O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0032 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006

 

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): - E aquelas centenas de autarcas socialistas que votaram contra também têm "cassete"?!

O Orador: - E a verdade que tem a ouvir da nossa parte é que não é só até 2009 que há normas de transição. Se o Sr. Deputado reler - e já não digo a lei - o que acabei de ler na tribuna, verificará que há normas cautelares permanentes que asseguram que todos os municípios que têm até 0,75 da capitação média nacional - e são quase 70% dos municípios que estão nessas condições - nunca poderão ter uma diminuição da receita superior a 2,5%…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Por ano!

O Orador: - … por ano, nunca poderão ter, em nenhum ano, uma redução superior a 2,5%. Isto significa que jamais algum município será colocado numa situação de ruptura.
Mas isto era contar exclusivamente com as receitas do Orçamento do Estado como receitas dos municípios. Ora, os municípios não têm só essas receitas, têm outras. E não são as receitas que resultam da especulação imobiliária, porque o imposto local que está a subir não é o imposto municipal sobre transacções, é o IMI, é relativamente ao já construído, Sr.ª Deputada. Então, quer que os municípios vão destruir o que já está construído para combater a especulação imobiliária das décadas de 60 e 70?! Haja limites para a demagogia!
Portanto, a receita que está a subir é esta - só este ano, subiu 15% e, para o ano, prevê-se que suba 14%. Isto significa que a receita fiscal própria dos municípios vai continuar a subir acima da inflação, acima da receita fiscal do Estado.
Por isso, entendemos que os recursos do Estado têm de ser crescentemente alocados aos municípios que têm menos receita própria, porque aqueles que têm mais receita própria são os que menos necessitam do apoio do Estado. Esta é uma função de subsidiariedade que as transferências do Orçamento do Estado devem ter e que se traduz em não continuar a transferir igualmente para quem precisa e para quem não precisa. Isso é que é justiça e por isso esta é uma reforma essencial.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Eduardo Martins.

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Ministro de Estado e da Administração Interna, registámos com curiosidade a ansiedade com que procura conhecer o pensamento do Deputado Miguel Relvas, mas é só uma questão de tempo, falta pouco, já vai ficar a conhecer as propostas do PSD.

Vozes do PS: - Ah!

O Orador: - Mas deixe-me dizer-lhe, a propósito da tonitroância queirosiana que decidiu usar, que nós, deste lado, o único personagem do universo queirosiano com que o identificamos é mesmo o Conde de Abranhos: na oposição, é tudo descentralização e poder àqueles que o povo elege, quando chega ao poder, é ver o mundo com os olhos do Terreiro do Paço, e isso o Sr. Ministro tem praticado melhor do que ninguém.

Aplausos do PSD.

Mas é mesmo por essa visão do mundo pelos olhos do Terreiro do Paço que se impõe fazer-lhe duas perguntas, a propósito do conjunto vasto de machadadas que o senhor dá na autonomia do poder local…

O Sr. Ministro de Estado e da Administração Interna: - Diga uma! Diga uma!

O Orador: - … com esta proposta de lei que aqui traz.
A primeira tem a ver com esta participação variável, por deliberação municipal, nos 3% do IRS. Não vou repetir o que o Deputado Honório Novo disse com muita propriedade acerca da inconstitucionalidade, que o senhor, sendo jurista da mesma Casa que eu, devia bem conhecer, sobre a natureza do IRS, que não é um imposto municipal, mas um imposto nacional. Mas o que devo presumir é que esta proposta não é só "para inglês ver", não é "para atirar areia para os olhos das pessoas", não é só para colocar sobre as autarquias o odioso de decidirem cobrar ou não 3% do IRS, é efectivamente para fazer algum bem ao País e para trazer alguma discriminação, fixar populações, o que quer que seja.
Pergunto: em que estudos é que os senhores estribaram esta proposta? O Sr. Ministro é capaz de nos dar dois ou três exemplos de alguma coisa que mude, e para melhor, se esta inconstitucionalidade alguma vez vingasse?

Páginas Relacionadas
Página 0019:
0019 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   um exemplo da sua perso
Pág.Página 19
Página 0020:
0020 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Ministro de Estad
Pág.Página 20
Página 0021:
0021 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Quanto à relação do Est
Pág.Página 21
Página 0022:
0022 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Contudo - é
Pág.Página 22
Página 0023:
0023 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   pode variar até 5% para
Pág.Página 23
Página 0024:
0024 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Afirma que
Pág.Página 24
Página 0025:
0025 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Luís Marques Gued
Pág.Página 25
Página 0026:
0026 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tem
Pág.Página 26
Página 0027:
0027 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Como disse, quero tranq
Pág.Página 27
Página 0028:
0028 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Mas digo-lhe o que nós
Pág.Página 28
Página 0029:
0029 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 29
Página 0030:
0030 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tem
Pág.Página 30
Página 0031:
0031 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tem
Pág.Página 31
Página 0033:
0033 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   A segunda pergunta, Sr.
Pág.Página 33
Página 0034:
0034 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … aquilo qu
Pág.Página 34
Página 0035:
0035 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Pensará o mesmo que pen
Pág.Página 35
Página 0036:
0036 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Português toma a presen
Pág.Página 36
Página 0037:
0037 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   assegurar um limite mín
Pág.Página 37
Página 0038:
0038 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Português traz aqui uma
Pág.Página 38
Página 0039:
0039 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   procura enganar, dizend
Pág.Página 39
Página 0040:
0040 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Miguel Miranda Re
Pág.Página 40
Página 0041:
0041 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   reconheceu que o trabal
Pág.Página 41
Página 0042:
0042 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Emídio Guerreiro
Pág.Página 42
Página 0043:
0043 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Sexto e último exemplo:
Pág.Página 43
Página 0044:
0044 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Renato Sampaio (P
Pág.Página 44
Página 0045:
0045 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Risos do PSD. Na
Pág.Página 45
Página 0046:
0046 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   ameaçadora dos oradores
Pág.Página 46
Página 0047:
0047 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Helder Amaral (CD
Pág.Página 47
Página 0048:
0048 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Sr. Deputado Pita Ameix
Pág.Página 48
Página 0049:
0049 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 49
Página 0050:
0050 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 50
Página 0051:
0051 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   A Sr.ª Heloísa Apolónia
Pág.Página 51
Página 0052:
0052 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   municipais. E isto é pr
Pág.Página 52
Página 0053:
0053 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   da actividade autárquic
Pág.Página 53
Página 0054:
0054 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Aplausos do PCP.
Pág.Página 54
Página 0055:
0055 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Aplausos do PCP e de Os
Pág.Página 55
Página 0056:
0056 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Foi assim na segurança
Pág.Página 56
Página 0057:
0057 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Par
Pág.Página 57
Página 0058:
0058 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - A nossa cul
Pág.Página 58
Página 0059:
0059 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Mas, Sr. Deputado, não
Pág.Página 59
Página 0060:
0060 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … segundo,
Pág.Página 60
Página 0061:
0061 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Ministro de Estad
Pág.Página 61
Página 0062:
0062 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Dirá: "Mas esses municí
Pág.Página 62
Página 0063:
0063 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   diferente daquela que é
Pág.Página 63
Página 0064:
0064 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Como é poss
Pág.Página 64
Página 0065:
0065 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … para que,
Pág.Página 65
Página 0066:
0066 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tam
Pág.Página 66