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0034 | I Série - Número 014 | 20 de Outubro de 2006

 

O seu percurso profissional passou também pela imprensa, nomeadamente pelo Correio da Manhã e pelo Semanário Económico.
Mesmo atacada pela doença que a vitimou, Manuela Rebelo pediu sempre para trabalhar, demonstrando uma coragem exemplar.
Nos últimos dois anos, mesmo fisicamente limitada, continuou a fazer reportagem, tendo acompanhado a deslocação do então Presidente da República Jorge Sampaio a Paris e, mais tarde, uma das candidaturas às eleições autárquicas de 2005.
Antes, fizera muitos trabalhos de reportagem no País e no estrangeiro. Num deles, na Bósnia, ao serviço da RDP, sofreria mesmo um grave acidente de viação que a levaria a um longo período de hospitalização.
Era, segundo os seus colegas, uma jornalista extremamente dedicada e uma pessoa íntegra, que deixa muitas saudades na redacção da RDP. Os seus textos eram eficazes, rigorosos e sem floreados, como mandam os bons manuais de jornalismo.
As cerimónias fúnebres de Manuela Rebelo decorrem sensivelmente a esta hora em Vila Nova de Cerveira.
A Assembleia da República manifesta o seu pesar pelo falecimento da jornalista Manuela Rebelo e apresenta à sua família e à empresa que tão dedicadamente serviu as suas sentidas condolências.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto que acabou de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Vamos agora proceder à apreciação e votação do voto n.º 73/X - De condenação da República Popular Democrática da Coreia, na sequência da realização de um teste nuclear (PS, PSD e CDS-PP).
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José de Matos Correia.

O Sr. José de Matos Correia (PSD): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Este voto de protesto, como o Sr. Presidente teve ocasião de anunciar, é subscrito pelo Partido Social Democrata, pelo Partido Socialista e pelo CDS-PP. Trata-se de um voto que visa exprimir um protesto inequívoco por parte da Assembleia da República quanto ao comportamento da República Popular Democrática da Coreia pela realização recente de um teste nuclear.
Todos sabemos o que é a República Popular Democrática da Coreia, conhecemos bem o anacronismo que ela representa nos dias de hoje e sabemos as dificuldades que o país e o seu povo atravessam.
Ainda ontem tivemos ocasião de verificar, na televisão, como o regime se entretém em gastar "rios e rios" de dinheiro em manifestações públicas, em vez de resolver os problemas pendentes que afectam o seu povo e, em particular, a fome que tem atingido aquele país nos últimos anos.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Ao mesmo tempo, entretêm-se em desafiar a comunidade internacional com a realização de ensaios de mísseis balísticos, como aconteceu em Julho passado, e com o teste nuclear de 9 de Outubro, como há pouco referi.
Do nosso ponto de vista, trata-se de uma daquelas situações em que tem de ficar claro que a República Popular Democrática da Coreia representa um perigo para a estabilidade não apenas da região mas do conjunto da comunidade internacional.
Ora, não será certamente por acaso que o Conselho de Segurança foi tão pressuroso na aplicação de sanções à Coreia do Norte, registando-se até que um tradicional aliado da Coreia do Norte não hesitou, nesta circunstância, em se pôr do lado do respeito pelo Direito Internacional, dando o seu acordo, enquanto membro permanente do Conselho de Segurança, à aplicação dessas mesmas sanções.
Infelizmente, na Assembleia da República, temos o hábito de utilizar os votos de protesto como manifestações porventura menos adequadas no seio deste Parlamento e como forma de o instrumentalizar para propósitos que não deveriam estar na mente de quem apresenta estes votos.
Neste caso, é manifesto que não é esse o propósito e que estamos perante uma daquelas situações em que temos de ser claros na nossa posição. O que está em causa é demasiado sério para que quem quer que seja se possa abster, é demasiado sério para que quem quer que seja não tome uma iniciativa nesta matéria e é demasiado sério para que a Assembleia da República não manifeste - como espero que faça -, por unanimidade, a condenação da República Popular Democrática da Coreia, pondo-se ao lado do Governo português e da generalidade, se não mesmo da totalidade, da comunidade internacional nessa condenação.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

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