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37 | I Série - Número: 103 | 5 de Julho de 2008


pela Amnistia Internacional, pela Human Rights Watch, por quaisquer outras organizações, é suspeito de narcotráfico, enfim, é um personagem indesejável em qualquer parte do mundo.
O Partido Socialista não refere no seu texto a actividade dos paramilitares fascistas, os assassinatos, o encobrimento das polícias, tudo aquilo que lamentavelmente tem existido na Colômbia, com o encobrimento dos Estados Unidos da América.
Portanto, o texto é absolutamente lamentável, é de uma cegueira sectária total e visou tirar alguma vantagem política, mas não verdadeiramente olhar para o conflito e para o problema seriíssimo de denegação de direitos humanos que existe na Colômbia.
Não deixaremos de votar favoravelmente o voto de congratulação apresentado porque nos identificamos com alguns desses princípios, mas consideramos verdadeiramente lamentável que só olhem para um lado e que não vejam toda a situação existente na Colômbia, que é toda ela atentatória dos mais elementares direitos humanos.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, Srs. Deputados: Os Verdes entendem que o que hoje deve unir a Assembleia da República é, evidentemente, a saudação e a satisfação pela libertação de Ingrid Betancourt, sequestrada pelas FARC há seis anos, e de outros reféns.
Ingrid Betancourt é uma mulher activista de Os Verdes e, de resto, importa referir que o Partido Ecologista «Os Verdes», sempre, ao longo destes anos, tem reclamado e juntado a sua voz a todos os outros partidos «Verdes» do mundo pela libertação desta activista ambientalista.
Esta mulher, como ecologista, não poderia deixar de defender o que sempre defendeu e continua a defender. Antes e depois de ter sido sequestrada e feita prisioneira, defendeu sempre a via das negociações pacíficas. Enquanto candidata, e mesmo depois, sempre defendeu a via da solução pacífica, tendo-se até disponibilizado para participar em acções que reclamam justamente essa via.
O que divide a Assembleia da República — ficou aqui bem patente — é a interpretação das responsabilidades sobre a situação na Colômbia. O voto apresentado pelo PCP, que reclama a libertação de todos os prisioneiros de todas as partes envolvidas, a solução política negociada e o respeito pelo povo colombiano, deve merecer o nosso voto favorável, evidentemente.
O voto apresentado pela direita e pelo Partido Socialista, embora saudando a libertação de Ingrid Betancourt, não reclama nada disto e sentimos esta omissão no texto do voto.
Gostaríamos também de referir que responsabilizar pelo conflito na Colômbia apenas uma das partes é algo que não contribui absolutamente para a resolução do mesmo.
De qualquer modo, para que nenhum dos Srs. Deputados fique surpreendido com a votação de Os Verdes, queremos dizer que, para além de todos os considerandos apresentados nos votos, dos quais, de resto — designadamente no que referi —, nos demarcamos em muitos pontos, não os apoiando, o que vamos votar nesta Casa, de seguida, é a saudação e a satisfação absoluta pela libertação de Ingrid Betancourt.

Vozes de Os Verdes: — Muito bem!

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares (Augusto Santos Silva): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, gostaria de participar na discussão destes votos.
O que está em causa é a posição da Assembleia da República sobre a libertação da senadora Ingrid Betancourt, assim como dos demais reféns da FARC. É inadmissível que se procure saudar essa libertação sem condenar o sequestro de que Ingrid Betancourt e os restantes reféns foram libertados.

Aplausos do PS.

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