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14 | I Série - Número: 003 | 22 de Setembro de 2007

«golpe de rins» do Sr. Deputado Marques Mendes nesta matéria.
No dia 5 de Setembro, disse o Sr. Deputado: «Portugal é, no essencial, um país seguro» — estamos todos de acordo. Mas, 10 dias depois, o Sr. Deputado já disse: «A questão da insegurança é, neste momento, a minha maior preocupação».

Protestos do PSD.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — E é!

Sr. Primeiro-Ministro: — Isto diz tudo sobre a demagogia e a irresponsabilidade…

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

Sr. Primeiro-Ministro: —… de quem quer utilizar as questões de segurança como arma de arremesso político, utilização esta que revela um notável oportunismo político.

Aplausos do PS.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Não respondeu a nada!

O Sr. Presidente: — Para formular as suas perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, disse V. Ex.ª que Portugal ocupa o terceiro lugar no podium da aplicação das novas tecnologias nos serviços públicos. Não quero ofuscar este êxito que aqui apresentou, independentemente de podermos fazer reparos…

Pausa.

Sr. Presidente, creio que há dificuldades em fazer-me ouvir.

O Sr. Presidente: — Peço aos Srs. Deputados que sejam criadas condições na Sala para podermos escutar o orador.

Aplausos do PS, do PCP, do CDS-PP e de Os Verdes.

Faça favor de continuar, Sr. Deputado.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Como dizia, não quero ofuscar este êxito aqui apresentado. Mas, naturalmente, poderíamos colocar questões de pormenor em relação a anúncios de banda larga na rede escolar que, depois, não foram concretizados, às filas para conseguir um bilhete de identidade ou aos oito meses para conseguir o cartão de utente do SNS. Enfim, são pormenores que não podem ofuscar este brilho que aqui veio colocar em relação às novas tecnologias, que é importante e que poderia até levar-me a dar-lhe os parabéns.
O problema é que, entretanto, em Agosto passado, veio a notícia de Bruxelas de que Portugal foi colocado não em terceiro lugar mas em primeiro lugar na lista dos países da União Europeia com mais injustiças e mais desigualdades.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Nem uma palavra, Sr. Primeiro-Ministro! E foi em Agosto que isto foi dito. Nem uma palavra nem uma nota de um Governo que, no seu Programa, anunciou precisamente como objectivo o combate às desigualdades na distribuição do rendimento.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É verdade!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Nem uma frasezinha sobre o aumento do desemprego e da precariedade.
Sr. Primeiro-Ministro, este debate e a sua acção de uma forma geral levam-me a contar uma pequena história, mesmo gastando um minuto, com prejuízo do tempo de que disponho para usar da palavra.
Na fábrica onde eu trabalhava, havia um jovem elegantérrimo, que tinha sempre os sapatos tão brilhantes que até ofuscavam. Um dia escorregou no chão da oficina e mostrou as solas dos sapatos, que tinham buracos maiores do que as promessas eleitorais do Governo do PS…!

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