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31 | I Série - Número: 020 | 3 de Dezembro de 2007


O Sr. Deputado Luís Fazenda pede a palavra para que efeito?

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Para uma interpelação à Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, registo que foi ontem entregue e admitido pela Mesa um voto de protesto do Partido Socialista sobre as declarações do Sr. Embaixador dos Estados Unidos da América. No entanto, não consta do guião de votações.

O Sr. Presidente: — O voto foi retirado pelo grupo parlamentar proponente, Sr. Deputado.

Vozes do PCP: — Ah!…

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à deliberação sobre o voto n.º 119/X — De repúdio por declarações de ingerência contra a soberania democrática do povo português (BE). Cada grupo parlamentar dispõe de 2 minutos para usar da palavra.
Em primeiro lugar, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Drago.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Bloco de Esquerda apresenta este voto porque Albert Hoffman tem-se especializado, nos últimos tempos, em criticar, opinar, dar orientações sobre a vida política portuguesa.
Diz o embaixador dos EUA que a condução da vida política portuguesa, seja em matéria de legislação laboral, seja no próprio planeamento da disposição das forças militares de Portugal, está a ser mal feita. É uma matéria a discutir.
Mas acontece que Albert Hoffman não é apenas um cidadão americano residente em Portugal mas embaixador dos Estados Unidos da América. Ora, Srs. Deputados, é inédito que alguma vez o representante oficial de um outro Estado em território português se tenha dado a esta liberdade de criticar e opinar sobre as escolhas políticas e as políticas seguidas pelo Estado português.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Mais ainda: o embaixador dos EUA não se inibiu de fazer estes comentários, nem mesmo no momento em que Portugal tem particulares responsabilidades com a presidência da União Europeia. Apresentamos por isso o nosso repúdio por estas declarações.
Mas o que gostaria de saber é por que é que o Partido Socialista, ontem, dia 29 de Novembro, apresentou nesta Câmara um voto de protesto em que classificava as declarações do Sr. Embaixador dos EUA como inapropriadas e infelizes e hoje, dia 30 de Novembro, a bancada do Partido Socialista já não faz a mesma apreciação sobre as declarações do embaixador americano. Já não considera que elas são inapropriadas e infelizes ou, como nós desconfiamos, alguém mandou «calar» a bancada do Partido Socialista?

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Exactamente!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — A dúvida é se foi o Governo português ou se foi o embaixador dos Estados Unidos da América.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Machado

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, gostaria de saudar o voto, apresentado pelo Bloco de Esquerda, de repúdio por declarações de ingerência contra a soberania democrática do povo português e afirmar que o embaixador dos Estados Unidos da América Alfred Hoffman tem feito declarações sobre assuntos da vida interna do nosso país que são pouco habituais, tendo em conta as regras da

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