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30 | I Série - Número: 021 | 4 de Dezembro de 2008

Todos vimos este processo a acontecer no Ministério da Saúde com o Sr. Ministro Correia de Campos e todos sabemos como ç que ele acabou» A verdade é que, hoje, os professores estão completamente saturados porque a sua autoridade na sala de aula foi atacada e, paulatinamente, tem vindo a ser destruída.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Estão saturados porque a sua função na sala de aula, que é a de ensinar, que é a de transmitir os seus conhecimentos aos alunos, foi substituída por funções como a de fazer relatórios, a de vigiar os colegas, a de preencher papel atrás de papel para um processo de avaliação, que, pelos vistos, não tem fim à vista.
Por isso mesmo, a grande pergunta que hoje temos de fazer (nem lhe faço a si especificamente, Sr.ª Deputada, mas faço-a quase directamente ao Partido Socialista e ao Ministério da Educação) é: como é que se vai salvar o ano escolar? O que, hoje, preocupa as famílias e os alunos, o que hoje, certamente, também, preocupa os professores é como se salva este ano escolar, como é que é possível sair da trapalhada que o Ministério da Educação criou e chegar ao final do ano sem que os alunos e as famílias sejam prejudicadas e, acima de tudo, como é que, hoje, se consegue voltar a dar a um professor aquela que é a sua função essencial, que é a de ensinar os alunos, a de transmitir os seus conhecimentos.
Estas perguntas são, hoje, essenciais e preocupam tremendamente as famílias portuguesas, às quais o autismo do Ministério da Educação e do Sr. Primeiro-Ministro não conseguem dar resposta.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Honório.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr. Presidente, agradeço ao Sr. Deputado Pedro Mota Soares as questões que colocou e que são óbvias. Trata-se de uma equipa ministerial sem qualquer capacidade de negociação. O que a Sr.ª Ministra provou é que não tem qualquer capacidade de negociação, que não tem qualquer capacidade de devolver às escolas aquilo de que elas precisam e aquilo que os professores exigem no dia histórico de hoje, que é um dia de devolução da esperança.
A Sr.ª Ministra provou que não consegue resolver o problema e, neste sentido, Sr. Deputado, cabe ao Sr.
Primeiro-Ministro explicar ao País esta greve e assumir a sua responsabilidade.
Esta é a sua responsabilidade. Vamos esperar que o Sr. Primeiro-Ministro responda à responsabilidade que assumiu!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Tiago.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Cecília Honório, de facto, perante uma greve com a dimensão da que presenciamos hoje é merecida a alusão à luta dos professores e também é bem merecido que cada vez mais se relacione esta luta que os professores estão a travar pela sua dignidade, pelos seus direitos, com a defesa da escola pública, porque está cada vez mais subjacente à luta dos professores a defesa dos princípios da escola pública, que este Governo, com o óbvio contributo do Ministério da Educação, teima em tentar subverter. O que está aqui em causa é exactamente a subversão do papel do sistema educativo, feita, em primeiro lugar, com um ataque cerrado aos direitos dos professores.
Uma vez mais, os números e a mobilização dos professores provam que a tentativa de manipulação pública que o Ministério faz sistematicamente não «cola» com a realidade.
Veio aqui a Sr.ª Ministra, de uma forma claramente irónica e provocatória, dizer: «Desculpem os professores porque vos obrigámos a trabalhar um bocadinho, pedimos desculpa por isso». Aqui está a prova de que os professores estão, além de qualquer episódio, unidos em torno de uma luta contínua pelos seus direitos e do respeito que devem merecer do Governo. Hoje, de facto, é mais fácil encontrar uma «agulha num

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