tem vindo a aumentar progressivamente, em particular nas camadas mais jovens. A disseminação do yoga pelo mundo e a sua adequação às várias civilizações conduziu a metodologias que, em alguns casos, eventualmente, se afastam dos fundamentos desde prática milenar de desenvolvimento humano ou privilegiam apenas algumas das suas técnicas.
Surgiram, portanto, formas diferenciadas de práticas e de interpretações.
A petição apresentada à Assembleia da República pretende a institucionalização do dia 18 de Fevereiro como dia nacional do yoga. No entanto, coincidindo com o solstício de Verão, existem já em Portugal, desde

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