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35 | I Série - Número: 038 | 24 de Janeiro de 2009

O Sr. Secretário (Jorge Machado): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

Faleceu, na passada terça-feira, o pintor e galerista Jaime Isidoro. Fundador da Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira, em 1978, Jaime Isidoro era um exímio aguarelista que tinha o Porto como tema principal da sua pintura, cidade onde desenvolveu uma profunda actividade cultural, tendo, em meados da década de 50, fundado a Academia e Galeria Alvarez e, mais tarde, aberto a Galeria Dois.
Uma das suas preocupações consistiu em levar a arte para fora dos principais centros urbanos. Foi por sua iniciativa que nasceram os Encontros de Arte em Vila do Conde, Valadares, Caldas da Rainha e a Bienal de Vila Nova de Cerveira. A vida deste pintor, que se distinguiu no apuramento da técnica com a espátula, ficou também marcada pelo empenho na divulgação de artistas portugueses além fronteiras.
Paralelamente, Jaime Isidoro foi também um cidadão atento e empenhado, desenvolvendo acções de intervenção cívica e solidária que enriqueceram e completaram a sua faceta de artista.
A Assembleia da República exprime o seu pesar pela morte do pintor Jaime Isidoro, grande divulgador e pioneiro da arte no Porto, e apresenta à sua família sentidas condolências.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

A Sr.ª Secretária Celeste Correia vai proceder à leitura do voto n.º 202/X (4.ª) — De pesar pelo falecimento de Stela Piteira Santos (Deputado do PS, Manuel Alegre).
Tem a palavra, Sr.ª Secretária.

A Sr.ª Secretária (Celeste Correia): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

Maria Stela Bicker Correia Ribeiro Santos morreu ontem em Lisboa, aos 91 anos de idade.
Foi desde a sua juventude, nos anos 30 do século passado, uma destacada activista da resistência antifascista e uma intelectual particularmente activa nos meios culturais do neo-realismo.
Enquanto militante das juventudes comunistas, participa, em 1938, na fuga do dirigente do PCP Pavel, da cadeia do Aljube, da PVDE.
Intervém, activamente, no MUD Juvenil e nas grandes mobilizações populares contra a ditadura no pósguerra.
Em 1948, casa com Fernando Piteira Santos e participa com ele nos movimentos de resistência contra o salazarismo, nos anos 50, sendo presa pela PIDE em 1962, na sequência do movimento revolucionário do assalto ao quartel de Beja.
Junta-se, depois disso, ao seu marido no exílio do Norte de África, para onde consegue fugir clandestinamente.
Participa, então, na fundação da Frente Patriótica de Libertação Nacional, onde, a partir da Argélia, terá funções dirigentes, tendo sido a primeira locutora da Rádio Voz da Liberdade.
Regressa ao País, juntamente com Fernando Piteira Santos, imediatamente após o 25 de Abril.
Nos últimos anos da sua vida dedicou-se à organização do importante espólio documental deixado por ela e pelo seu marido, hoje depositado no Centro Documentação 25 de Abril, em Coimbra.
A Assembleia da República presta homenagem à memória dessa mulher singular, que foi Stela Piteira Santos, enviando à sua família os seus mais sentidos votos de pesar.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, pedia que, em memória de Marcelino Boaventura da Silva Chaves, de Jaime Isidoro e de Stela Piteira Ribeiro Santos, referenciados pelos votos de pesar, guardássemos 1 minuto de silêncio.

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