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31 | I Série - Número: 009 | 4 de Outubro de 2008

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, façam favor de retomar os seus lugares e de fazer o silêncio necessário para ouvirmos a intervenção do Sr. Deputado, tanto mais que as condições acústicas da Sala não são as melhores.
Queira prosseguir, Sr. Deputado Nuno Antão.

O Sr. Nuno Antão (PS): — Muito obrigado, Sr. Presidente.
Temos também consciência de que Portugal regista um baixo consumo de hortofrutícolas, especialmente nas faixas etárias mais jovens, e que regista uma prevalência de 30% de obesidade infantil. É neste prisma que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista está a preparar uma iniciativa legislativa, de que, brevemente, dará conhecimento a esta Câmara, sendo uma iniciativa que tomará em consideração esta preocupação de cerca de 21 000 cidadãos.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado, queira concluir, por favor.

O Sr. Nuno Antão (PS): — Sr. Presidente, a terminar, quero dizer que é nesse sentido que o Partido Socialista apresentará a iniciativa que tomará em consideração a preocupação destes cerca de 21 000 cidadãos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Madeira Lopes.

O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Partido Ecologista «Os Verdes» começa, naturalmente, por saudar os peticionários da petição n.º 420/X (3.ª), cuja primeira peticionária está presente, hoje, a assistir aos trabalhos.
Gostaríamos, pois, de relevar as boas intenções e os objectivos que esta petição traz à Assembleia da República. Sem dúvida que a fruta, aliás, em conjunto com os vegetais crus, é uma componente fundamental, essencial da dieta alimentar de todos nós, designadamente das crianças. Além de ser fundamental, existem estudos científicos, inclusivamente, que demonstram o impacto sério da dieta alimentar no próprio rendimento escolar das crianças e no seu desenvolvimento pleno, físico e psico-social.
Portanto, não é de descurar o problema a que a nossa sociedade tem vindo a assistir ao longo dos tempos, afastando-se da dieta mediterrânica, optando por soluções mais fáceis, de alimentos nutricionalmente mais pobres e mais ricos em hidratos de carbono e em gorduras, que têm conduzido a um aumento de problemas graves de saúde na infância e tendo, depois, impacto futuro, na idade adulta. E a isto, certamente, não é alheio o modelo de sociedade que temos vindo a construir, em que os pais cada vez têm menos tempo e oportunidade para acompanhar os filhos, para ter refeições em família, para confeccionar refeições saudáveis.
Isto, sem dúvida, impele-os depois, muitas vezes, ao recurso a opções menos saudáveis e menos recomendáveis. Por conseguinte, esta petição é de profunda importância.
Associada a esta questão, não podemos deixar de alertar para a necessidade de transferirmos cada vez mais o consumo de alguns alimentos, designadamente da carne, para os vegetais, para as leguminosas e para a fruta. É importante que o consumo desses vegetais e dessa fruta seja essencialmente composto por produtos produzidos localmente, não só por razões ambientais, do transporte e poupança de energia, mas também pela própria qualidade do alimento, que é consumido mais próximo da produção. É importante apostar na produção biológica, até pelo consumo da casca, que tem muitos nutrientes importantes e que, livre de pesticidas, pode ser consumida em maior segurança. E tudo isto, porquê? Porque é fundamental, em termos de saúde, para combater as doenças cardiovasculares, a hipertensão, as doenças oncológicas, a diabetes ou a própria obesidade, já considerada a epidemia do século XXI.
Em relação a isto, saudamos que a sociedade civil queira implementar dias nacionais e, naturalmente, consideramos que o dia nacional da fruta tem outras responsabilidades que a Assembleia da República não

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