O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0020 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006

 

O Sr. Ministro de Estado e da Administração Interna (António Costa): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: É com sentido de cumprimento do dever que o Governo hoje aqui apresenta três propostas de lei de reforma do regime de financiamento das autarquias locais. Esta reforma concretiza mais um objectivo fixado no Programa do Governo e assenta em três pilares fundamentais: primeiro, reforço da autonomia local, alargando os poderes próprios dos municípios e das freguesias e criando as condições para a execução de um programa de descentralização de competências;…

O Sr. Mota Andrade (PS): - Muito bem!

O Sr. José Manuel Ribeiro (PSD): - Não é verdade!

O Orador: - … segundo, garantia de uma maior coesão territorial e solidariedade entre o Estado e as autarquias, entre os próprios municípios e entre estes e as freguesias;…

O Sr. Mota Andrade (PS): - Muito bem!

O Orador: - … terceiro, credibilização do poder local, elevando os padrões de rigor e transparência exigidos na gestão autárquica.

Aplausos do PS.

Vejamos separadamente cada um destes pontos.
Em primeiro lugar, o reforço da autonomia local resulta, desde logo, do reforço dos poderes tributários dos municípios.
A maior novidade é a participação directa dos municípios em 5% do IRS gerado no concelho: 2% correspondentes a uma parcela fixa, mais 3% correspondentes a uma parcela variável, definida pelos próprios municípios, que podem decidir quanto pretendem cobrar aos seus munícipes.
Maior autonomia dos municípios ainda na concessão de isenções fiscais relativamente aos impostos municipais (IMI, IMT e imposto municipal sobre veículos). Pela primeira vez, as assembleias municipais, por proposta das câmaras, podem conceder isenções totais ou parciais relativamente aos seus próprios impostos municipais. Além disso, quando o Estado pretender conceder qualquer isenção fiscal relativa àqueles impostos tem obrigatoriamente de ouvir o município e, caso este se oponha à concessão da isenção, fica obrigado a compensá-lo.
Também pela primeira vez é satisfeita uma velha ambição do poder local, atribuindo-se às áreas metropolitanas e às associações de municípios o poder de cobrar os seus próprios impostos locais, libertando-se da dependência da administração fiscal.

A Sr.ª Manuela Melo (PS): - Muito bem!

O Orador: - Por fim, há ainda um reforço significativo da autonomia dos municípios na criação de taxas: os municípios podem criar taxas pelas utilidades prestadas aos particulares, pelas suas actividades ou resultantes de investimentos municipais, no respeito, obviamente, dos princípios da equivalência, da justa repartição de recursos e da publicidade.
Ora, é a atribuição ou o reforço destes poderes próprios que aumenta a autonomia do poder local. A autonomia não resulta de uma maior dependência do financiamento do Estado, pelo contrário. Mais autonomia significa mais poderes para gerir a receita, mas também mais poderes para a cobrar. É um princípio fundamental de maior responsabilidade: quem gasta, cobra, ou seja, maior autonomia com maior responsabilidade.

Aplausos do PS.

Por outro lado, é criado o Fundo Social Municipal, um novo fundo destinado exclusivamente a financiar o reforço das competências a transferir para os municípios nas áreas da educação, da saúde e da acção social.
Após décadas de infra-estruturação, durante as quais foi pedido aos municípios que concentrassem os seus recursos no território e na criação de redes básicas, é tempo de concentrar esforços nas pessoas, nas áreas sociais, domínios em que a proximidade é geradora de eficiência e de qualidade.

Aplausos do PS.

É para o financiamento desta segunda geração de políticas municipais que o Fundo Social Municipal se destina, criando já o quadro para essa nova e decisiva etapa do processo de descentralização.
Em segundo lugar, o reforço da coesão e da solidariedade entre o Estado e as autarquias e destas entre si.

Páginas Relacionadas
Página 0019:
0019 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   um exemplo da sua perso
Pág.Página 19
Página 0021:
0021 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Quanto à relação do Est
Pág.Página 21
Página 0022:
0022 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Contudo - é
Pág.Página 22
Página 0023:
0023 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   pode variar até 5% para
Pág.Página 23
Página 0024:
0024 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Afirma que
Pág.Página 24
Página 0025:
0025 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Luís Marques Gued
Pág.Página 25
Página 0026:
0026 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tem
Pág.Página 26
Página 0027:
0027 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Como disse, quero tranq
Pág.Página 27
Página 0028:
0028 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Mas digo-lhe o que nós
Pág.Página 28
Página 0029:
0029 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 29
Página 0030:
0030 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tem
Pág.Página 30
Página 0031:
0031 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tem
Pág.Página 31
Página 0032:
0032 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Jerónimo de Sousa
Pág.Página 32
Página 0033:
0033 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   A segunda pergunta, Sr.
Pág.Página 33
Página 0034:
0034 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … aquilo qu
Pág.Página 34
Página 0035:
0035 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Pensará o mesmo que pen
Pág.Página 35
Página 0036:
0036 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Português toma a presen
Pág.Página 36
Página 0037:
0037 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   assegurar um limite mín
Pág.Página 37
Página 0038:
0038 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Português traz aqui uma
Pág.Página 38
Página 0039:
0039 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   procura enganar, dizend
Pág.Página 39
Página 0040:
0040 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Miguel Miranda Re
Pág.Página 40
Página 0041:
0041 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   reconheceu que o trabal
Pág.Página 41
Página 0042:
0042 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Emídio Guerreiro
Pág.Página 42
Página 0043:
0043 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Sexto e último exemplo:
Pág.Página 43
Página 0044:
0044 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Renato Sampaio (P
Pág.Página 44
Página 0045:
0045 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Risos do PSD. Na
Pág.Página 45
Página 0046:
0046 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   ameaçadora dos oradores
Pág.Página 46
Página 0047:
0047 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Helder Amaral (CD
Pág.Página 47
Página 0048:
0048 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Sr. Deputado Pita Ameix
Pág.Página 48
Página 0049:
0049 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 49
Página 0050:
0050 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 50
Página 0051:
0051 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   A Sr.ª Heloísa Apolónia
Pág.Página 51
Página 0052:
0052 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   municipais. E isto é pr
Pág.Página 52
Página 0053:
0053 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   da actividade autárquic
Pág.Página 53
Página 0054:
0054 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Aplausos do PCP.
Pág.Página 54
Página 0055:
0055 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Aplausos do PCP e de Os
Pág.Página 55
Página 0056:
0056 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Foi assim na segurança
Pág.Página 56
Página 0057:
0057 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Par
Pág.Página 57
Página 0058:
0058 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - A nossa cul
Pág.Página 58
Página 0059:
0059 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Mas, Sr. Deputado, não
Pág.Página 59
Página 0060:
0060 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … segundo,
Pág.Página 60
Página 0061:
0061 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Ministro de Estad
Pág.Página 61
Página 0062:
0062 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Dirá: "Mas esses municí
Pág.Página 62
Página 0063:
0063 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   diferente daquela que é
Pág.Página 63
Página 0064:
0064 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Como é poss
Pág.Página 64
Página 0065:
0065 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … para que,
Pág.Página 65
Página 0066:
0066 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tam
Pág.Página 66