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30 | I Série - Número: 032 | 10 de Janeiro de 2009

Aplausos do BE.

Sr. Presidente, termino, dizendo que é nossa convicção que a falsa ideia da neutralidade desculpa os agressores. Por isso, a administração Bush hipocritamente a defende e, por isso, não estranhamos ver os partidos que neste Parlamento abençoaram a mentira e a guerra do Iraque, como o PSD e o CDS, de repente tornarem-se neutrais neste conflito.
Estamos contra e votaremos contra os votos que subscrevem esta ideia — o do PS, o do CDS e o do PSD — e votaremos a favor dos restantes.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Mário Santos David.

O Sr. Mário Santos David (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Ao juntar a sua voz à de todos quantos, em todo o mundo, lamentam mais um triste episódio no longo conflito israelo-palestiniano, a Assembleia da República expressa o sentimento do povo português de apoio a todos os esforços da comunidade internacional visando a suspensão imediata das hostilidades e uma ampla ajuda humanitária para tentar minorar o sofrimento das populações atingidas.
Mas de nada valerão todas estas iniciativas se, no futuro próximo, não se encontrarem fundamentos e acordos que permitam uma paz duradoura e credível, que se traduzam na co-existência pacífica e reconhecimento recíproco de dois Estados, o israelita e o palestiniano.
É óbvio que não somos ingénuos ao ponto de não percebermos quais as intenções e a quem interessou o anúncio, feito pelo Hamas, de fim das tréguas que vigoraram nos últimos 6 meses, e o reinício dos disparos de rockets sobre território israelita, que condenamos, e que foram, inquestionavelmente, responsáveis pela escalada do conflito.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Mário Santos David (PSD): — Mas porque não temos uma visão parcial da realidade, não deixamos também de condenar a resposta desproporcionada de Israel, já que eram previsíveis os elevados danos colaterais em termos de vidas humanas que acarretaria.
Não foi seguramente por acaso que tal ocorreu em vésperas de mudança de administração nos Estados Unidos, em Israel e na própria Autoridade Palestiniana, que se espera possam dar um novo impulso na busca de uma solução para um conflito que se arrasta há décadas com repercussões à escala global. Ao voltar a inflamar, de forma trágica a região, mais não se fez que incentivar mais ódio e rancor, exacerbar sentimentos de vingança e destruição e não permitir novos diálogos essenciais à criação de um clima de confiança, numa palavra, criar as condições para perpetuar o conflito, o que não serve os interesses de ninguém, nem de Israel nem da Palestina, nem da paz mundial.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Creio que, em bom rigor, ninguém tem uma visão absolutamente neutral deste conflito ou de qualquer outro conflito.
Para nós mesmos, e sejamos claros nesta matéria, não é a mesma coisa o Estado de Israel, com todos os defeitos que possa ter uma democracia, a única da região, ou uma organização terrorista como o Hamas. Não são a mesma coisa!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

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