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6193 | I Série - Número 135 | 16 de Junho de 2006

 

que nada sei, a não ser de questões políticas, de que procuro inteirar-me.

Protestos do Deputado do PSD Luís Carloto Marques.

Mas, já agora, deixe-me acabar.
Relativamente à questão que suscitou, quanto aos CIRVER, o PS, no Governo, não os suspendeu, o que significa que são complementares à co-incineração. E algum cientista, que não eu, lhe poderá explicar a razão disso.
Sr. Deputado Fernando Antunes, fico pasmado com o seguinte: os senhores, agora, estão muito preocupados com a questão dos resíduos industriais perigosos, sobretudo com o distrito de Setúbal, tanto que falaram dois Deputados de Setúbal. E, já agora, agradeço-lhe a publicidade que fez quanto ao facto de eu ser presidente da Federação. É verdade, as pessoas de lá sabem-no, mas, mais uma vez, aproveito para lhe agradecer, porque, como disse o Sr. Deputado Luís Carloto Marques, estava a falar para a câmara.
A questão que lhe coloco é a seguinte: onde é que os senhores estavam antes de a co-incineração ser suscitada, quando o distrito de Setúbal é aquele onde existem mais de 60% dos resíduos industriais perigosos?!

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): - Estávamos a fazer os CIRVER!

O Orador: - O que é que defenderam?

O Sr. Mota Andrade (PS): - Colocavam-se nos quintais!

Protestos do PSD.

O Orador: - Defenderam que os resíduos fossem colocados nos quintais e que os óleos solventes fossem queimados nas padarias?! É isto que querem?! A resposta é só uma, Sr. Deputado, e não posso dar-lhe outra.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Vítor Ramalho, deixe-me dizer-lhe que o CDS teve, efectivamente, um Ministro chamado Luís Nobre Guedes como Ministro do Ambiente e foi, seguramente, um grande Ministro.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Sr. Mota Andrade (PS): - O povo é um ingrato...!

O Orador: - Pena é que tenha estado no Ministério apenas meia dúzia de meses. Seguramente, teria feito um excelente trabalho como Ministro do Ambiente se tivesse tido oportunidade de continuar.
Sr. Deputado Vítor Ramalho, diz V. Ex.ª "vamos falar verdade". Então, vamos falar verdade, Sr. Deputado! Vamos falar verdade porque ninguém, aqui, do Bloco de Esquerda ao CDS, defendeu a suspensão do tratamento dos resíduos industriais perigosos. Ninguém defendeu isso! Defendemos apenas, e todos, com excepção do Partido Socialista e do Governo, cuja bancada, curiosamente, está totalmente vazia - já agora, o Sr. Ministro e o Sr. Secretário de Estado, que se dizem sempre disponíveis para vir a esta Câmara discutir todos os assuntos, neste assunto tão importante de interesse nacional o que se nota é apenas a sua ausência, quiçá não estarão, talvez, a "reciclar" numa praia qualquer deste País, em vez de estarem aqui, nesta Câmara, a discutir connosco...

Protestos do PS.

De qualquer forma, Sr. Deputado, dir-lhe-ei que, da nossa parte, também não embarcamos no populismo que V. Ex.ª tanto defende, de que o sufrágio universal é aquele que tudo legitima. Não legitima tudo e o que estamos agora, aqui, a ver já não é o sufrágio, é um autoritarismo e uma total inabilidade para discutir, porque impõem pela maioria aquilo que não são capazes de impor pelo argumento.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Mas, porque já não disponho de tempo, pergunto-lhe apenas o seguinte: para quando a

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