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62 | I Série - Número: 014 | 8 de Novembro de 2007

instale no Interior».
Lembro-me do que disse o então Deputado José Sócrates sobre uma alteração de escalões, aquando da discussão do Orçamento do Estado para 2005.
Mas esse estímulo de 10% no IRC para quem se instale no Interior faz-me lembrar a questão de há pouco do relatório do FMI. Não sei como é que vão fazer agora: é que vão as empresas para lá, depois vêm mostrar cá que se instalaram no Interior, vão as famílias, têm um filho e vão à maternidade. E dizem: «Sr. Ministro das Finanças, a nossa empresa está no Interior. Importa-se de pedir ao Ministro da Saúde para abrir outra vez a maternidade porque o administrador da empresa e os trabalhadores tiveram dois filhos?»

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

É a questão do modelo de desenvolvimento. Qualquer visão moderna do desenvolvimento sustentável de um País não pode ficar-se pela redução a «martelo» da despesa, tem de ficar-se pelo crescimento sustentado.
E é uma visão míope dizer «para reduzir a despesa, feche maternidades, feche centros de saúde, feche estações de correio, feche ramais ferroviários, feche-se o País, ponham-se a Estradas de Portugal fora do Orçamento!», apesar de não contarem com o financiamento do Orçamento. É a questão do modelo de desenvolvimento. Qualquer dia, dois terços do País está fora do Orçamento do Estado, e aqui entra o último ponto de que queria falar agora — o da obstinação, o da teimosia.
Os Portugueses já perceberam que há teimosias de compromissos eleitorais que não valem a pena. Na campanha eleitoral, o meu partido disse que se fosse eleito para governar, «portajava» as SCUT que ainda não estavam «portajadas». Disse que fazia uma lei do arrendamento, que é difícil e ia mexer em muitos agregados familiares, disse tudo isso, mas tal não foi dito pelo partido que hoje governa. Agora, a questão não é se está ou não no Orçamento, é saber quem é que vai pagar os muito mais de 1000 milhões de euros de encargos com as SCUT que andam por aí algures?

Risos do PS.

As senhoras e os senhores riem-se! É outro «in», é inconsciência! É que desde 2005 que a factura chega todos os anos e aumenta cada vez mais.

Aplausos do PSD.

E a factura não resulta de decisões do governo PSD/CDS, resulta de decisões de governos do Partido Socialista e é por causa dessas decisões sobre auto-estradas não «portajadas» que nós, os nossos filhos, netos e bisnetos estamos a pagar, e pagarão, a factura.
Vamos para concessões até 2099 e aqui subscrevo o que disse o Sr. Deputado Francisco Louçã: todos estaremos cá, se Deus quiser, para apagar as velas dos 140 anos do Sr. Primeiro-Ministro, mas de certeza que não estaremos cá para pagar aquilo que os nossos netos e bisnetos vão ter de pagar, à conta da irresponsabilidade do Governo socialista.

Aplausos do PSD.

Quero terminar de uma maneira construtiva, construtiva à luz do Governo, e para isso cito quem deve ser citado, falando das palavras de quem tudo sabe e tudo pode: «Crescer mais ou menos do que a Europa é a bitola de sucesso ou insucesso. O crescimento económico acima da média europeia é uma questão essencial que sempre caracterizou em todos os governos a boa ou a má governação económica». José Sócrates, 5 de Janeiro de 2003.
Estamos conversados. Viva Portugal!

Aplausos do PSD, de pé.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José Junqueiro.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Santana Lopes, está bom de ver que, reconhecendo o que reconheceu ontem, não posso deixar de lhe dizer que não há uma segunda oportunidade para criar uma primeira boa impressão.

Aplausos do PS.

Vozes do PSD: — Você sabe disso!

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