O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0044 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006

 

O Sr. Renato Sampaio (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Relvas, V. Ex.ª começou por dizer do alto da tribuna que esta proposta, de financiamento das autarquias locais, é estruturante. Contudo, a propósito de uma proposta estruturante, o Sr. Deputado não propôs nada! Ora, dado o peso que V. Ex.ª tem no PSD, que, estou certo, é muito grande,…

O Sr. Miguel Miranda Relvas (PSD): - É maior desde que deixei de fumar!

O Orador: - … a bancada do PS esperava muito mais.
Contudo, no final, ouvindo atentamente o seu discurso, percebi por que é que o Sr. Deputado não podia dizer mais. É que, de facto, a única coisa que podia ter dito era que a proposta do PSD consistia na criação de um novo imposto, lançando derramas sobre o IRS e o IRC. E isso o PSD não pode dizer, pelo que não apresenta projecto algum, antes se esconde atrás das cartas que escreve e das intervenções que vai fazendo.
Sr. Deputado, a proposta de lei que o Governo hoje apresenta é, como disse, e bem, uma verdadeira reforma do paradigma das finanças locais. É uma reforma que rompe com o velho e ultrapassado modelo das finanças locais e que abre um novo ciclo de políticas de financiamento local, com mais rigor, mais eficiência e mais transparência na gestão municipal. Ao contrário do que o Sr. Deputado disse, esta é uma reforma que vai no sentido da modernidade e da descentralização, que responsabiliza mesmo os autarcas e reforça as autarquias em políticas sociais.

O Sr. Ricardo Martins (PSD): - Como?! Sem dinheiro?!

O Orador: - Ou seja, reforça o poder das autarquias em benefício das pessoas e não das infra-estruturas.
Mas, Sr. Deputado, fundamentalmente, a nossa grande divergência reside no facto de esta ser uma proposta que, tendencialmente, clarifica a origem e o destino dos impostos de cada um de nós. Queremos saber a quem pagamos e para que pagamos!

O Sr. Mota Andrade (PS): - Muito bem!

O Orador: - Por outro lado, deixe-me dizer-lhe que não temos qualquer problema em relação aos autarcas. Mas a verdade é que não caímos nas ilusões das máquinas de desinformação e de propaganda de forte pendor corporativo nem cavalgamos demagogicamente contestações que apenas descredibilizam o poder local.
O que gostaríamos de saber, Sr. Deputado, era se os partidos da oposição, nomeadamente o PSD, concordam ou não com o esforço de consolidação das finanças públicas que o Governo está a fazer. Pensa o PSD que este esforço deve ser partilhado pelas autarquias ou não? É que estas também fazem parte do Estado e o esforço tem de ser partilhado por todos. Era isto que queria que o PSD esclarecesse.
O PSD diz ser a favor do rigor, mas sobre o problema da política de endividamento disse "zero". Gostaríamos, pois, de saber se partilham a posição do Dr. Luís Filipe Menezes ou a posição do Dr. Rui Rio.

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): - E não fala da posição do Dr. Mesquita Machado?

O Orador: - Gostaríamos também de saber se o Sr. Deputado e o PSD concordam com operações de engenharia financeira, como a da venda de créditos futuros, que hipotecam as futuras gerações.
Em relação à questão da desertificação do Porto, devo dizer que foi exactamente a paralisia da Câmara Municipal do Porto quanto à requalificação urbana e ao edificado que a ela conduziu. Ora, esta proposta vai precisamente no sentido de evitar essa desertificação, pois, não contando o endividamento destinado à requalificação urbana para o endividamento geral, permitir-se-á que os casais jovens não saiam do Porto.

O Sr. Luís Fazenda (BE): - Eu não posso estar a ouvir isto!

O Orador: - Ou seja, desta forma, acontece exactamente o contrário do que disse a Sr.ª Deputada Alda Macedo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Miranda Relvas.

O Sr. Miguel Miranda Relvas (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Abel Baptista, V. Ex.ª vai-me desculpar, mas começo por responder ao Sr. Deputado Renato Sampaio, pessoa encantadora que, ao longo dos anos, aprendi a estimar.
Sr. Deputado, há dias, li um artigo de jornal que dizia que V. Ex.ª é importante no Porto porque tem a fama de ter muitos amigos em Lisboa e que é importante em Lisboa porque dizem que é importante no Porto.

Páginas Relacionadas
Página 0019:
0019 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   um exemplo da sua perso
Pág.Página 19
Página 0020:
0020 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Ministro de Estad
Pág.Página 20
Página 0021:
0021 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Quanto à relação do Est
Pág.Página 21
Página 0022:
0022 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Contudo - é
Pág.Página 22
Página 0023:
0023 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   pode variar até 5% para
Pág.Página 23
Página 0024:
0024 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Afirma que
Pág.Página 24
Página 0025:
0025 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Luís Marques Gued
Pág.Página 25
Página 0026:
0026 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tem
Pág.Página 26
Página 0027:
0027 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Como disse, quero tranq
Pág.Página 27
Página 0028:
0028 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Mas digo-lhe o que nós
Pág.Página 28
Página 0029:
0029 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 29
Página 0030:
0030 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tem
Pág.Página 30
Página 0031:
0031 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tem
Pág.Página 31
Página 0032:
0032 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Jerónimo de Sousa
Pág.Página 32
Página 0033:
0033 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   A segunda pergunta, Sr.
Pág.Página 33
Página 0034:
0034 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … aquilo qu
Pág.Página 34
Página 0035:
0035 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Pensará o mesmo que pen
Pág.Página 35
Página 0036:
0036 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Português toma a presen
Pág.Página 36
Página 0037:
0037 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   assegurar um limite mín
Pág.Página 37
Página 0038:
0038 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Português traz aqui uma
Pág.Página 38
Página 0039:
0039 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   procura enganar, dizend
Pág.Página 39
Página 0040:
0040 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Miguel Miranda Re
Pág.Página 40
Página 0041:
0041 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   reconheceu que o trabal
Pág.Página 41
Página 0042:
0042 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Emídio Guerreiro
Pág.Página 42
Página 0043:
0043 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Sexto e último exemplo:
Pág.Página 43
Página 0045:
0045 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Risos do PSD. Na
Pág.Página 45
Página 0046:
0046 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   ameaçadora dos oradores
Pág.Página 46
Página 0047:
0047 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Helder Amaral (CD
Pág.Página 47
Página 0048:
0048 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Sr. Deputado Pita Ameix
Pág.Página 48
Página 0049:
0049 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 49
Página 0050:
0050 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 50
Página 0051:
0051 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   A Sr.ª Heloísa Apolónia
Pág.Página 51
Página 0052:
0052 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   municipais. E isto é pr
Pág.Página 52
Página 0053:
0053 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   da actividade autárquic
Pág.Página 53
Página 0054:
0054 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Aplausos do PCP.
Pág.Página 54
Página 0055:
0055 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Aplausos do PCP e de Os
Pág.Página 55
Página 0056:
0056 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Foi assim na segurança
Pág.Página 56
Página 0057:
0057 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Par
Pág.Página 57
Página 0058:
0058 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - A nossa cul
Pág.Página 58
Página 0059:
0059 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Mas, Sr. Deputado, não
Pág.Página 59
Página 0060:
0060 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … segundo,
Pág.Página 60
Página 0061:
0061 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Ministro de Estad
Pág.Página 61
Página 0062:
0062 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Dirá: "Mas esses municí
Pág.Página 62
Página 0063:
0063 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   diferente daquela que é
Pág.Página 63
Página 0064:
0064 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Como é poss
Pág.Página 64
Página 0065:
0065 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … para que,
Pág.Página 65
Página 0066:
0066 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tam
Pág.Página 66