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46 | I Série - Número: 109 | 19 de Julho de 2008

A sua contribuição para a revolução «pactada» na Polónia fê-lo entrar na história, ele que foi também um historiador, não na história que apenas relata o que existiu, mas naquela em que os feitos fabricam uma memória.
É essa memória de investigador, de figura pública e de político que evocamos e recordamos. Ele que é uma das raras personalidades que, fazendo parte da história, torna verdadeira a frase de que o passado não morre, nem sequer é passado.
Por isso, este voto na Assembleia da República, que mantém viva a sua memória, em nome do futuro que para ele significou um acto de homem livre.

Aplausos do PSD e de Deputados do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Rosas.

O Sr. Fernando Rosas (BE): — Sr. Presidente, Bronislaw Geremek foi historiador, medievalista, e historiador com grande intervenção na política. Foi resistente ao regime pseudo-socialista na Polónia, um regime baseado na opressão política e na exploração de classe, e abandonou o partido comunista polaco como protesto contra a evasão na Checoslováquia. Foi resistente político clandestino no Comité de Defesa dos Operários, da Polónia. Foi sindicalista, fundador do sindicato Solidariedade e um dos principais negociadores do regime que se sucedeu à queda do regime dito socialista, na Polónia.
Numa Polónia hoje em dia mergulhada em novas formas de obscurantismo e de clericalismo, Geremek foi, novamente, um democrata, defensor da liberdade de espírito, do laicismo e da separação do Estado e da Igreja.
Homens como Geremek, que lutaram contra a ditadura de uma forma, lutam contra o obscurantismo de outra forma. São homens que fazem falta à Europa e que devemos homenagear.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Ao evocarmos Geremek, evocamos a memória de um resistente anticomunista, de um combatente pela liberdade e, como tal, de um homem bom.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Ao evocarmos Geremek, vem-nos também à memória os anos 80 e a coragem dos homens que, para usar uma linguagem que os Srs. Deputados entendem, conseguiram ultrapassar a vanguarda, constituir, eles sim, uma verdadeira vanguarda no movimento Solidariedade para lutarem e defenderem a liberdade no seu país.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Vem-nos à memória o combate heróico de Lech Walesa, a quem Geremek se juntou, como intelectual e como historiador, para dar outra força e outra dimensão a esse mesmo combate.
Vem-nos também à memória a Polónia e a inspiração moral que foi João Paulo II para esses anos que mudaram o mundo e criaram a liberdade.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Essa é a memória que nos vem com Geremek. A essa memória queremos associar-nos e é por isso que nos curvamos, reconhecendo que a Polónia, a Europa e o mundo

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