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I SÉRIE — NÚMERO 20

20

O PSD, no governo que constituiu com o CDS-PP, anunciou que para a gestão do governo dever-se-ia criar, a exemplo do que acontece em muitos países da Europa, um gabinete que foi conhecido como a central de comunicação. Mas fizemo-lo de uma forma transparente, não ocultámos. O problema, Sr. Deputado Alberto Arons de Carvalho, é que o Governo do PS não criou a central de comunicação,…

O Sr. Alberto Arons de Carvalho (PS): — Quantos milhões é que isso custou?

O Orador: — … o problema é que o Governo do PS é uma central de comunicação! O Governo do PS é uma central de comunicação!

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Muito bem!

O Orador: — Sr. Deputado, sendo V. Ex.ª uma pessoa com reflexão sobre esta matéria, permita-me que deixe ficar aqui a minha admiração pelo facto de o senhor, na sua intervenção, não ter aproveitado o tempo para dizer o que o PS pensa sobre as questões relacionadas com a isenção do serviço público e a necessidade de haver pluralismo na RTP e na RDP. Sobre isso V. Ex.ª disse nada!

O Sr. Alberto Arons de Carvalho (PS): — Não é preciso dizer o óbvio!

O Orador: — Há aí algum peso de consciência, olhando para a actuação do seu Governo e do seu partido? Por que é que V. Ex.ª, de repente, ficou mudo sobre esta matéria? Sr. Deputado Alberto Arons de Carvalho, hoje e noutras intervenções, aqui, na presença do Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, e na 1.ª Comissão, na presença do Director de Informação da RTP — tem sido sempre olhos nos olhos —, tenho vindo a denunciar aquilo que considero ser manobras claras, indícios claros de ingerência…

O Sr. Alberto Arons de Carvalho (PS): — Diga nomes!

O Orador: — … do PS e do Governo.

O Sr. Alberto Arons de Carvalho (PS): — Concretize!

O Orador: — Muito me espanta que o Sr. Deputado Alberto Arons de Carvalho faça a afirmação que fez aqui. Julgava que o Sr. Deputado — e tenho a firme convicção disso — tinha sobre esta matéria dos nomes uma posição num plano ético completamente distinto. Julgo que isso tem que ver com o calor da discussão.
Não vamos por aí, Sr. Deputado.
A questão fundamental é que, de há largos meses a esta parte, temos vindo, em concreto, a denunciar os sinais, os factos e os indícios da ingerência do PS e do seu Governo no serviço público de televisão.

O Sr. Alberto Arons de Carvalho (PS): — Provas!

O Orador: — E sobre isso V. Ex.ª disse nada, zero! Assim, permita-me que tire a seguinte conclusão: com o seu silêncio e com a ausência de refutar os argumentos que aqui apresentei, V. Ex.ª tem o tal peso na consciência e sabe melhor do que eu que este Governo é, ele todo, uma central de comunicação.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Marcos Perestrello.

O Sr. Marcos Perestrello (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A cidade de Santarém acolheu, no passado fim-de-semana, o XV Congresso Nacional do Partido Socialista.
Assistimos, na cidade de onde partiu Salgueiro Maia na madrugada memorável do 25 de Abril de 1974, a um congresso participado, democrático e aberto, um congresso com um debate sério e plural. Um debate centrado nos problemas do País, não para os lamentar mas para encontrar as soluções que se impõem.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Muito bem!

O Orador: — Um congresso à altura da tradição do PS, um partido moderno, reformista e solidário, um partido responsável, corajoso e rigoroso, um partido europeu e cosmopolita, com o qual Portugal sempre contou nos momentos difíceis.

Aplausos do PS.

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