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85 | I Série - Número: 039 | 25 de Janeiro de 2008

Por outro lado, a igual legitimação de todos os membros dos órgãos de administração é uma condição indispensável para se conseguir uma maior coesão na tomada de decisão e, por essa via, para o aumento da eficiência e da produtividade dos próprios estabelecimentos de saúde.
É claro que, porventura, nada disto interessa aos autores da presente iniciativa, mas, por certo, interessa aos portugueses! Aliás, o único mérito desta iniciativa é o de evidenciar, uma vez mais, os constantes ziguezagues do Partido Socialista quando, para mal dos nossos pecados, calha estar no Governo.
Estávamos mesmo com a curiosidade de saber se a bancada, de hoje, do PS concorda com o PS de 1996 ou com o PS de 2002, se é que não arranjou já uma terceira via para camuflar o seu histórico ziguezaguear!

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Ana Manso (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O PSD não tem complexos revolucionários nem sofre de estados de alma sobre este assunto.
A nossa posição é uma posição de princípio, que resulta da concepção que temos da responsabilidade do Estado e do modo como o serviço público deve ser prestado.
Não somos cataventos, nem agimos por conveniência, como outros preferem fazer.

O Sr. José Cesário (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Ana Manso (PSD): — Mas não ignoramos que a solução vigente comporta o risco de favorecer a voracidade de partidos que, quando alçados ao poder, usam o Governo para distribuir, pelos seus correligionários políticos, os célebres jobs for the boys!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Isso é uma autocrítica!

A Sr.ª Ana Manso (PSD): — A situação hoje vivida, de que a escandalosa desagregação do Serviço Nacional de Saúde é expressão clara, torna os nossos receios ainda mais fundados. Desagregação que só o Primeiro-Ministro e o Ministro da Saúde fingem não perceber.
Temos, de facto, um Governo que é forte com os fracos e fraco com os fortes! E a política de erradicação de serviços de saúde nas zonas mais desfavorecidas de Portugal é o mais acabado exemplo desta prática.

O Sr. José Cesário (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Ana Manso (PSD): — De facto, como classificar um Governo que recua no fecho da urgência num grande hospital de Lisboa, mas persiste teimosamente em fechar serviços de saúde cujo único defeito é estarem próximos das vilas e aldeias que servem, condenando a um desumano abandono as populações que ainda lá vivem? Como classificar um Ministro que tem a petulância de defender que uma ambulância serve melhor as populações do que o serviço de urgência de um hospital? A verdade é que temos um Governo arrogante, centralista, que se julga iluminado e se dedica a uma ignóbil política de um brutal e insensível abandono de enormes parcelas do território nacional.
Hoje, Portugal tem menos acesso à saúde do que quando, para infelicidade dos portugueses, o PS chegou ao poder.
Em 2005, o PS mentiu e escondeu descaradamente do eleitorado os seus planos de encerramentos de serviços de saúde.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Ana Manso (PSD): — O que o PSD vem denunciando desde há três anos é cada vez mais reconhecido por especialistas, personalidades independentes e, mesmo, ilustres militantes do próprio Partido Socialista.
Este PS perdeu a noção de que governar é servir o bem comum, perdeu a noção de que governar é

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