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6335 | I Série - Número 139 | 24 de Junho de 2006

 

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - E, já agora, qual vai ser o passo seguinte, Srs. Deputados do Partido Socialista? É porque, se quiserem ser coerentes com esta visão assim restrita do laicismo, não vão poder ficar por aqui.
Terão de acabar, já de seguida, com a figura do Vigário Castrense, Bispo das Forças Armadas e de Segurança, que até é equiparado a general de 2 estrelas.

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): - Muito bem!

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Muito bem!

O Orador: - E não têm qualquer outra alternativa - com o aplauso do Dr. Francisco Louçã, como se nota.
Para não falar dos feriados religiosos - todos eles, por acaso, em Portugal, relativos apenas ao Cristianismo - que o Estado, precisamente o Estado supostamente laico, paradoxalmente manda respeitar e cumprir, como o Dr. Alberto Martins bem sabe, mas aqui não lembrou.
Porque um Estado assim laico não pode determinar respeito público e até dispor sobre sanções, com implicações sociais, laborais e remuneratórias (pergunte isso a tanta empresa portuguesa), sem violar essa ideia de laicismo. E menos o pode fazer quando considera até uma única religião, esquecendo, nesses feriados religiosos, todas as demais.
Vão por isso também, com o respeito por esse rigor laicista, acabar obviamente com os feriados religiosos? Não terão qualquer outra alternativa.
É preciso lembrar todos os autarcas e tantos dirigentes socialistas que todos os dias convidam representantes da Igreja para as mais diversas cerimónias, desde as bênçãos às inaugurações - e já assisti a tantas -, quase sempre, é bem certo, em tempos de proximidade eleitoral.
Vai certamente a direcção socialista (e hoje estão aqui sentados tantos dirigentes que dela fazem parte) assumir, desde já, aqui, hoje, que vão tratar de que isso nunca mais suceda? Dizer a esses dirigentes e autarcas socialistas que não mais o poderão fazer? Que não lhes parece bem e que, enquanto dirigentes socialistas, não o tolerarão?
Isto para não falar de todas as cerimónias religiosas para que são convidados e nas quais participam sempre, invariavelmente no lugar protocolarmente destinado pela Igreja Católica, e tanto mais facilmente quanto mais visíveis aos olhos de quem assiste.
Seria bom saber quantos Deputados desta esquerda tão purista no seu laicismo não sabem exactamente do que falo, na experiência própria e vivida. Porque apostaria aqui - e acho, até, que ganhava - que seriam a maioria ou, seguramente, muitos.
E que dizer, por exemplo, a outro nível, da notícia bem recente que nos dá conta das diligências para a trasladação dos restos mortais da Rainha D.ª Maria Pia, de Itália para Portugal, que serão depositados num panteão, na Igreja de S. Vicente de Fora?
Faz sentido o Estado querer ser parte da iniciativa? Ou, sendo-o, porventura não convidar os representantes da antiga família real portuguesa?
A menos que, coerentes também neste caso concreto com tão restrita visão republicana e com tão particular ética republicana, se queiram ver igualmente impedidos de persistir no propósito da trasladação ou, até, de participarem nela. Porque, como é óbvio, parece-nos que deferência mais evidente com significado monárquico seria difícil de conceber no Portugal republicano.
E já agora, Dr. Alberto Martins, se quiser falar aqui de foros de nobreza, seja também coerente com as condecorações que esta República atribui, porque esta República distingue personalidades com a Ordem Militar de Cristo (suponho que sabem quem foi e o que significa), ou a Ordem Militar de Avis (suponho que sabem também o seu significado para a nossa História…), ou a Ordem Militar de Santiago ou a Ordem do Infante D. Henrique. Valha-nos Deus!!... Então, consagrem outras ordens, como a ordem do 5 de Outubro, a ordem militar do Buiça, ou a ordem do Dr. Bernardino Machado!...

Aplausos do CDS-PP.

Há tanta simbologia republicana a aproveitar para este efeito! Mas sejam coerentes com esta pureza republicana.

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