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46 | I Série - Número: 067 | 4 de Abril de 2008

crise estrutural e, sendo estrutural, é preciso criar respostas de raiz. Foi isto que este Governo, ao longo de três anos, foi incapaz de fazer.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Tem sido recorrente, ao longo dos anos, em face da crise do Vale do Ave e do Vale do Cávado, que os diversos partidos apresentem projectos de resolução ou recomendações sobre orientações políticas ao Governo.
Contudo, e num agravamento que tem sido sequencial, essa crise persiste. Aquilo que, neste momento, mais importa é determinar as causas dessa crise, as quais têm muito a ver com as políticas de adaptação que os sucessivos governos têm desenvolvido em relação à abertura comercial, à liberalização das trocas e à necessária adaptação de indústrias tradicionais, que não tem sido a adequada.
Por outro lado, há também um fechar de olhos em relação aos custos dos factores de produção, que são anormalmente elevados, para uma necessária competitividade e transformação.
Devo dizer que acompanhamos mais de perto algumas das soluções apresentadas, outras, acompanhamolas mais de longe, mas isto talvez não seja a questão principal deste debate. Aquilo que podemos prever, da parte da maioria, até pelo texto do projecto de resolução que aqui apresentou, é que deposita esperanças, muito acentuadamente, naquela que venha a ser a evolução da aplicação do QREN para a resolução de alguns problemas, e não só o desenvolvimento económico mas também a chaga social de mais de 50 000 desempregados na região, muito acima da média nacional.
Neste sentido, acompanharemos algumas propostas, mas, sobretudo, queremos que elas tenham um efeito útil. E o efeito útil que propomos é aquele que já hoje propusemos, ou seja, para continuar a fileira de debate que o Partido Socialista aqui nos trouxe, propomos, especialmente, a vinda à Assembleia da República do Presidente da CCDR Norte, para discutir especificamente o distrito de Braga e a aplicação do QREN no distrito de Braga.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: É esta a nossa contribuição para este debate.

Aplausos do BE.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Presidente: — Inscreveu-se, para uma interpelação à Mesa, o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.
Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Sr. Presidente, quero questionar V. Ex.ª no seguinte sentido: fico muito satisfeito por verificar que esta iniciativa do CDS deu, mais que não fosse, a oportunidade de alguns Srs. Deputados do PS se sentarem na fila da frente da bancada e até de distribuírem uma notícia de jornal relativa à região. Agora, o que pergunto a V. Ex.ª é se, por acaso, o Governo, numa matéria tão importante e numa discussão tão determinante, não manifestou vontade de estar presente, senão pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, como era suposto, ao menos, pelo Ministro dos Assuntos Parlamentares.

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Muito bem!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — É porque é por estas e por outras, Sr. Presidente, que algumas pessoas, que só estão a 300 km de distância, consideram que Lisboa está muito longe — e nisso toda a diferença que o Parlamento português e a tutela deveriam significar.

Aplausos do CDS-PP.

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