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63 | I Série - Número: 014 | 8 de Novembro de 2007

O Sr. José Junqueiro (PS): — Ontem, aqui, em cerca de 15 minutos, o líder do CDS-PP, Dr. Paulo Portas, apresentou sete propostas – não eram grande coisa, é certo, mas foram sete propostas. V. Ex.ª, em meia hora, não conseguiu apresentar uma única, o que demonstra que o seu problema não é um problema de tempo, é um problema de substância, e é esta substância que o povo português não lhe reconheceu.
O Sr. Deputado transporta consigo um fardo pesadíssimo, que é a imagem de Primeiro-Ministro de Portugal, e V. Ex.ª sabe perfeitamente que não o é porque o povo português disse «não», «não queremos o Dr. Santana Lopes, queremos o Eng.º José Sócrates». Isso é algo que V. Ex.ª não consegue ultrapassar, como também não consegue ultrapassar, e sabe-o pela opinião pública, que quando se avalia a credibilidade de alguém as pessoas dizem: «nós acreditamos no Primeiro-Ministro, não acreditamos no Dr. Santana Lopes nem no PSD».

Aplausos do PS.

O Sr. Patinha Antão (PSD): — Não acreditamos? Mas isso é o quê? É um Deus? O Sr. José Junqueiro (PS): — Em segundo lugar, V. Ex.ª ignora que existe uma comissão tripartida, constituída pelo INE, pelo Banco de Portugal e pelas Finanças, que faz permanentemente a aferição daqueles que são resultados das políticas económicas? Com certeza que sabe também que as instituições internacionais têm creditado a Portugal e ao Governo, para bem dos portugueses, essa credibilidade.
Mas quero também perguntar-lhe o seguinte: sabe V. Ex.ª, Sr. Deputado, porque é que foram exigidos sacrifícios aos portugueses? Por causa do seu facilitismo,…

Protestos do PSD.

O Sr. José Junqueiro (PS): — … por causa da distribuição «a pataco» dos ministérios pelo País, por causa do défice que acumulou, por causa da despesa pública que aumentou, por causa dos défices sucessivos da economia portuguesa. E sabe que mais?

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Concluo imediatamente, Sr. Presidente.
Sr. Deputado Pedro Santana Lopes, não fosse este Governo fazer aquilo que está a fazer e as consequências da sua política tinham também levado à falência aquele que é o bem mais precioso para os portugueses, a segurança social. Ora, é em nome dessa segurança social e do bom futuro dos portugueses que executamos esta política. Foi por isso que os portugueses lhe disseram: «Não, Dr. Santana Lopes nunca mais»!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Santana Lopes.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Junqueiro, gostaria de dizer-lhe o seguinte: a última pessoa a quem disseram que não há segunda oportunidade para criar uma primeira boa impressão é Presidente da Comissão Europeia, com os devidos cumprimentos, e acho que quer o segundo mandato.

Aplausos do PSD.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Segundo ponto, anoto a concepção do Partido Socialista de que quem perde eleições uma vez perdeu para sempre.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Não é verdade!

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Não, o Sr. Deputado José Junqueiro disse «nunca mais». Ora, o Dr. Mário Soares está em casa e vai pedir-lhe para ter uma conversa com ele hoje à noite, …

Risos do PSD.

… para ele lhe poder dizer que em democracia não é assim, nem em Viseu, nem em Lisboa, nem em todo o Portugal, onde há democracia.
Terceiro ponto, quanto às culpas e porque o meu debate não é consigo, digo-lhe só o seguinte: em 12 anos, nove anos de Governo socialista.

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