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30 | I Série - Número: 109 | 19 de Julho de 2008

petição, contestando o encerramento da maternidade. E não haverá nenhuma satisfação a 100% — de «Muito bom» —, de todas parturientes de Barcelos e Esposende que responda ao questionamento dos peticionantes.
Se se questionasse o nível de satisfação aos que foram fazer partos ao Porto ou a Viana, esse nível seria idêntico, certamente.
Também não será a libertação do espaço da maternidade para cirurgia do ambulatório e a ampliação do bloco operatório que poderá justificar, a posteriori, a liquidação da maternidade.
O relatório não diz — e devia dizer — é quantas grávidas de Barcelos foram acompanhadas pelo seu médico, conforme promessa do Ministro da Saúde de então, até aos hospitais onde foram realizar os partos.
Em 2005, nasceram no hospital de Barcelos 1006 crianças. Qual o balanço dos partos a mais, correspondentes a Barcelos e Esposende, que se realizaram noutros hospitais? O que significou em custos acrescidos para essas mães e para o Serviço Nacional de Saúde essa mudança? Como vai o Governo assegurar a manutenção dos serviços de obstetrícia no futuro, quando se reformarem os actuais médicos que lá estão ou forem transferidos para outras unidades? O relator diz que ouviu, a 7 de Abril de 2008, os peticionários no Governo Civil de Braga. O que disseram? Não se sabe! O relator não consegue informar-nos sobre o que disseram os peticionários na entrevista que teve com eles.

O Sr. Presidente: — Queira fazer o favor de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Termino já, Sr. Presidente.
Apenas uma palavra final para denunciar mais uma fraude política deste Governo a propósito dos serviços de saúde de Barcelos.
No decurso deste processo, o Governo falou na criação do centro hospitalar Braga-Barcelos — são palavras do Governador Civil de Braga, em nome do Governo. Onde está esse centro hospitalar BragaBarcelos? Tudo indica, por todas as informações de que dispomos e, inclusive, pela resposta dada à pergunta formulada pelo Grupo Parlamentar do PCP, que ele não se concretizará.
Já agora, gostaria que o Partido Socialista nos pudesse informar — também ainda não consegui obter resposta às perguntas feitas — quando, onde e como vai ser pago o novo hospital de Barcelos, prometido no decurso deste processo.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Ricardo Gonçalves.

O Sr. Ricardo Gonçalves (PS): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, queria dizer ao Deputado Nuno Teixeira de Melo que o único encerramento que lamento é o do CDS! O CDS é que caminha para o encerramento, com muita pena minha, porque os votos vão para o PSD.
Obviamente, uma vez que está com 2%, 3% nas sondagens e com 1% de votos fixos, o CDS não pode ter outro caminho que não seja o encerramento. Além de que nem sequer se conseguiu distinguir do PCP: ouvir o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo ou o Sr. Deputado Agostinho Lopes é a mesma coisa!

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Ricardo Gonçalves (PS): — Portanto, os senhores ainda não perceberam que estão a caminhar para o suicídio e, alegremente, continuam a unir a direita contra nós, Partido Socialista, que assim vamos ter mais dificuldades em enfrentar uma direita unida, no PSD.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Boa intervenção!…

O Sr. Ricardo Gonçalves (PS): — Sobre a maternidade de Barcelos, é um facto que a luta do povo de Barcelos foi genuína e deu os seus resultados, visto que conseguimos interagir com a população de Barcelos e encontrar as melhores soluções.

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