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89 | I Série - Número: 039 | 25 de Janeiro de 2008

República, em 24 de Janeiro de 2008.
Na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, em 4 de Dezembro de 2007,
apresentei o parecer sobre esta proposta de resolução. Nas considerações a propósito deste diploma, fiz
questão de registar, por exemplo, a maior abertura da UNESCO ao longo dos anos, incluindo elementos
materiais e imateriais, tornando-se mais urgente salvaguardar estes bens, designadamente em face dos riscos
emergentes da globalização. Conforme então escrevi, procura-se, desta forma, «proteger não só o passado,
mas também o presente, desde formas de artesanato, rituais e eventos festivos, diversos tipos de tradição
oral, formas de mõsica, dança, teatro, etc.» Anote-se que ainda em Setembro passado se reafirmou, no
Fórum Cultural para a Europa, realizado em Lisboa com os Ministros da Cultura europeus, que a diversidade
cultural ç um dos maiores trunfos da Europa num mundo globalizado, havendo uma ‘economia da cultura’, e
contribuindo a cultura mais para a economia europeia do que outros sectores mais óbvios» Assim, a
classificação de bens culturais imateriais em Portugal, como o fado de Lisboa e de Coimbra, as festas dos
Tabuleiros de Tomar, as festas do Espírito Santo (tão vivas nos Açores), etc., afigura-se uma imensa mais-
valia para Portugal, mas também para os países lusófonos e ainda para as comunidades lusas ou luso-
descendentes espalhadas pelo Mundo»«.
Na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, na Acta n.º 108, de 4 de Dezembro
de 2007, ficou registado o elogio que me fez o PSD «como conhecedora (») do património cultural«, após o
que o projecto de parecer foi aprovado por unanimidade, com os votos do PS, PSD, PCP e BE.
De facto, para mencionar Coimbra (o meu círculo eleitoral), permita-se-me referir o pioneirismo a nível
nacional e internacional de acções que empreendi em prol do património cultural e ambiental desde há cerca
de quatro décadas. Contudo, o que interessa agora é apenas Coimbra. Desde 1980 como directora do Museu
Nacional de Machado de Castro, em Coimbra, criei, designadamente, todo um vasto programa que durou três
anos. Escrevi sobre este, por exemplo, o texto «O Programa ‘Coimbra Antiga e a Vivificação dos Centros
Históricos’, promovido pelo Museu Nacional de Machado de Castro em 1981/1983«, publicado pelo mesmo
Museu em 1983. Nas páginas 4 e 5, explicitei objectivos desta iniciativa: «Abrir o Museu à Cidade, à
Comunidade. Neste espírito, nasceu o programa ‘Coimbra Antiga e a Vivificação dos Centros Históricos’ —
vivificar, dar vida, sintetiza e supera os aspectos de conservar, recuperar. Por isso, incluímos neste programa,
dedicado ao património cultural, desde os fundamentais aspectos da sensibilização a aspectos tão variados
como legislação, conceitos sócioculturais, urbanismo, belas-artes, geografia, arqueologia industrial,
museologia, restauro, animação dos espaços urbanos, tradições musicais, académicas, folclóricas, artesanais,
diversas intervenções pontuais em prol do património cultural, etc. De ‘Coimbra Antiga’ designámos o
programa. Mas antigo no sentido de que ontem também já é passado, é antigo, o que implica que a peça
próxima, tendo valor, deve ser preservada. O programa ‘Coimbra Antiga e a Vivificação dos Centros Históricos’
procurou ser mais um meio de dar vida ao Museu Nacional de Machado de Castro, de vivificar Coimbra e o
seu Centro Histórico, de vivificar Coimbra — Cidade e Distrito. Esta iniciativa começou em Março de 1981 e foi
considerada pioneira, pelos seus múltiplos aspectos e pela duração, que se projectava ser até Dezembro de
1981; devido a inúmeros pedidos, prolongou-se em 1982 e ainda em 1983» O programa tem incluído
exposições, conferências, debates (dois destes no próprio local, a Praça do Comércio, o primeiro só sobre
esta Praça; devido ao seu sucesso, o segundo mais alargado, tratou, sobretudo, da Baixa de Coimbra),
seminários, visitas guiadas, pedido de inscrição do Centro Histórico de Coimbra na lista do património mundial
da UNESCO (encontrando-se o respectivo processo de classificação em andamento), projecção de filmes, um
concurso de fotografia e um de desenho infantil, publicações, etc.» Nas páginas 10 e 11 da mesma publicação
escrevi no ponto 6 intitulado «Pedido de inscrição do Centro Histórico de Coimbra na lista do Património
Mundial da UNESCO — Por ocasião do referido seminário sobre ‘Recuperação dos Centros Históricos’, o qual
esteve a cargo do Professor Arquitecto Donald Insall, da UNESCO, a Dr.ª Matilde Pessoa Figueiredo de Sousa
Franco pediu, em 17 de Março de 1982, a inscrição do Centro Histórico de Coimbra na lista do património
mundial» Em 7 de Junho de 1982 foi dado despacho nesse sentido por Sua Excelência o Secretário de
Estado da Cultura. O processo de classificação encontra-se em estudo no Instituto Português do Património
Cultural, mas Coimbra, assim, já se candidatou a figurar como bem do Património Mundial».
Ao longo destes vinte e seis anos, desde que fiz o pedido de classificação que teria tornado Coimbra o
primeiro bem classificado em Portugal como Património Mundial, tenho insistido, inclusivamente na campanha
eleitoral para as Legislativas de 2005, na importância deste pedido se concretizar, para a revalorização e

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